Capítulo 30

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Pv.Ludmilla

-- Eu não sei Thaissa, eu à amo, mas não sei se preciso rotular isso.-- Falei me jogando no sofá.

-- Lud, vocês se amam, dão certo, já estão mais íntimas do que antes, você tem que pedi-lá em namoro, é um passo à frente, ela vai saber que você quer algo sério.-- Sentou na poltrona à minha frente.

-- Eu quero algo sério, mas eu só não gosto de rotular.-- Ela bufou.

-- São cinco anos Ludmilla, sério que você perdeu aquela pose de possesividade que você tinha?-- Passei as mãos no cabelo -- Ah é, você vai deixá-la para o Rômulo.-- Disse e eu me sentei imediatamente.

-- Cala essa merda dessa boca Thaissa, eu amo a Brunna, eu não vou perder ela pra ninguém.-- Falei irritada.

-- Então o que está fazendo aqui? Hoje é sábado, você devia estar em algum lugar legal com ela, programa de casal e essas coisas chatas que você pensava em fazer com ela antigamente.-- Suspirei e ela se levantou -- Toma.-- Jogou a chave do carro.-- Eu estarei na casa da Gina, nos vemos mais tarde.-- Piscou e saiu do apartamento.

Suspirei olhando para a chave e me levantei correndo para o quarto para me vestir.

Pv.Brunna

Estava batendo a massa do bolo enquanto esperava a calda de chocolate pegar uma temperatura agradável no congelador.

Quando a campainha soou, quem iria vir me visitar uma hora dessas? Afinal hoje é sábado, só pode ser as meninas.

A cozinha está um desastre, mas ninguém precisa saber disso. Deixei o recipiente em cima da mesa e fui atender a porta, era Ludmilla.

-- Uau.-- Ela disse surpresa -- Até cheia de farinha de trigo você é linda.-- Disse sorrindo.

Era incrível como ela estava tão linda, como ela é tão linda, seus cabelos pretos estavam amarrados em um rabo de cavalo, ela usava uma calça preta rasgada nos joelhos, um coturno de cano médio preto e uma blusa preta que mostrava sua barriga, e em seu rosto um óculos dourado.

-- Gótica.-- Falei dando passagem.

-- Confeitera.-- Disse rindo e entrando e eu ri fechando a porta -- O que você tá fazendo Brunna? Bolo ou destruição em massa?-- Gritou da cozinha e eu gargalhei chegando lá.

-- Meus dotes culinários são bons, o problema é a arrumação.-- Disse rindo e peguei a vasilha novamente.

-- Você não parece cozinhar bem.-- Disse cruzando as mãos em cima da mesa.

-- Ah, não? Quem vai cozinhar pra você se estiver doente? Quando estiver trabalhando muito e não tiver tempo para cozinhar?-- Ela riu.

-- Madeleine, óbvio.-- Olhei para ela.

-Quem é Madelaine?-- Perguntei sentindo uma pontada de ciúmes.

-- Minha empregada, vinte anos, ruiva, gostosa.-- Disse distraidamente e eu joguei farinha nela.

-- Me respeita Ludmilla, não está me vendo aqui?-- Perguntei irritada.

-- Claro que estou te vendo, eu só estou comentando.-- Disse sorrindo.

-- Tira esse sorriso da cara, que safadeza, não vou te deixar ficar sozinha naquele apartamento nunca mais, cara de pau.-- Joguei farinha nela novamente que gargalhou limpando.

-- Madelaine tem cinquenta anos Brunna, tem quatro filhos homens e está comigo desde criança.-- Disse me encarando.

-- Eu não acredito.-- Falei colocando a massa no liquidificador.

Portrait (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora