Fear

Prólogo

     

      Os olhos do moreno transbordavam fúria e indignação, as veias em suas têmporas explodiam e pulsavam fortemente, e de longe conseguia-se ver que aquilo não era nada bom.

   O homem se encontrava transtornado, como aquilo pode ter acontecido de baixo de seus olhos? A ficha ainda não havia caído, pois em seu ver, era algo impossível.

  – COMO ELE SIMPLESMENTE SUMIU? – dizia o homem em alto e bom som.– COMO PODE TER SIDO PEGO BEM DEBAIXO DE NOSSOS OLHOS?

   O mesmo andava de um lado pro outro pensando nas inúmeras possibilidades e sua cabeça explodia com mil e um pensamentos. O loiro que olhava a cena se perguntava a mesma coisa, tão nervoso quanto o outro e ainda sem crer.

   – A boate está cheia demais, ninguém esperava que isso viesse acontecer justo agora e desta forma. Foi algo muito bem arquitetado, eles sabiam onde estaríamos e o momento exato que deixaríamos a sala!–falou o loiro com sua voz firme e forte, com o sotaque de Las Vegas.- As câmeras foram desativadas no momento em que ocorreu isso, e para que não levantassem suspeitas, todo o trabalho foi feito de forma sutil e cuidadosa.

  – Eles não estão longe, não podem ter saído da balada. Mande fechar as portas, ninguém entra, ninguém sai. Essa pedra vai retornar para minhas mãos e tem que ser essa noite.– disse o moreno, agora mais controlado.

  – Sim, senhor.

   E assim deixou a sala, aonde o moreno se encontrava apreensivo e pensativo. Ele era um homem muito observador, não deixava nada passar batido, não era dessa forma que as coisas funcionavam com ele. Desde cedo o loiro sempre foi atencioso ao extremo e isso era uma grande vantagem para si, porém, as vezes ter a virtude de ser um bom observador, não lhe trazia consequências agradáveis.

   As buscas começaram logo que possível, todos estavam sendo revistados. Com exceção de quatro pessoas de extrema confiança do líder, os outros revistavam o que podiam, nada iria passar despercebido por ninguém.

                   ʕ •ᴥ•ʔʕ •ᴥ•ʔʕ •ᴥ•ʔ

  – E se encontrarem uma droga no meu bolso? O surto vai ser real.– era assim quando saíam e acontecia algo, Seok só faltava abrir um buraco e se esconder. E sem contar das paranóias que dominavam o garoto - Eu sabia que não devia ter vindo com vocês!

  – O que você disse? Até onde eu sei foi sua ideia Seok, foi você que insistiu para vir pra cá! – o ruivo estava pronto para dar uns tapas no amigo e não seria por falta de aviso.

A discussão só piorou quando um loiro entrou nela, e por causa dele não iria parar tão cedo.

  Um tempo depois eles ainda brigavam, e só pararam quando uma figura esguia e alta que vinha rapidamente acabou colidindo com o garoto de pele bronzeada e cabelos cinzas, que ficou ainda mais irritado com a situação.

  E rendendo muitas risadas de seus amigos, que já haviam até esquecido da discussão a minutos atrás.

  Mesmo quando foi a hora de Seokmin, podiam se ouvir seus resmungos a respeito da figura que o derrubou e nem se deu o trabalho de se desculpar ou ajudar, mas todos os resmungos pararam quando seu coração começou a bater rapidamente, o ar começou a fazer falta dentro de seus pulmões.

   A situação já era delicada quando o Lee começou a ficar pálido como papel, tudo isso porque o homem de cabelos azuis a sua frente que o apalpava simplesmente parou. Depois de mexer em seu bolso, levantou a cabeça e olhando com seus olhos de gato na pupila do outro, ele apenas acenou para um moreno atrás de si, que estava encostado no balcão do bar.