A garota sorria, apesar dos pés machucados e de estar ensopada da cabeça aos pés. Era estranho ver alguém relacionado ao Loki irradiar tanta alegria sem causar morte e destruição e por alguns minutos Thor lembrou-se de quando ele e o seu Loki eram crianças, o deus moreno tinha o mesmo brilho no olhar que ele via em Kelda nesse exato momento. Os gigantes de pedra encolheram a um tamanho moderado, quase do tamanho da menina, e certas vezes a faziam correr atrás deles ou buscá-los quando adormeciam no meio da rua.
Ela estava descalça e Thor queria carregá-la no colo, parecia tão frágil e estava machucada demais para andar por si só; estava prestes a estender a mão para ela uma flecha cortou o ar entre os dois enquanto os Três Guerreiros e uma Lady Sif — jovens demais para serem aqueles que conhecera toda sua vida — se faziam notar. Kelda correu para trás da Viúva antes mesmo que alguém pudesse piscar.
"Voltem pra casa!", ela pediu, "Deve ter um banquete esperando por você Volstagg, e alguma bela dama para se divertir Frandal. Sif, com toda certeza o filho de Odin estará esperando pelas notícias de seus doces lábios".
"Basta!", disse a Lady, envergonhada, "voltará para casa conosco Loki e responderá pelos seus crimes."
"Crimes? Quais crimes?", indagou Tony, preparando-se para a dor de cabeça que essa situação causaria.
"Não devemos explicação para tu, mortal, apenas dê-me minha irmã e deixaremos este plano em paz", o último jovem respondeu. Thor reconheceria aquele rosto em qualquer lugar.
"Pois é, benzinho, não vai dar", Tony retrucou já preparado para atacar.
Todos estavam armados e dispostos a matar. De canto de olho Clint pode ver Kelda correndo para o lado oposto da briga.
'Ela com certeza é o Loki', ele pensou, antes de vê-la correr na direção oposto à fuga.
A menina lançou-se em direção ao Thor adolescente, acertou uma pedra em dois dos Três Guerreiros e puxou o cabelo de Sif tão forte que a guerreira caiu no chão.
"Meu nome não é Loki!", ela esbravejou, "Eu sou Kelda e nunca, nunca mais vou voltar pra aquele lugar! Nunca!".
"Irmã, por favor, ouça a razão".
"Não ouse me dizer tal coisa, você nunca ouviu a razão além da sua.", Kelda retrucou, cada vez mais agitada.
"Se voltar comigo e..."
"Você não entende não é? Ou talvez entenda, mas não se importe!"
Thor Dois ajoelhou-se diante da menina, tão mais que ela, porém completamente indefeso contra suas palavras. Segurou-lhe as mãos pequenas à contragosto da dona de tais mãos; qualquer movimento brusco e a menina fugiria.
"Voltemos para casa", ele disse, "Tudo será esquecido e poderemos ser uma família novamente".
"Como pode ser tão egoísta? Nada existe se não for seja do seu jeito." Kelda declarou, segurando-o pelos lados do rosto, "Não se importa que eu passe o resto dos meus dias presa em Asgard como mais uma relíquia roubada, contanto que você tenha o que quer: Sua fantasia de família perfeita, um par de mãos extras para aplaudir suas vontades!".
Ela deu alguns passos para atrás, levando as mãos junto a peito, como se sentisse uma dor no local.
"Você nunca se importou comigo, não é, irmão?"
Kelda virou-se lentamente e afastou-se dali, correndo logo em seguida para junto dos monstros de pedra, que acordaram assim que ela passou por eles. Ninguém além do rapaz no chão fez menção de segui-la, mas foi interrompido por seus amigos. Deixá-la sozinha era a melhor opção por enquanto.
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Garota que pula no multiverso é au!Loki
FanfictionOs Vingadores são alertados de um ameaça, mas quem é a verdadeira vítima aqui?