lunar ── woosang.

𝗈𝗇𝗅𝗒.

sabes, jung? estava escrito nas estrelas que eu iria amar - te.

sei disso porque enxergo meu nome a ser formado na constelação que o cintilar de teus olhos compõem. soei egocêntrico? esta é a minha primeira vez.

preciso dizer - te que é a minha primeira vida, pois meu amor por ti é novo, jovem, nunca fora desfrutado, e é simplesmente mágico, indescritível, imenso.

soube que eras tu no momento em que te vi a observar o brilho da lua, esta que se refletia em teus cabelos tão brilhantes como fios de seda, aromáticos de baunilha adocicada que tornava apaixonado qualquer um que o sentisse. eu o vi sobre o tronco daquela árvore, e soube que eras tu, a minha metade.

não, não sou um escritor, poeta, ou qualquer outra ocupação que vincule com tais, eu sou apenas o teu amante, aquele dos dias de dezessete que prometeste amar para todo o sempre sob a luz do luar.

também não sou o sol, ou algum planeta celestial, sou só mais uma de tuas estrelas que podem ser vistas na queda da noite, e eu sei que tens outros bilhões sob a tua escolha, mas sempre estarei a brilhar fortemente para ti, assim como teus olhos brilharam para mim.

se te deixar ir algum dia, fora porque meu maior desejo era fazer - te ficar, porque eu não quero, não consigo, imaginar - me sem ti. somos sol e lua, dia e noite, água e fogo, eu e tu! tão opostos, e é isso que faz nos completarmos. não faço sentido sem ti, pois sempre fostes a minha lua, sem ti eu não funciono, sem ti as marés sequer inundam o meu coração, então deixe - me ser a tua estrela favorita, deixe - me brilhar ao teu lado, deixe - me segurar tua mão. estaremos a milhas de distância, mas nossas almas caminham lado a lado, amor.

somos eternos, como quando a noite encerrou o primeiro dia, quando a primeira gota d'água apagou a primeira faísca, quando o sol substituiu - se por lua pela primeira vez, quando teu olhar cruzou - se com o meu naquela noite.

se quiseres que eu seja um cientista e explore cada característica tua, eu farei. se quiseres que eu vire um lobo e apaixone - me por ti mais uma vez, eu farei. se quiseres que eu seja um astronauta para viver minha vida em torno de encontrar - te, eu farei. se quiseres que eu o ame por toda a eternidade, não precisas sequer pedir.

és tão poético que chega a ser melódico, quero dizer, consegues encantar - me apenas por existir e é algo tão mágico que eu sequer questiono.

e ao amanhecer continuas a brilhar igualmente, pois quem disse que a lua trata - se do astro no céu? aquela que com o tempo vai perder o encanto? a lua na verdade é, e sempre foi, o brilho de teus olhos, quais são as mais belas e apaixonantes orbes deste cosmo.

se algum dia o sol deixar de queimar, a água deixar de molhar, e os ventos deixarem de soprar, eu ainda estarei aqui a te amar. estamos acima de tudo! somos os astros celestiais que guiam o mundo e nem os cientistas podem explicar o nosso propósito na realidade. sei apenas que estávamos destinados desde que a primeira estrela foi esculpida.

andas com parte da minh'alma assim como ando com a tua, completas o meu sorriso, dás sentido ao meu brilho, me felicita de forma que não creio que venha a ser real. és inexplicavelmente tu.

e contigo não há tempo mal, afinal estás aqui e com o luar o tempo passa - se rápido demais para qualquer tristeza.

és lua, teus olhos são fontes, tua áurea é o sol, e tua alma é uma galáxia inteira.

sim, és tudo que aqui citei, mas também és meu bobo wooyoung, que tem os gostos diferentes dos meus, que sorri do mesmo jeito de 6 anos atrás, és o mesmo anjo que pisou na terra em novembro de 99, és tu, único.

e não, não és a lua acima, pois caso ela ao menos chegasse aos pés de toda a tua perfeição, eu passaria noites em claro a admirar o teu céu. ela é apenas um símbolo de nosso amor, e por enquanto ela existir estaremos juntos, nessa vida, em outras, e por eternas eternidades. estaremos velhos e aborrecidos, mas admiraremos o luar sobre a varanda de nossa casa, e ele brilhará como nos dias de 17, pois nosso amor permanecerá vivo como lua e sol, mar e ar, querido.

sinta na alma que carregas aí o quanto eu o amo e, mais uma vez, olhe para mim como a lua olhou para o sol na primeira noite.