*A Vingança Forasteira* Destravo a tranca da janela. Onde eu empurro as portas para o sol da manhã entrar em meu quarto.
- Bom, por onde devo começar?! Meu nome é Yolanda Hernández. Sim, sou mexicana caso sinta dúvidas. E com o significado do meu nome, é meio tosco. O nome espanhol Yolanda, significa “violeta”. Para ser franca com você, eu não sei se sou totalmente tão encantadora... ou que combine com uma flor. "Bléh"
Saio do quarto, logo indo em direção ao quarto de Léon. No corredor, já escuto seus roncos pesados. Reviro meus olhos cancelando minha rota, e indo para o banheiro ao lado. Tranco a porta e começo a lavar meu rosto. Pego minha escova de dente que estaria em um copo verde, e já com a pasta, começo a escovar olhando para o vaso. Percebo que Léon, não levantou a tampa, já me deixando irritada.
Tomo um susto ao escuta-lo batendo na porta, enquanto estaria distraída:
- Vamos Yolanda! Eu preciso usar o banheiro, garota! Não fique a manhã inteira aí dentro! vamos, saia!!
Ao sair do banheiro, olho para seus olhos castanhos com olheiras. Percebo que não anda dormindo conforme pedi. Não digo nada além de um "vê se levanta a tampa!". Ele respondeu com um "runf".
Sento no sofá da sala, olhando para a TV:
- Caramba! Eu esqueci de continuar o que estava dizendo. Pela aparência atraente do Léon, diria que ele é meu irmão mais velho, ou se levar pelo lado severo dele, diria que ele é meu pai, ou meu tio. Digo que ele não é nenhum dos dois e nem sei dizer, se ele é meu grande amigo. Eu vou explicar a história, tintin por tintin...
Respiro fundo após tomar uma xícara de chá, e começo dizendo baixo:
- História é longa, mas dou um jeito de resumir: Léon Bernerd, é francês. Ele saiu de sua cidade em busca de vingança da morte de seu irmão, seu grande e melhor irmão. No caso, ele é em 4. O seu irmão mais velho, Leblanc, era de uma máfia perigosa do Brasil. Ele era responsável pelos seus irmãos mais novos. Na época, Léon tinha seus 16 anos quando Leblanc morreu. Todos da casa estavam dormindo, e chegaram alguns caras que vieram dando tiros, vários tiros enquanto ele empurrava a cama, para não acertar seus irmãos... ao longo do tempo, Léon ficou responsável pelo seus irmãos. E por conta de serem mais novos, menores de idade, eles foram para o orfanato. Lá, ele dizia desde quando botou os pés no orfanato, que iria se vingar da morte dos pais e do irmão, que acho que os pais morreram pela mesma máfia. E Que viria para cá quando tivesse oportunidade. Enfim, ele conseguiu dinheiro para ir ao México... - me cortando Léon diz:
- Você não tem o que fazer além de ficar falando sozinha aí? Vê se encontra algum curso barato ou sei lá, um emprego de verdade.
Olho para ele, mas nem o respondo, apenas dou um sorriso de canto e volto a dar continuidade.
- tá, agora Léon tem seus 29 anos e estamos aqui. Ah sim, minha história é: minha mãe morreu quando eu era apenas una chica muy pequeña,aos meus 7 anos, logo depois da comemoração el día de los muertos. Meu pai logo 3 anos depois, encontrou uma madrasta para mim. Tenho duas irmãs gêmeas e elas são horríveis. Meu pai começou a mudar, começou a seguir de acordo com o que ela pedia. É muito igual a história da Cinderela. Quando completei meus 16 anos, eu decidi fugir de casa, porque queriam me vender para um cara podre de rico, e era muito escroto. Peguei minhas coisas e fugi. Quando estava bem perto de que alguma coisa me acontece-se, uma coisa ruim, eu fui trabalhar e morar em um hotel. O dono do lugar, queria me molestar e o incrível do Léon, onde ele estava se hospedando, o matou, e acabou entrando em seu Mustang, quase velho, eu corri e entrei. Ele não disse nada, só deixou eu ir. Só é meio misterioso, um pouco frio, mas desde então, ele me protege, e cuida de mim. Depois de 2 dias, ele me perguntou o que houve e eu disse tudo. Ao longo do tempo, ele me disse a história toda.
Enfim, se passaram 3 anos. Estamos nos deslocando a cada tempo, quando Léon encontra alguns dos capangas da gangue que matou seu irmão, e os mata. Eles estão espalhados em cantos destinados, e Léon, estudou por tempo como se defender, mapas, línguas, finanças e muitas outras coisas. Pelo o tempo que passou, eu aprendi um pouco como atirar. Ele ainda é meio ranzinza com isso, e então eu faço o máximo para que ele me ensine logo, sem depender dele. Bom... última coisa: estamos hospedados em cima de um bar, onde a dona fica dando em cima dele, e nós dois trabalhamos aqui, na Venezuela. É uma parte quase deserta aqui.
[De noite, já no bar com show]
A dona do lugar, Angélica me pergunta:
- Garota, você tem um corpo muito bonito! Por que não vira uma de minhas bailarinas para ser mais apresentável aos homens? Assim, conseguimos ganhar mais dinheiro e você também sairá no lucro, como o gato do Daniel, ali no barman.
- É Léon. Estamos aqui há poucos dias e você ainda nem sabe dizer o nome dele. Como quer ter algo com ele? E não! Meu corpo não foi feito para ser mostrado, para esses velhos sem dentes.
- Minha querida, seu irmão ainda vai ser meu marido. Posso ter 54 anos, mas eu mostro a ele que as mais velhas são as que dão conhecimentos...
- ahhh! Eca! Acho que ele não iria apelar para mulheres como você, com todo o respeito, Angélica. (Definitivamente acho que ele não iria ficar caidinho por ela. Não, não) como eu disse, eu não vou trabalhar com esses caras.
- Então se fosse homens ricos?
- não! Nem me venha com essa!
- KKKKK aí garotinha, você é um barato! Na sua idade eu já fazia várias coisas... você dormindo com um cara com um preço bom, você consegue facilmente o dinheiro para a viagem de vocês.
- Angélica, eu não vou perder... Eu não vou fazer isso com esses caras! Mesmo que eu escolha o preço, não!
- Opa! Então você é tão pura assim? Então, nunca fez? Que gracinha, esperando pelo o cara certo.
Começo a ficar envergonhada e continuo a lavar a louça, enquanto desviava o olhar, enquanto ela ria me vendo ficar atrapalhada
- ahhh... por favor Angélica, me poupe!
- Tá bom, gracinha, eu vou ver como as coisas andam funcionando. Vou ver como seu irmão está indo.
Reviro os olhos e não a respondo. Vejo ela indo em direção ao Léon, onde ele estaria voltado por mulheres mais velhas e algumas ricas. Muitas nas quais diziam pagar por uma hora de sua presença.
Aparece uma mulher que quando entrou, atraiu os olhares de todos por sua volta. Ela se vestia bem, e tinha cara por volta de uns, 35 ou 37 anos. Mas era bem linda, e elegante.
- Márcia! Filha! Finalmente você chegou! Esperava por sua vinda!
Angélica abraça sua filha. ela bem fria, não abraça sua mãe e diz:
- ah, tá. Isso aqui tá um cafofo! Por que não ajeita tudo isso com o dinheiro que te dei?
- eu estou economizando o suficiente para dar grandes melhorias...
Ela empurra sua mãe com o jeito bruto. Não notando muito, pede uma dose. Léon encantado, olha para mulher com o olhar como nunca tinha visto antes. Ela o nota, e pergunta o nome dele, enquanto ignorava sua mãe.
- Qual o seu nome, lindinho?
- Léon.
- Você trabalha nesse cafofo?! Que horrível. Deveria trabalhar comigo lá no centro. Você iria se dar bem... ou eu.
- Eu estou aqui em um tempo determinado. Eu tenho outros compromissos...-
- Compromissos? Com quem? Tem filha já, tão novo?
- obrigado por me achar uma pessoa nova, mas já tenho quase 30 anos, e não tenho filha, só uma irmã- diz ele com som irônico e desprezível.
- Mas isso ainda não te faz ser mais velho que eu.
Ela coloca a mão em sua gravata, o puxando para mais perto de seu rosto. Ela da um sorriso de canto, onde ambos dão um sorriso. Sua própria mãe, se sente incapaz, e vai para o seu quarto, aos fundos, junto com um cara que teria proposto uma boa quantia.
Seco minhas mãos e vou para o balcão do Léon. Interrompendo eu digo:
- Olha moça, Léon não está disponível. Pode sair da...-
Ela coloca sua mão esquerda na minha boca, me interrompendo enquanto o hipnotizava com um olhar. Ele com o rosto corado, me diz:
- Yolanda... estou ocupado, toma conta do bar...
ambos os dois sobem para o quarto de cima, sem nenhuma consideração por mim. Fico mexendo nos copos do bar, enquanto tentava não imaginar a cena deles dois. E fico questionando se ele ainda iria querer seguir com vingança.
[ três semanas depois]
- Já faz dias em que eles dois andam grudados. Acho que realmente eu devo sair daqui, e encontrar algum lugar para mim. Acho que ele encontrou um destino para ele. Eu deveria fazer o mesmo. Ele quase não anda dando atenção para mim, sei lá... está de noite, acho que eu vou sair daqui. Pelo menos tenho uma quantia bem boa... na verdade, não tenho nada para algum destino. Eu acho que vou apelar por trabalhar de uma das bailarinas...
Descendo as escadas, vejo que era um dia da semana bem movimentado, numa sexta. Vou atrás de Angélica. Ela ainda anda meio mal por ver sua filha com quem ela "ama". Sento em um dos sofás Vips, onde ela estará.
- Bom... você... acha que eu deveria mesmo seguir com o que você disse?
- o que exatamente?
- sobre trabalhar como uma das bailarinas...
- minha flor, você sabe que isso envolve sobre se entregar para os caras. Você sabe pelo menos como satisfaze-los?
- mais ou menos...
- Se um deles pedirem, você faz. Eu não estou afim de dar aulas hoje. Mas posso indicar como saber qual cara vai pedir/comandar na relação.
- Então, existe caras específicos?
- Sim. Pera, você nem namorou?
- Já namorei, mas eu não falava sobre essas coisas delicadas. Porque eu pensava em fazer na hora do casório.
- KKKKK vive no mundo da lua! Hoje em dia, as coisas não são mais assim. Você mesma deveria saber disso. Não existe essa história de amor verdadeiro, ou sei lá, um momento certo para foder. Homens já não prestavam no meu tempo, hoje em dia nem as mulheres prestam. Acho que é pelo fato passado, delas sofrerem ou verem suas mães sofrendo KKKK então não guarde isso achando que vai ter um cara certo. E sim, o momento certo.
- Meus pais eram casados e só teve filhos depois do casório.
- nem todos meu amor kkkk eles podem ter feito isso bem antes do casamento. Bom, é isso minha flor. Tem uma lingerie sensual no meu closet. Ele não me serve e é novinho. Vai conseguir seduzir.
- espere um pouco...! Você disse "momento certo?"
- sim!?
- como vou saber quando é o momento certo, então?
- O momento certo, é quando todo aquele leng leng tá indo em sintonia. Você vai sentir a sintonia na hora. Vai sentir todo aquele calor, vai sentir o vapor do momento, vai sentir o desejo te consumir em apenas em toques, olhares e beijos.
- hum... entendi. Obrigada Angélica!
- Ok Yolanda, suba e vê se te cabe. Mesmo que eu ache que vai cair bem em você. Você tem um corpo esbelto e muito lindo.
- ahhh...
Subo para o meu quarto, já com a roupa nas mãos. Léon abre a porta sem bater, e vem falando:
- Garota, eu vou ir em um jantar daqui a pouco com a ma..- ele olha para a roupa em minha mão. Tampando os olhos, ele diz
- ah...!! Isso é da Angélica! Que porra está fazendo com isso daí??? Que merda vai fazer com isso?
- Que?! Não!?! Eu não vou... espere! Como sabe que é dela?
- essa mulher louca! me mostrava isso direto, quando ela pediu para se deitar comigo.
- ah sim...
- Yolanda, você não me respondeu!
- E isso te importa desde quando, Léon Bernerd?!!
Ele entra fechando a porta, com o olhar raivoso apontando o seu dedo indicador para mim. Arrogante diz:
- Você me respeita, criança! Para de agir feito imbecil e me responde!
- Eu? Criança? Não era você que me dizia que eu estava sendo forte o suficiente? Sendo madura o suficiente ? Depois que você ficou com essa mulher, você nem "oi" me disse. Parece que fiquei invisível.
- Não faça a porra do drama! Não se faz de vítima. Odeio isso.
- Ok. Me deixa, saia do meu quarto!
- não até você me responder.
- Porra Léon! Saia daqui!
Ele fica visivelmente furioso, e soca a parede. Volta o seu olhar para mim.
- Caralho! Não vai me responder? Vai ficar sendo assim? Depois não quer que lhe chamar de criança.
- Aí...tá bom Léon. Eu vou ser uma das bailarinas para conseguir um dinheiro.
- mas já temos uma quantia aqui. Já temos dinheiro.
- não! Você tem dinheiro. Você tem uma vida feita
- não fala isso, Yolanda... Eu ainda tenho que brigar com o Kaliban. Você sabe.
- Por que essa demora se tem o dinheiro suficiente para irmos em um canto? Você não quer que eu esteja nessa com você?
- quero, não sei. Você tem que ficar em um lugar seguro.
- Sério? Nesses 3 anos que passei com você, eu passei por várias coisas, não lembra? Aquele último cara no qual fui eu que matei? Você tinha levado tiros na mesma perna, e eu fui por trás e o ataquei. Não lembra?
- sim, lembro.
- Então não diz isso. Eu não terei destino se você tiver que decidir em ficar com ela.
Ele demonstra que iria dizer algo, mas preferiu ficar quieto. Abriu a porta e saiu para o lado de fora, encontrando a Márcia no carro. Vejo os dois pela janela, e deixo a lágrima cair, vendo eles dois indo pela estrada.
Me deito na cama, e começo a chorar, pensando em todos os momentos arriscados que tivemos em pouco tempo. Depois de duas horas, me arrumei, decidida em pegar um dinheiro e ir.
Descendo as escadas com a roupa totalmente escandalosa, todos os olhos se viraram a mim desta vez. Meus cabelos castanhos claros, estavam encaracolados ao invés de lisos. Não coloquei nada além de um batom vermelho escuro, já que não uso muita maquiagem.
Subo ao palco principal, no qual tinha um pole dance. Depois de muito tempo vendo as mulheres dançarem e praticando durantes as amanhãs, faço os passos iniciais. Fico rebolando encostando no ferro, descendo aos poucos, olhando para a luz da lâmpada mais forte em meus olhos. Uma das meninas, coloca a música "Syd- body".
Não esperando por isso, alguns homens jogam dinheiro pelo palco. Não era como o bar funcionava, mas estava sendo bem divertido. Impulsionada, coloco as duas mãos sobre o ferro, onde começo a girar devagar, levantando a perna esquerda ao alto. Descendo com as pernas esticadas, olho para o público com o olhar perverso. Esconderia minha grande timidez em uma pessoa totalmente oposta de mim, fora de quem eu realmente sou.
Em meio às multidões, um homem com uma roupa social, totalmente elegante, começa a andar em meio dos outros, deixando uma trilha o destacando por inteiro. Percebo sua ousadia e perversidade em público. Apenas o ignoro. Mas sabia que ele era uma das pessoas mais conhecidas pelo Centro da cidade. Ele percebe que eu não ligo para ele, que não dou nenhuma retribuição aos seus destaques. Ele sempre vinha de vezes aqui, e todas as 9 meninas se esforçaram pela sua atenção mal sucedida.
Ele sobe no palco ao meu lado, esticando sua mão direita. Com a luz iluminando seu terno branco, seus anéis de ouro e seu óculos escuro da marca mais cara dos Estados Unidos, me sucede uma dança de valsa. Não o dispenso, e começamos os passos devagar. Rapidamente, me girando contra ele, ele fica no comando, me fazendo rebolar enquanto olho para o público em instantes. Me fazendo girar intensamente, me fazendo contradizer sobre meus próprios dons sobre a dança. Me inclinando para trás, ele me dá um sorriso, deixando bem visível que olhava para meu corpo. Ele faz um sinal com a mão esquerda, para uns dos seus seguranças, onde um deles saem do lado de fora do bar.
Delicadamente eu o levo para o quarto Vip, onde lá tinha alguns objetos de tortura sexual. Mas claro, não iria usar para minha primeira vez. Fechando a porta do quarto, ele me pega no colo, me dando vários beijos, várias carícias macias e delicadas. Ele sobe com seus lábios macios e frios sobre meu pescoço, até suspirar sobre meu ouvido.
Me sinto diferente, me sinto mais confiante. Em memória, me vem à preocupação que o Léon tinha. Perdia o foco, e ele notava. Ele me leva até a cama macia, me colocando com cuidados. Ele Me olha de cima, colocando seu polar dentro da minha boca, me fazendo inclinar a cabeça. Ele traga um charuto dando um sorriso logo após. Com sua perna esquerda, afasta minhas pernas dando mais a proximidade entre nós dois. Ele tira o polegar, dando carícias sobre meu queixo. Ele me dá um sorriso, onde pede para que eu tire minha roupa íntima debaixo. Ele me pega no coloco, me levantando ainda mais alto, para frente de sua face. Bem úmida, ele percebe. Ele coloca sua língua fria sobre minha genital, e sem saber como devo me expressar, só deixo arfadas saírem despercebidas. Mexo em seus cabelos ruivos, enquanto fecho os olhos me contorcendo.
- Você é bem apertada, jovem. Essas são minhas prediletas.
Não sabendo como responder, apenas dou uma resposta com um orgasmo intenso, sendo a primeira da qual tive com alguém.
[ No meio da estrada com a Márcia]
- Léon, eu não quero que vá embora! Eu quero viver com você aqui, você sabe disso!
- Márcia, eu não posso. Eu tenho coisas mais importantes para realizar na minha vida.
- Você é casado?
- Não! Eu não tenho cabeça pra isso.
- Como assim?? Então eu sou o que pra você?
- Olha...faz bastante tempo que eu fico com alguém assim como fiquei com você. Mas eu não tenho intenções de ter um futuro com você, se você não entendeu que eu tenho que viver um momento da minha vida.
- Você não vai voltar, eu sei que não. Mas eu não vou insistir em que fique comigo. Você tem sua irmã para cuidar, não é?
- Eu prometo voltar se quiser.
- Eu não sei, eu não sei realmente. Eu te entendo. Você parece que vive bastante e tem algo destinado para fazer há tempos. Aproveite e tom cuidado com sua irmã. Eu vou entender quando tiver que ir. Mas só aproveite quando tiver aqui comigo, ok?
- Ok...
Ela se aproxima perto de mim, e retribuo-a com um beijo intenso. Tínhamos acabado de transar. Eu não estou afim de fazer aqui no carro em meia estrada. Paro de beija-la, deixando ela dirigir o carro dela até alguma lanchonete.
Mexendo no bolso, encontro minha chave do carro, onde tem um pingente. Yolanda me deu esse pingente na primeira noite em que ficamos no carro depois que a salvei daquele cara. Até onde deu para entender, serve como "proteção".
Acabo por me lembrar da Yolanda, e me lembro do que ela iria fazer. Algo no meu peito me machuca profundamente, fazendo meu coração arder, sentindo um buraco, um vazio no meu corpo, só me dando medo e ansiedade, após lembrar da sensação que tive, quando sai do bar. Um cara de terno branco com vários capangas do lado.
- por favor, me vê dois hambúrgueres xburguer e uma...-
- VAMOS MÁRCIA!!! YOLANDA TA CORRENDO PERIGO! DIRIGE ESSA PORRA AÍ!
Ela dirige com pressa sem me perguntar o que tinha ocorrido. Ela deve ter estranhado por eu agir desta forma, e ficou com medo.
[ No quarto a sós com o cara misterioso]
Ele me deita na cama, abaixando o zíper, abrindo minhas pernas. Aperto meu braço tentando não imaginar a dor. Sinto ele colocar com cuidado, mas mesmo assim, sinto uma dor intensa, onde aperto o travesseiro macio. Ele vai beijando meu corpo como uma forma de "calma", para que eu chegasse a ficar confortável.
Ouço gritos do outro lado do quarto, onde escuto a voz do Léon. Ele chega invadindo a porta com tudo. O cara de terno, tira sua pistola do bolso rapidamente, dando dois tiros: uma na coxa esquerda do Léon e outro na parede vermelha. Assustada, reajo indo com mata-leão e prendendo seus braços com as minhas pernas. Léon consegue se levantar, e atira na barriga, no ombro e na perna do homem de terno. Ele solta a arma, e eu pego a sua arma indo em direção ao Léon.
- QUE PORRA VOCÊ TA FAZENDO LÉON??
- Você não sabe...? É ele, o filho da puta que mandou matar meu irmão.
- como assim, caralho? Você me disse que nunca tinha visto ele na vida!!!
- eu sei por conta do carro e por conta de seus seguranças. Eles estavam do lado de fora, depois que mataram meu irmão, eu fui ver pela janela, e seus capangas, seu terno não me enganam.
O cara cuspindo sangue, as balas perfurando cada canto de seu corpo, manchando seu terno caríssimo de sangue, diz:
- Irmão de Leblanc... Como você cresceu! Argh... se tornando um verdadeiro homem... Não como o merdinha do seu irmão, aquele fraco! Hahaha... andei te observando, eu via suas estratégias a cada tempo, a cada mês a cada dia que se passava. Via você matando meus capangas, via como você andou estudando para me procurar e no final, eu que te achei, eu fui atrás de você. Quero que você me mate!
- Que?! Por que diabos isso???? Não tá mais fácil você mesmo fazer isso??
- Ele sente vingança do próprio pai, não é filho?
- "filho?!!" Léon...?
- ... - ele segura a arma com força, deixando a lágrima arder seus olhos de ódio e frustação. Aqueles traumas, que um dia seu pai lhe fez passar, se carregava em forma de arma, em forma de bala para acertar a sua maior fonte de dor.
Márcia e todos, estavam escondidos após escutar os tiros. Alguns saíram do local as pressas.
- Léon, porque não me disse que Kaliban era seu pai?
- Pai cuida, pai protege. Ele não é meu pai. Ele maltratou, ele matou minha mãe porque ela protegeu Leblanc. E com rancor, nos deixou para tomar posse do amigo dele que era da máfia brasileira, e alguns integrantes de alguns países. Ele matou Leblanc por conta da minha mãe, mas ele sempre teve os olhos vingativos virado para mim. Mesmo eu sendo o mais novo. Os outros, nem sabia lavar o próprio pau. Ele sabia da minha capacidade, ele sabia que eu iria vir atrás dele.
- Eu admiro como você é. Nunca desacreditei da sua capacidade. Vamos, acabe logo comigo!
- Espereee! Por que quer acabar assim?
- Porque passei pelo o mesmo que ele. Eu fiz isso para protege-lo. Leblanc estava perto de seguir os meus passos. Só que sendo em uma máfia rival, onde seria pior para ele. Essa máfia matou meus pais, e o Leblanc seria bem pior do que já era. A mãe dele, me traiu com meu rival, e Leblanc era o filho dele, não meu filho. Eu sei... Eu fui mal com sua mãe, pelo fato dela me enganar, e outras coisas antes dela fazer isso. Mas Não senti perdão quando vi essa máfia se infectado novamente na minha vida. Eu me orgulho do Léon, por ele acabar com tudo, se tornando neutro da situação, seguindo a vida, sem escolher o pior. Vamos filho... acabe logo come asa angústia. Se eu viver, eu vou morrer para os Tríades, a máfia russa. não por você. Eles não sabem da existência dos meus filhos, só do Leblanc, era o único que importava para eles, e os outros são imbecis demais para pensar em algo ou devem ter morrido.
- Kaliban...pai..
- Isso não é só meu último pedido, mas como, uma melhoria. Todos esses anos, eu estraguei tudo, eu só não quero piorar a situação. Vamos filho, acabe!
Léon fica destemido, e por lembrar que Eu estava no meio entre o Kaliban, decide apertar o gatilho, com os olhos fechados deixando a lágrima, e a bala saírem.
Perfurando o cérebro de Kaliban, o sangue se espelha pela cama com lençóis brancos, e o tapete cinza. Léon cai de joelhos após saber das revelações e o trauma segundo fortemente em sua vulnerabilidade . Abraço fortemente Léon e fico dando conselhos a ele.
- Após todo aquele caos, no dia seguinte, eu e Léon saímos da casa de Angélica. Ela só nos ofereceu a noite passada, depois que limpamos todo o local, e entregamos o corpo para os capangas do Kaliban. Ele já tinha avisado o local que seria enterrado e tudo. Léon disse que algum iria nesse lugar, quando se sentisse pronto. Eu o respeito, eu concordo com ele. Enfim... nossa jornada é ir para o Brasil. Mas o único problema... é que temos que ir andando. A Márcia saiu na mesma noite e ficou brava por saber que não somos irmãos. Ela sentiu um ciúmes e disse que "tudo faz sentido". Não entendi...-
- Yolanda, eu não entendo porque você fica falando sozinha. Meu Deus!
Ele empurra minha cabeça devagar.
- Aí...! Me deixa!
[ 5 dias perto de chegar na fronteira do Brasil com a Venezuela]
- ahhh...! Já faz 2 dias que não comemos e por onde estamos, parece uma estrada infinita. Nenhum carro passa, nenhum lugar decente.
- Para de exagerar. Estamos sem comer só por 17h. Estamos perto de um hotel próximo... ali! Tá vendo?
- Léon, eu não estou vendo nada.
- Tá ali, atrás das árvores.
- caramba! Tem que andar tudo isso?
- Você reclama demais! Você sabia que você é chata? Vamos, vamos! Tá perto de anoitecer.
- minhas pernas doem demais. Por favor, vamos descansar...
- é só 7 minutos dali até a aqui. Vamos, garota!!
- Então eu vou depois.
- cacete. - ele me coloca em suas costas. - vamos!
Me apoio e descansando a cabeça em seu ombro. Acabo por fechar os olhos, por me sentir confortável ali.
Acordo estando deitada na cama de casal macia do hotel. Olho para os lados e não o encontro. Vejo suas coisas ali. Indo para fora do quarto, vejo ele indo para o refeitório do hotel. Decido ir ao banheiro ver meu rosto. Olhando no espelho fico mexendo no cabelo, vendo como ele fica melhor: preso ou solto.
Recebo uma mensagem de Léon:
- Você não trancou a porta do banheiro Yolanda. Eu digo com toda sinceridade que você fica linda de qualquer forma.
Me viro rapidamente, indo fechar a porta. Mas ele impede o acesso da tranca, com seu pé. Ele abre a porta e me abraça. Fico surpresa, por nunca ter recebido carinho dele. Ele sempre foi frio, rancoroso e severo comigo.
- Q-que que houve??
- não é nada. Eu só fico grato por ter me aguentado por esse tempo. Eu sempre fui meio grosso com você. Mas eu estava tentando te proteger.
- Eu entendi o motivo disso. Eu não discordo com certas atitudes suas, Léon. Eu também fico grata por me aceitar na sua vida. Mas o que vamos fazer no Brasil?
- uma vida nova.
- hum... Eu também quero viver intensamente.
Olho para seus olhos e seus cabelos loiros, com o rosto corado. Vejo ele com a mesma expressão. Ele coloca a mão na minha cintura, me trazendo para mais perto. Chegando perto de seus lábios, ele se afasta de mim e indo diretamente fechando a porta do banheiro com força. Dizendo severamente:
- Não podemos Yolanda. Basicamente eu "criei" você, como irmã. É errado isso.
Fico de costas para a porta.
- ... eu pensei na mesma coisa. Aceitamos dizer isso para Angélica, porque ela iria estranhar, ou desconfiar de nós dois. Tirando que já falamos isso para outras pessoas desde quando eu tinha 16. Eles iriam surtar, sabendo do nosso vínculo, achando coisas não reais.
- Sim.
- mas agora eu não tenho 16 anos e não fizemos nada de errado. Eu tenho 19, e com o tempo, percebi que andei sentindo mais cuidado com você, ciúmes da Márcia... isso me ardeu, mas me mantive até certos limites.
- hum... você não foi a única.
Ele se levanta e sai do quarto. Respiro fundo, e vou me banhar. Me sento na banheira, pensando sobre meus sentimentos pelo Léon: É uma coisa meio estranha. Inicialmente, eu não sentia nada, mas com os cuidados, com algumas histórias semelhantes, com Ele me dizendo coisas que pensava que quando eu tivesse bem mais velha, iria receber isso. Ele foi como um irmão mais velho. Mas antes, eu me sentia como sua filha. Aí... sei lá... Eu o amo e penso que ele pode ficar sim, ao meu lado.
[Nas escadas, Léon]
Me sento na primeira escada e penso: quando ela foi ficando mais velha, eu fui vendo como ela era madura, como ela era diferente em pouca idade, tendo cabeça para certas situações e me ajudando a controlar minhas crises, minhas dores emocionais. Coisa que eu nem sei como ajudar uma pessoa próxima se sentisse assim... Se pensar bem, eu nunca tive intenções enquanto ela era mais nova. Depois que matei Kaliban, eu imaginei aquela cena entre eles dois. Mas pelo o que ela me disse, não teve uma coisa muito além...Eu quero virar a página de uma forma diferente, de uma forma que não tenho medo de viver intensamente.
Me levanto abrindo a porta do quarto. A tranco, e abro a porta do banheiro, já tirando minha camisa. Me deparo com a Yolanda de costas, completamente nua e com os ombros queimados pelo sol. Sinto algo que me cativa ali. Tiro o restante das roupas e fico de costas para ela, me lavando.
Eu sinto a energia do seu corpo e sei como ela se sente diante a isso. Começo lavando meus cabelos e tirando algumas marcas do corpo pela sujeira. Sinto Yolanda me abraçar por trás. Me viro rapidamente a retribuindo com um beijo roubado. Sinto ela se inclinar para mais alto, e com certeza esteja na ponta dos pés.
Desço minhas mãos deslizando pelo seu corpo lentamente, sentindo a cada toque, a cada curva delicada do seu corpo. Puxo-a para mais perto, pela cintura. Seus lábios macios me domina por completo, e sinto meu coração acelerar de uma forma que eu não o conheço. Borboletas aparecerem pela primeira vez, e eu não sabia que elas eram reais. Apego encostando na parede. Desço minhas mordidas leves pelo seu pescoço, enquanto toco em suas pernas que encostava na minha cintura. Escuto seus suspiros. A prendo com cuidado sobre meu corpo. Desligo o chuveiro, e a levo para cama. A deito na cama. A beijo intensamente, descendo minhas mãos pelo seu corpo. Desço com a boca em seus seios, dando chupadas suaves e uma mordida bem suave no final, enquanto desço minha mão direita em sua parte mais sensível, indo em movimentos circulares lentamente. Vejo suas reações, o que em levava a loucura, além de seus gemidos. Perguntaria se podia:
- Sim, Léon, você pode...
Vejo ela fechar os olhos, e coloco devagar, depois dando estocadas fortes, vendo o rosto dela delirar.
[Depois da noite de amor]
Acordo com a luz do sol em meu rosto. Virando, vejo Léon ao meu lado. Dou um sorriso bobo, o acordando com beijos e animações.
- eu te amo, Léon.
- kkkk eu te amo também, peste!
[ depois de um ano, no Brasil]
Morando em Gramado- RS com Léon, começamos do zero. Consegui um emprego bom como fotógrafa. Léon, conseguiu fazer as pazes entre as duas máfias: Tríades e mais antiga, Foggiana, que é francesa, de sua origem. Com isso, ele conseguiu ganhar uma grande grana com toda essa parceria. Pretendemos viajar o mundo, como de costume. Concordamos em se deslocar todas as vezes que precisamos nos deslocar. Não só pelo fato do tédio, mas também, não importa o meu jeito, o jeito dele de se deslocar do espaço geográfico, porque de onde viemos e para onde pretendemos chegar, é nós que sabemos. Portanto, às pessoas não devem se preocupar com isso, por mais que eu esteja a gatinhar, a andar vagarosamente, a saltar ou até mesmo a correr. Para mim, pode ser algo normal. O importante para ambos, es moverse y poder llegar a algún destino.
- É como Platão dizia, "Essayez de faire bouger le monde - la première étape sera de vous déplacer" .
"Tente mover o mundo – o primeiro passo será mover a si mesmo."
Disse Léon Bernerd.
Fim.
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A vingança forasteira
ActionYolanda Hernadez, é uma garota mexicana, que após a fuga da casa de seu pai, encontrou Léon. Léon Bernerd procura se vingar da morte de seu irmão Leblanc e de sua mãe, cujo foram mortos por uma máfia francesa, totalmente perigosa. Os dois juntos, vi...