Volume 3 | Capítulo 2.3: Inverno

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Farnese fez carne-seca com os cães de caça mortos. Estávamos a uma semana de distância do local onde os Lordes Demônios planejavam reunir seus exércitos. Durante uma semana, Farnese continuou mastigando a carne-seca dos cães e afastando os soldados com seu olhar.

Durante um destes dias o rio não havia congelado completamente, então nós montamos acampamento próximo ao serviço de balsa para descansarmos. Havia um pequeno vilarejo localizado próximo ao serviço de balsa. Eu dei um comando militar os proibindo de pilhá-lo.

Durante a tarde, três soldados foram pegos. Eles eram criminosos que invadiram sorrateiramente propriedades privadas para roubar e estuprar mulheres e crianças. Quando eu recebi este relatório, a Farnese e a Lapis estavam ao meu lado, tomando chá alegremente em uma sala. O chá me aqueceu por dentro. Abaixando a minha xícara, eu olhei para a Farnese.

"Já que você é a general, decida a punição."

"Eu gostaria de executá-los."

"Execução, hmm?"

Depois de olhar rapidamente para a Lapis, eu me virei para a direção da Farnese.

"Execução não é algo exagerado?"

"Eles são pessoas que desobedeceram o comando militar. Além disso, eles também são os primeiros a cometer um crime. Esta punição decidirá como os castigos acontecerão no exército de agora em diante. Esta jovem senhorita deseja lidar com isto severamente."

Lapis interrompeu a conversa e perguntou baixinho.

"E com que método você vai fazer isto?"

"Para conseguir estabelecer uma regulamentação militar apropriada, as cabeças deles devem ser cortadas e exibidas. Esta jovem senhorita os decapitará."

Lapis perguntou novamente.

"Como?"

"..."

"Eu perguntei como você planeja fazer isto, senhorita."

"O que você quer dizer com 'como'? Não é só colocar as cabeças deles expostas a todos?"

"Mas que patético."

Os ombros da Farnese tremeram por causa das palavras de repreensão da Lapis. Desde o dia em que Lapis jurou que se tornaria a sua mãe, ela vinha repreendendo e afrontando a Farnese frequentemente. Lapis estava se comportando cruelmente de propósito, assim como o pai biológico da Farnese havia feito durante a sua infância. A Farnese tinha dificuldades em lidar com a Lapis quando ela se comportava assim.

"As pessoas são como ervas daninhas. Elas se erguerão novamente não importa quantas vezes elas sejam pisadas. E dentre estas ervas, os soldados contratados são os mais tenazes. Eles não irão abaixar a cabeça só porque três estupradores tiveram as cabeças decepadas. Entretanto, isto só se aplica caso você não implantar medo neles apropriadamente com antecedência."

"Então o que esta jovem senhorita deveria..."

"Pense nisto sozinha. Esse objeto preso entre os seus ombros não é uma cabeça? Ou é só um balde de lata? Por que você não consegue pensar sozinha e vêm pedir ajuda para mim?"

"..."

"Se você realmente é a general, então não há necessidade de ajuda minha ou de Sua Alteza. Anteriormente você precisou de Sua Alteza para comprar o medo dos soldados, e agora você está tentando comprar o pavor dos soldados através de mim. Um dia você terá que pagar de volta a divida que você criou comigo e com Vossa Alteza, e o nome do preço que você terá que pagar, chama-se nada mais nada menos do que 'a sua incompetência'. Se alguém contasse quantas vezes você teve que você teve ajuda de outras pessoas por todos os lugares, então com certeza a quantidade de competência que lhe falta seria imensa. Senhorita, eu não quero que aconteça a tragédia de Sua Alteza ter que pagar o débito que você mesma criou devido a sua própria inabilidade.

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