FELIZES PRA SEMPRE?

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PVO DE MARCELO

Desde quando conheci Jane, meu mundo mudou! Jane é sensual, uma mulher dona de sí mesma mas tem lá seus mistérios. Conheci essa deusa em uma boate, Jane só tem um defeito, garota de programa, mas ela continua me encantando, apesar de não passar seus dias só comigo, o que eu acho um desperdício de tempo!

Era mais um anúncio do jornal quando eu vi o seu nome estampado no canto da folha. Jane Bond, nome impossível de esquecer, esse era seu nome de guerra. Disquei o número do meu escritório e marquei no motel Vip's do Leblon e a única coisa que ela conseguiu dizer foi "Combinado!". Apresentei-me no motel primeiro que ela e subi pro quarto, liguei hidromassagem, pedi um Galiotto suave e enchi duas taças, deixei ao lado da cama. O interfone tocou e eu pedi pra que deixasse ela subir, ouvi as batidas na porta e atravessei a sala com um copo de vinho na mão. Ao abir eu a vi, de cabelos curto e o sorriso que me encantou desde a primeira vez.

- Jane... Jane Bond a seu dispor. - ela sorriu, entrou diretamente, alisou meu rosto com a ponta do indicador. Ao inalar seu perfume, tive um ataque cardíaco! Que delícia...

Desfilou até o som e ligou em um samba, pagode, sei lá. Ergui a taça de vinho e a vi sorrir, estiquei a mão e ela pegou a taça com delicadeza. Jane, estava de sobretudo e o tirou delicadamente ao lado do som, eu o vi cair no chão e sorri maliciosamente. A calcinha era preta em conjunto com um sutiã, o salto agulha tornavam suas pernas mais bonitas e definidas, me peguei mordendo os lábios de novo e imaginando aquela mulher e mil posições de uma vez só. Ela se virou de costas e andou em direção a varanda. Aquela bunda maravilhosa, arredondada e sem nenhum defeito, milhões de vezes melhor do que Joana, aliás, já faz tempo que não a vejo nua. Jane poderia satisfazer qualquer coisa que eu pedisse, qualquer desejo, qualquer tara... E por isso que eu decidi que seria só dela!

Tudo começou na varanda, ela estava debruçada sobre a mureta, me aproximei e encostei o quadril no corpo dela por trás, deslizei a mãos pelo corpo quente, desde os ombros até as coxas, mordi aquela bunda e ela que me levou pro quarto. Empurrou-me de costas na cama e eu a observava. Ela virou a cabeça pra trás e puxou a peruca de cabelos curtos e vermelhos, de dentro da peruca saiu os cabelos castanhos escuros com tons dourados... E eu só conseguia perguntar pra mim mesmo: Que mulher é essa?! Subiu por cima de mim e ficou de pé, eu a olhava e tentava decifrá-la, ela só me olhava e ria, parecia que conhecia todos os meus defeitos. Foi fácil trocá-la pela Joana, qualquer homem trocaria se tivesse uma dessas todos as noites de bunda para cima na cama.

Joana, já deixou de ser grandes coisas a muito tempo. Não me enche mais os olhos, não tenho vontade de deitar com ela na mesma cama, todos os dias é uma tortura. O amor acabou. E o que fazer quando o amor acaba?

A partir desse dia, Jane virou meu pior vício e das melhores formas possíveis. Eu falava de Joana algumas vezes e ela dizia pra mim largá-la e ficar com ela, eu não podia, teria que dividir os bens com ela e é a última coisa que eu quero! Jane e eu viramos próximos até de mais, eu adorava isso e estava pouco me lixando pra Joana.