Capítulo 44

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Olá lindas aqui estou com um novo capítulo.

Carlos Manuel recostou as costas sobre a cadeira que estava sentado, enquanto lia fichas dos novos pacientes que teria em seu mais novo trabalho. Ia tomar pacientes para si que antes já passavam por um tratamento, que por isso se via no dever de ler as fichas de cada um junto com as anotações que tinham do médico que ele ocuparia seu lugar.

Assim, ele folheava atento um a um. Tomaria alguns pacientes de casos depressivos, mas que inspiravam cuidados tanto como da ala psiquiátrica que ele também atuaria de perto no seu novo emprego na clínica que julgava que começaria a consolidar sua carreira nela. Que apesar de ainda novo, estava tão capacitado e empenhado para exercer seu dever que sabia que conseguiria antes dos 30 anos ser o médico que seu pai o homem que reconheceu assim, um dia conseguiu, mas já com o dobro da idade que ele agora tinha.

Ele suspirou ao pensar em seus pais adotivos. Os dois tiveram um papel fundamental para torna-lo em quem agora era. Ele mirou o quarto em qual estava. Tinha as malas dele prontas ao lado da cama, que dizia que passaria por uma nova mudança deixando a casa de seu melhor amigo e pai dele. Era grato pela hospitalidade, mas não desejava abusar mais dela que por isso na manhã seguinte já se instalaria em seu novo apartamento que havia comprado já mobiliado em uma rápida venda.

Assim ele voltou a folhear as fichas que tinha na mão, trocou uma e leu o nome de mais uma paciente. Constância Huerta Santos. Ele fixou os olhos na idade dela depois nas anotações do médico. Era uma paciente jovem demais para ter tantos pensamentos preocupantes como os que ele via. E ele então lembrou de quando foi tão jovem como ela, e não porque se sentia um velho, ainda que julgava que sua mente já estava em alguns anos avançada, e sim porquê lembrou quando foi adolescente como via que sua paciente aparentemente a mais nova que teria na clínica, era. Ela estava em uma fase de descobrimentos que poderia ser terrível com tantos sentimentos revoltos e sem nenhum amparo psicológico.

Na fazenda...

Inês tocou a testa quando finalmente tinha falado com Constância. Deixou o telefone sobre o móvel ao lado do sofá e juntou as mãos uma na outra de frente ao seu rosto.

Apesar de Constância dizer que estava bem, ela estava em uma festa que Inês desejava ter sido comunicada antes, onde e com quem ela iria. Ainda que estava com o novo namorado, coisa que Inês tampouco se sentia segura ao saber. Ele era tão jovem quanto a sua menina, então quanto valiam junto seus juízos?

Ela sentou no sofá pensativa. Se ao menos Emiliano estivesse com sua menina... Ela suspirou sabendo que seu afilhado não estava com Constância.

-Cassandra: Mãe.

Cassandra apareceu tirando Inês de seus devaneios. Todos já sabiam onde Constância estava, que por isso Victoriano depois do jantar tinha se dirigido ao escritório com Diana, e Cassandra aparecia naquele momento, e parecia assim, que só Inês tinha uma preocupação aparentemente exagerada com a caçula da casa. Assim ela julgava. O que na verdade ela sempre havia sido assim em relação a Constância. Distante dela como mãe e ao mesmo tempo temendo mais que tudo que algo lhe passasse, a fez por um bom tempo protegê-la de um modo que havia chegado a ser sufocante.

Algo que pensava que tinha superado, até aquela noite que Constância voltava a dar mais um susto nela.

-Inês: Filha.

Ao falar, ela deu a mão para que Cassandra pegasse e sentasse próxima a ela. O que Cassandra fez, dizendo.

-Cassandra: Está preocupada por Constância, mamãe. Ela já está uma moça que vai começar a sair além do mais, ela disse que estava bem onde está.

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