Volume 3 | Capítulo 2.8: Inverno

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O Rei da Escória, Rank 71, Dantalion, Calendário Imperial. 13/02/1506, Planícies de Iatvínguia, Acampamento das Forças Aliadas dos Lordes Demônios

"Eu ouvi dizer que você limpou pessoalmente umas bruxas. Seu filho da puta retardado."

Barbatos falou.

Estas foram às palavras que ela gritou ao entrar aqui abruptamente no meio da noite.

Eu repousei a minha caneta de pena sobre a mesa e soltei um suspiro.

"Obrigado, Lapis. Você pode se retirar agora."

"..."

Lapis, que estava me ajudando com os documentos durante a noite, saiu sem dizer nada. Mesmo que Lapis fosse a minha mulher, eu era o homem da Barbatos, portanto Lapis se comportava como se fosse invisível enquanto estava na presença da Barbatos, e a Barbatos a tratava como se ela não estivesse ali. A distância entre a Barbatos e a Lapis era grande demais para que elas se conectassem, só por dividirem o mesmo homem. Assim que a Lapis saiu da tenda, eu falei.

"Os rumores se espalham bem rápido."

"Eu estou aqui para te elogiar. Você fez bem em se segurar. Quase com certeza, muito provavelmente aquele incidente foi um dos esquemas daquela vadia da Paimon."

"Provavelmente. É por isso que eu aguentei."

"É impressionante você dizer que vai aguentar e realmente conseguir aguentar. Se fosse eu, então provavelmente eu teria socado a cara da Sitri. Você é um sujeito e tanto Dantalian."

Como se fosse engraçado, a Barbatos deu uma risada estridente. Ela era o tipo de pessoa que não dizia para os outros o motivo dela estar rindo, e eu era o tipo de filho da puta que não deixava isto passar em branco, e fazia questão de perguntar qual era a graça.

"O que é tão engraçado assim? Vamos rir juntos."

"É hilário o fato do cara certinho que acredita em bruxas parecer ser retardado. Ei, você quer saber de uma coisa interessante? Você sabe que eu sempre coloco pessoas infiltradas em volta da puta da Paimon, certo? Afinal, ela é o tipo de vadia que finge ser pura e recatada enquanto faz o que bem quer. Se eu não colocar olheiros em volta dela, então sheesh, eu não consigo dormir em paz."

Barbatos deu um grande sorriso.

"Bem, aquela cadela provavelmente também tem agentes plantados em torno de mim, mas isso não é o que é importante agora. Você sabe quem é que acaba de entrar na tenda da porca da Paimon?"

"..."

Eu olhei para a Barbatos. Excluindo as velas brancas colocadas sobre a mesa, não havia outra fonte de luz na tenda. Quando a luz das velas tremulava, a sombra que cobria o rosto da Barbatos também tremia. Independentemente do tremor, Barbatos estava com um sorriso tenebroso. Eu balancei a cabeça.

"Isso não é possível."

"Mas que inocente. Que fofinho.'

"... Humbaba? Euryale?"

"Vai saber. Eu não as conheço bem o suficiente para saber seus nomes. Eu só sei que depois de saírem da tenda da cadela da Paimon elas sumiram no meio do seu acampamento."

"Dê-me as provas."

Barbatos levantou seu dedo do meio.

"Vá comer merda, Dantalian. Eu não vou dar evidências para alguém como você. Se quer acreditar ou não no que eu disse. Isso é algo que você vai ter que decidir sozinho. Os meus deveres acabaram no momento em que eu não ignorei esse acontecimento."

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