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Era uma vez, em uma terra há muito queimada até virar cinzas... Uma jovem princesa que amava o seu lar.
Ela contava a história para si mesma todos dias desde que começara seu treinamento pesado com Katara nos picos altos do Monte Reihō, rodeada de monges, nuvens e pássaros que rodeavam os picos, era exatamente como Arisa se lembrava e ainda havia muito mais.
A quarta lendária sannin era uma mestra de punho firme, extremamente rígida e exigente para com sua menina. Ela tinha um pouco de suas duas outras senseis, as vezes olhando para a pele marrom-dourada de Katara, a princesa conseguia lembrar de Orihime e as vezes olhando para seu cabelo branco wuando era iluminado pela lua até virar platina, ela lembrava de Tsukino... As semelhanças estavam no coração, na rigidez, na habilidade de curar onde doía.
As vezes era difícil manter um equilíbrio, pois depois de treze anos domando apenas o gelo, as marés e as ventanias em sua alma... O fogo finalmente havia incinerado sua alma depois daquele dia e depois de um sacrifício de sangue, as mãos do deus que a abençoara e a condenara com um poder tão terrível estavam sempre em seu rosto quando Arisa acordava diante do sol nascendo sob os picos imponentes do templo das águias.
Ele não era suave como a mãe noite, mas mesmo assim a herdeira cantava para ele sempre que estava sozinha com a escuridão de sua alma. Arisa havia decidido encarar esse poder como um poço, quanto mais fundo ela mergulhava, mais acabava se assustando com a profundidade, era como se necessitasse de muito controle, muito chakra, uma habilidade que ela ainda não tinha.
As chamas sempre estavam sussurrando para que Arisa as libertasse e ela sabia que esse deus sedento por coisas grandiosas queria a ver fazer chover fogo novamente.
Por meses, o treinamento era focado em controle de chakra.
Justamente por esse perigo de extravasar.
Ela raramente saia do templo naquela época, mas Katara trazia mestres de todos os cantos do mundo para que Arisa aprendesse a domar seus quatro elementos. Era do interesse de sua mestra que toda a extensão de seu poder pudesse ser domada pois no dia em que ela decidiu treinar a princesa pela sua afinidade com ar, não havia notado a variedade de elementos que repousavam em segredo naquela embalagem tão pequena.
Arisa era a personificação da fúria elemental.
E Katara se fascinava com tudo isso.
Era como Hiruzen Sarutobi, porém melhor, mais grandiosa, com mais possibilidades...
Arisa Sakamaki podia fazer tudo que o terceiro fazia e ainda podia fazer melhor.
