Capítulo IV

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Katie acordou em sobressalto e percebeu que Edson estava ali parado, perto de sua cama, enquanto a observava dormir.

— Bom dia. — Disse Edson com um largo sorriso.

— O que você está fazendo aqui? Meu pai pode te ver. — Falou assustada.

— Não se a porta estiver fechada. — Então, ele girou a maçaneta, demonstrando que estava mesmo. — E, respondendo a sua pergunta, você havia adormecido e eu não pude ter ido embora.

Assim que Katie abriu a boca para tentar falar algo, ouviram algumas batidas à porta.

— Filha, você está bem? Abre a porta, por favor. — Falou o pai dela, com mais batidas.

— Já vou, pai. — Disse, ao mesmo tempo que se levantou rapidamente da cama e foi em direção a Edson. — Você tem que sair daqui. — Ela sussurrou para que seu pai não descobrisse que tinha um estranho no quarto, ainda mais se esse fosse um vampiro. Então, Edson saiu de seu cômodo pela janela e Katie foi girar a chave que já estava na porta. — Pode entrar. — Falou, após abri-la e ficar um pouco atrás dela. O pai de Katie entrou e pareceu que ele havia sentido um cheiro.

— Filha, você não trocou de roupa? — Quando a perguntou, Katie as olhou e notou que estava realmente com as roupas de ontem. Assim que abriu a sua boca, a campainha tocou e seu pai foi ver quem era. Prevendo que era o Edson, ela desceu as escadas correndo, porém o pai de Katie já havia chegado e aberto a porta.

— Bom dia, Sr. Westwood. — Edson disse cordialmente ao pai dela. — Posso entrar?

— Bom dia. Pode sim. — Falou, ao mesmo tempo que estendia os braços, o que insinuava que era bem-vindo.

— Com licença. — Edson abaixou a cabeça em sinal de agradecimento e entrou, enquanto se posicionava ao lado de Katie. — Com licença mais uma vez, Sr. Westwood, mas queria te perguntar se posso levar sua filha à escola.

O pai dela havia a olhado, antes que dissesse alguma coisa, e Katie demonstrou que permitiria.

— Tudo bem, pode sim.

— Obrigado. — Edson sorriu em gentileza e ele e Katie caminharam para a saída.

— De nada. Ah, a propósito, posso saber qual o seu nome?

— Edson, senhor.

— Hum... — O pai de Katie estendeu seu braço e ele apertou sua mão. Assim que Katie percebeu que seu pai notaria que Edson era um vampiro por causa de sua mão fria, apressou-se em conduzi-lo para fora.

— Vamos, não quero chegar atrasada. — Ela falou, ao mesmo tempo que empurrava Edson em direção a saída. — Tchau, pai.

— Tchau, filha. Você, tome conta dela. Cuidem-se.

— Tomarei sim, pode... — Antes que Edson pudesse completar sua fala, Katie fechou a porta.

— Você sabia sobre o perigo que estava correndo? — Ela perguntou, enquanto ainda estavam no estacionamento.

— Não foi nada, além do mais, eu te salvei de uma encrenca maior ainda.

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