Por fim, concluo que a tristeza é a mesma, a que habita em mim, a que habita em você, a que habita em todo mundo. O que nos difere é justamente o que nos atrai: é o modo como lidamos com ela. Eu carrego no peito minha tristeza em tons pastéis, enquanto vejo um garoto na rua, carregando a sua em um amarelo berrante. Meu amor tem uma tristeza mais branda, quase como a minha, em tons mais claros. Vejo em cada alma o tom de seus traumas e a forma como eles se abrandam com o tempo. Acho que é isso: tristeza é sobre abrandar, sobre fazer seu coração bater ao som de Clair De Lune, ou qualquer outra sonata. Concluo, novamente, que tristeza não é sobre sentir, é sobre lidar e não deixar que se afirme no peito, compassar de forma que ela seja uma companheira e não uma vilã, é sobre saber tratar. Como você tem tratado sua tristeza ultimamente?
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Toda Poesia Que Me Brota Do Peito
PoesieColetânea de poemas autorais, escritos desde 2016, em diferentes fases da vida de uma adolescente, agora jovem adulta. Poemas totalmente autobiográficos reunidos em ordem cronológica - dos mais antigos para os mais recentes - possibilitando assim qu...