Na segunda-feira não sei de onde arrumei forças para ir para a empresa.
Estava com gripe, dor de cabeça e emocionalmente mal. O segundo caso podia ser respondido por conta da falação de mamãe depois do aniversário sobre a minha total falta de responsabilidade diante dela e dos convidados.
Tentei não ligar pra isso e apenas ouvir em silêncio o que ela tinha a dizer porque no fim sabia que eu estava errada, e apesar do ocorrido ter sido divertido, se eu e Maxon não tivéssemos tido aquele momento, todos meus problemas agora não existiriam.
Tomei dois comprimidos que estavam guardados em minha gaveta e fiz meu caminho normal para chegar no trabalho.
Marlee havia ficado até depois do almoço em minha casa ontem, pois só alguns minutos antes do meio do dia que terminei de atualizá-la sobre minha história com Schreave até chegar em Aspen, até chegar na festa.
Depois da enorme bronca que levei e da dramatização dela dizendo que aquela era uma situação muito parecida com a que passava com Carter e se eu tivesse contado provavelmente estaríamos uma dando apoio a outra e blá-blá-blá.
Tentei explicar que o fato de eu não ter contado nada a ela não provia de falta de confiança, e sim, da minha própria incapacidade de conseguir lidar com a situação e não querer fazer outras pessoas estarem por dentro dela sendo que eu nem sabia se algo de verdade estava acontecendo.
Nada adiantou no entanto, Marlee continuou seu drama. Porém, me aconselhou bastante e ofereceu seu ombro amigo para mim, o que deixou-me muito mais tranquila para falar com ela.
Enfim, naquele dia quando entrei na empresa, até parecia o primeiro dia de trabalho: eu estava nervosa com o que poderia acontecer, nada estava dando certo e eu não estava bem comigo mesma. Que maravilha.
Não encontrei nenhum conhecido enquanto subia para minha sala, e nem sequer Zack se encontrava nela. Mas havia um post-it em cima da mesa com várias anotações me indicando o que fazer naquela manhã. Assim, mesmo com o psicólogo e a saúde um pouco abalados, dei início a minhas tarefas.
Sei que parece estranho, mas aquilo começou a "me melhorar", pois sempre na segunda-feira, Miller me deixava escrever relatórios de ideias para fazer promoção para outras empresas, e isso me animava e motivava. A última tarefa se tratava de um tipo de "jogo" online que simulava uma empresa querendo fechar negócio com outra, e do lado, em uma barra de notificação, mostrava as restrições que a empresa compradora tinha, e o desafio era tornar a sua ideal para uma aliança.
Aquela pequena brincadeira me fez pensar no projeto de uma ong para crianças deficientes que recentemente tinha entrado em contato com a Dynamics a fim de fornecedores que pudessem ajudar em doações. Mas como já estávamos apoiados em outros projetos para outras instituições de caridade, a proposta não foi muito adiante.
Ouvi Zack falando no telefone dias atrás sobre isso, e como era uma pena não contribuírem, porque tal ong possuía grande influência em toda nossa região e se o projeto fosse para frente, o nome da Dynamics estaria aparecendo como sócio e contribuidor, o que significava: divulgação talvez até nacional de nossa empresa.
Ali parada em minha cadeira, com as mãos em cima da mesa... uma luz se acendeu em meu cérebro e imediatamente comecei a escrever no bloco de notas sobre para não perder o raciocínio. Uma, duas, talvez três? Horas se passaram e quando me dei por conta, 5 páginas inteiras estavam preenchidas apenas de puro pensamento meu.
Quinze para meio dia Zack entrou na sala.
— Bom dia, boa tarde. — Falou por ser a primeira vez que estávamos nos vendo naquele dia. Mal me segurei para já não colocá-lo por dentro de minhas ideias de imediato.
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Sr. Maxon Schreave
Fanfiction"É quase uma lei não gostar do seu chefe". Maxon Schreave era o tipo de cara que você tem a plena certeza que não está ai pra você, e sua beleza ficava escondida atrás de sua postura rígida e sua forma seca de falar. Mas eu tinha um dever... o auxil...