Saudades.
Era isso que ele sentia.
Vê-la dançando no pátio da escola não ajudava, só o fazia pensar mais nela, meio obvio.
Ja fazia cinco meses que eles não se falavam, "que inferno" ele pensava, pra algumas pessoas cinco meses não é quase nada, mas imagine ficar cinco infernais meses sem falar com sua melhor amiga. Sem poder contar pra ela quando descobria uma novidade ou poder correr até ela quando estava chateado ou bravo porque sabia que ela o acalmaria. Não tinha outra palavra, era um inferno.
Quando Hazel se declarou e ele a rejeitou foi como se todo o chão dela sumisse e ela estivesse caindo num buraco escuro e infinito. Ela não precisava que ele sentisse o mesmo, só precisava que ele a tratasse com carinho, como ela sempre o tratou, mas foi como se tivessem acionado a alavanca da arrogância em sua mente e ele cuspiu palavras que causaram feridas enormes nela.
Hoje estavam cicatrizando com a ajuda de Lucia, que sempre fora sua melhor amiga -depois de Ed- e de James um amigo que era um tanto distante mas que agora se tornara extremamente importante em sua vida.
Edmundo observava aquela cena com um gosto amargo de refluxo na boca, aquilo estava começando a piorar. Desde seu surto babaca e consequentemente seu afastamento da melhor amiga lhe aconteceu duas coisas: Descobriu que sentia o mesmo por ela, mas ja era tarde demais.
E toda vez que se chateava demais lhe dava forte ância de vômito. E estava passando os cinco ultimos meses mais vômitando do que comendo.—Não Lu. Coloque o pé esquerdo na frente, senão vai tropeçar e cair na hora de girar— Edmundo queria sumir só de ouvir a voz melodiosa.
—Hazel eu não nasci pra isso, da pra parar de insitir por favor?
—Claro que não! É tão fácil, você me chateia de não se esforçar pra algo tão besta.
—Se é besta eu não preciso fazer! Vamos que o sino tocou, temos aula de química.
"Ô droga, aula de química não..."
O mesmo pensamento em duas mentes. Não que a aula em si fosse ruim, era a matéria preferida dos dois, mas no começo do ano as duplas são escolhidas definitivamente. Mesmo que hazel foi chorando até o professor pedindo pra troca-lá, já era maio, não tinha como.E ninguém da turma queria trocar de par, algo de se impressionar também, como que as meninas da sala não quiseram trocar de lugar com ela? Sempre quiseram, não é? Era Edmundo! O menino mais bonito, inteligente e o melhor atleta daquele ano.
Talvez pensaram que se quisessem sentar ao lado dele hazel daria o troco com gracinhas e brincadeirinhas como sempre fizera. Todo mundo sabia, ela era a melhor amiga de Edmundo, ela sentava ao lado dele no refeitório, a carteira ao lado dele na sala de aula era dela, a dupla de quimica dele era ela, e sempre que alguém tentava se apossar de seu lugar acabava com um chiclete no cabelo, uma bombinha no estojo ou um banho de tinta.
E para ele era assim também, inúmeras vezes james saiu com cola nas mangas da camisa, tinta nas calças ou inteiro molhado por "tentar roubar" o lugar de Edmundo.
Agora parece que o jogo virou não é mesmo. James estava lá, carregando os livros dela até a sala de química, e Ed estava lá, apenas observando os dois e esperando aquele aquele crossover entre o príncipe Naveen e o Batman ir embora pra ele seguir até a sala de química sem surtar e dar um socão na boca dele.
Chegando na aula, ela já estava lá, sentada olhando pra janela se esforçando muito pra não olhar naqueles olhos negros que caminhavam até sua mesa.
Hoje não daria bom dia. Não daria bom dia. Não daria bom dia. Não daria bom dia.—Bom dia Pevensie— droga.
—Bom dia Bianchi— Ufa! Poderia ser pior.
Tinha dias que ela abraçava James antes de entrar na sala e isso causava uma explosão dentro do pevensie, do tipo ruim, e Hazel percebeu isso depois de coomparar os dias em que ela dava bom dia e ele respondia, apenas balançava a cabeça ou mandava ela ir se ferrar.
—Bom dia meus aluninhos! Hoje irei cobrar de vocês mais um daqueles trabalhos em dupla, desta vez uma maquete com explicações e exemplos de cada modelo de átomo até ao que temos hoje, sejam dedicados na maquete, estamos numa quinta-feira e segunda é feriado então vocês tem que entregar esse trabalho na terça-feira, darei dois minutinhos da aula para conversarem com sua dupla e se organizarem—
Denovo esses trabalhos! Era constrangedor até mesmo um olhar na cara do outro durante a aula, mas trabalho em dupla ja era tortura.
—Posso comprar os materiais e a gente faz na sua casa a maquete. Pode ser?— falou olhando para o caderno, não sabia qual seria a reação dele.
—Não quer deixar que eu compre os materiais e fazemos na sua casa? Meus irmãos iriam nos atrapalhar— não, não iriam. Talvez até ajudassem, Pedro era bom em química, Lucia adorava artesanato e Suzana levava tanto as suas notas da escola, quanto a de seus irmãos, tão a serio que seria capaz de fazer o trabalho inteiro ela mesma.
Mas ele sabia que os pais dela não estariam em casa, sempre voltavam pra Italia em feriados assim, e seria o momento perfeito para tentar conversar com ela de verdade, se é que isso ainda era possivel.
—Você sabe que não atrapalhariam. Não entendi porque isso agora.
—Olha só Pedro esta ocupado demais estudando para suas próprias provas, Lucia nem é do nosso ano pra saber essa matéria e Suzana esta mais ocupada com o namorado dela do que com trabalhos alheios por agora, então será que podia por favor ser na sua casa?!— o tom arrogante voltou á sua voz. Ele não queria mas não teve como.
Ela sussurou um "ok". Depois disso nem se olharam o resto da aula.
Quando a aula acabou, para Hazel foi como se estivesse prendendo a respiração a muito tempo e podia finalmente solta-lá. Para Edmundo foi como carregar tijolos em suas costas dursnte uma enorme estrada e poder finalmente joga-los no chão.
Cansaço. Era o que os dois sentiam.
No final do dia letivo Edmundo caminhou calmamente até o pátio, estava pensativo desde a aula de química, até que viu uma cena que fez seu estômago embrulhar: James rodando Hazel em seus braços. O banheiro estava longe demais, o jardim da escola estava mais perto. E alí se foi seu sanduiche de presunto, uma maçã e um suco de pêssego. Ele costumava rodar Hazel em seus braços, ele. Edmundo pevensie costumava rodar Hazel Bianchi em seus braços. Não outra pessoa.
Restou-lhe ir pra casa amargurado com a barriga doendo.
Aquele fim de semana seria longo.
Aquele trabalho de química tinha que valer a pena.———♡———
Bom se alguem ler isso daqui: oii td bom?
Ficou uma merda mas infelizmente eu pretendo continuar pq me disseram q a pratica leva a perfeiçao
Se tiver alguma coisa de gatilho na historia alguem me avisa por favor nao entendo dessas coisas
Ja aviso q nao revisei
Que nao sou boa escritora
E que espero muito que alguma alma penada gosteBjs latifa.