Parte II: O lado que ninguém viu

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Sabe, quando nossos olhos se encontraram por um segundo?
Foi neste exato momento, que senti que nossos abismos se interligariam.
A questão era, quem conseguiria escapar dele primeiro?

Siyeon não sabia como Yoohyeon a convenceu a viajar com ela, e ainda ter que ser acompanhante e a falsa namorada de sua amiga e sócia.

Observando a mensagem em seu smartphone, enquanto o táxi a levava para o aeroporto.

Mesmo que no começo, cogitou a idéia de não comparecer no mesmo, suas lembranças a traiam quando ela novamente encontrou a intrigante mulher que acabou chamando sua atenção naquela boate, ao qual usou para esquecer o que estava se passando no leito onde estava Lee Ryanh, seu pai.

E continuar agindo como se nada estivesse acontecendo, foi a mentira que Siyeon se agarrou.
Quando não sabia lidar e aceitar a realidade a qual estava vivendo.

Embora parecesse irreal, ver o prepotente homem naquele quarto branco, olhando-a sem poder dizer uma única palavra, já que havia uma sonda em sua garganta, o obrigando a se alimentar, o grande empresário e fundador da Technology is life, estava sendo mantido por sondas e aparelhos, e diante a sua doença, ele não era mais o orgulhoso CEO, ou o gênio prodígio que ficou conhecido, Lee Ryanh, era só um homem doente, que o câncer levou. 

E que Siyeon não conseguia esquecer o olhar arrependido e debilitado, por ter afastado seus próprios filhos, diante aos seus caprichos.

A morena suspirou, e em negação tentou esquecer o que viu e presenciou naquele quarto branco do hospital.

Chegando no aeroporto, ela pegou sua mochila de viagem e uma mala de mão, se dirigiu para a fila de passageiros que fariam o vôo para Chicago e outras parte do continente.

Junto à fila, a morena seguiu olhando para o seu passaporte e a passagem que Yoohyeon havia comprado para ela depois que se encontram, a Lee só não entendia como a mais nova sabia que Siyeon aceitaria sua proposta de ir e o drama que teria que fingir com a mulher intrigante da boate.

Onde você está?
Já passamos dos portões.

Foi a última mensagem que a morena viu, quando caminhou a passos ligeiros em direção a esbelta mulher que estava a fitar o aparelho em sua mão.

Até o instante que seus olhos se focaram na Lee, fazendo com que a mesma sorrisse largamente, ao acenar em sua direção.

ー Sinto muito pelo o atraso.

Disse num tom brando lançando um olhar de desculpas, para Yoohyeon e mais duas mulheres,que estavam encarando fervorosamente para recém chegada.

Principalmente a Kim Bora, que analisava Siyeon mais conscientemente, diferente da primeira vez que se encontraram na boate, e na segunda,vez que saíram com Yoohyeon.

Mas foi num instante que seus olhares ficaram presos uma na outra.
Que a Lee pôde sentir em todo o seu ser,o quão imenso o abismo entre seus olhares, refletiam um no outro.

E isso a incomodou.

Conforme não conseguia quebrar aquela atração magnética, que aquela desconhecida a atraía, e essa sensação foi assustadora.

ー Sou Handong, ー Se apresentava a mulher de traços delicados, que atraía olhares de quem passasse, pelo seu tom de pele clara, sardas em sua face, e o seu cabelo ruivo, lembrando o tingir do pôr do sol no fim de trade. ー e é um grande prazer conhecer finalmente a mulher que conseguiu conquistar nossa Bboya.

Eu Vejo Você. - ( Suayeon.)Onde histórias criam vida. Descubra agora