20- Egoísta

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Dan

Acordei bem cedo, minha cabeça doía um pouco. Ao me mexer, sinto Oscar ao meu lado, ainda abraçado à mim. O seu corpo era tão aconchegante que me fazia querer ficar mais tempo ao seu lado, mas levantei, se por acaso outra pessoa acordasse, não nos veria daquele jeito juntos. Tento não fazer movimentos bruscos para que ele não acordasse. Depois disso, fui até o banheiro, em seguida, vou até o lado de fora da casa, sentei no degrau e fiquei pensando o que eu iria fazer a partir daquele momento.

Talvez se eu conseguisse falar com o Gael, ele poderia saber o que fazer. Gael estava em uma viagem, então eu teria que ver outro modo, de imediato me veio em mente a mãe do Erick, ela poderia me ajudar, já que ela é uma das fundadoras dos "Los Santos".

Peguei minha arma na mesa e também a chave do carro do Oscar. Eu já estava abrindo a porta, quando o Oscar me impede ao colocar a sua mão para fecha-la, assim, me impedindo de abrir.

— Onde pensa que vai? - Oscar me pergunta.

— Vou comprar umas coisas, eu volto logo. - digo tentando puxar a maçaneta.

— Eu vou com você. - ele diz pegando na chave e trancando a porta.

— Não precisa, eu sei me cuidar. - digo estendendo a minha mão, pedindo a chave que ele havia tirado da fechadura.

— Eu sei disso, mas você está com o meu carro, então... eu dirijo. - Oscar diz vestindo uma camisa xadrez de botão por cima de uma regata branca que ele estava vestido.

— Eu não vou bater o seu precioso carro, se é isso que está pensando.. mas se for para ir comigo, tem como se apressar? - digo revirando os olhos.

— Pronto! Vamos lá, chica. - ele diz abrindo a porta e indo até o carro.

Oscar ficou do lado de fora de uma loja me esperando. Comprei dois celulares, um para mim, e o outro para a Ana. Quando eu estava saindo dessa mesma loja, vi um carro branco se aproximar e estacionar perto. Eu conhecia aquele carro... Erick desce e vem em minha direção, e quando estava bem perto de mim, Oscar também saiu do seu carro, mas ele para ao ver o Erick me abraçando e me dando um selinho.

— Por onde você andou? Te mandei mensagem, mas não me respondeu e nem atendeu minhas ligações, fiquei preocupado. - Erick diz ainda abraçado à mim.

— Me surpreende não estar sabendo de nada ainda. - digo saindo do abraço.

— Como assim? - Erick pergunta.

— Meu avô sumiu, se não fosse pelo Oscar... - digo olhando para o carro de Oscar, quando vejo o mesmo entrar no carro e dar partida.

— Ah, então talvez isso seja o que a minha mãe queria me dizer, estava indo lá quando te vi, quer ir comigo? - ele pergunta.

— Hã? Claro! Vou sim. - digo após voltar a minha atenção para o Erick.

Senti algo diferente quando vi o Oscar sair daquela forma, sem me falar nada. Por um momento me vi deixando o Erick lá e indo atrás do Oscar, mas o melhor mesmo seria ir até a Senhora Gomes... a vontade de descobrir algo sobre o meu abuelo era maior que qualquer coisa naquele momento.

Entrei no carro de Erick e fomos juntos até a sua casa. Eu pedi para que ele não passasse por perto da minha casa, seria melhor se fôssemos por outro caminho, não queria passar por lá, eu me lembraria de tudo. Depois de um tempo, chegamos lá, entramos e fomos até a sala que a Sra. Gomes estava, ela falou comigo como se já esperasse a minha presença.

— Olá Dandara. - ela diz olhando na minha direção.

— Olá Sra. Gomes. - digo.

— Pode me chamar de Rosa. Já tenho uma ideia do que pode ter te trazido aqui. - ela diz sinalizando para que eu sentasse.

— É o meu abuelo, ele... - sou interrompida.

— Eu sei. Você tem ideia de quem possa ter feito isso? Alguém que o odiasse? - ela pergunta.

— Não que eu saiba. - digo.

__ Seu avô sumiu? - Erick pergunta surpreso.

— Hijo, tem como nos deixar a sós? - Rosa pergunta para o Erick que assente e sai em seguida da sala.

— No momento não posso fazer muita coisa, até ter informações, mas farei o possível para te ajudar. - ela diz levantando e me dando um abraço.

— Obrigada! - retribuo o abraço.

Ficamos por mais um tempo lá, contei tudo que havia acontecido, onde eu estava. E ela me deu alguns conselhos para que eu conseguisse seguir firme, se ofereceu para ajudar em tudo que eu precisasse. Assim que sai da casa dos Gomes, pedi para o Erick me deixar em freeridge.

— Pode me deixar aqui. - digo destravando a porta do carro para descer.

— Ei - Erick diz pegando no meu rosto. — Se precisar, é só me ligar, tá? - ele diz me dando um beijo.

— Tá bom. - digo lhe dando um selinho e saindo do carro.

Ao chegar na casa, encontro o Oscar sentado no degrau, fumando, parecia pensativo.

— a Ana está aí? - pergunto assim que cheguei perto dele, mas ele me ignora.

Passei por ele e entrei na casa, fui até o quarto e vi que a Ana ainda dormia, o que era ótimo.

— Porque você foi embora daquele jeito? - pergunto ao sair da casa e parar na sua frente.

— Você não me disse que namorava aquele moleque. - ele diz calmo dando um trago no seu cigarro.

— Porque eu diria? - pergunto.

— Não sei, me diz você. - ele diz me olhando com uma cara fechada, me fazendo engolir em seco. — Foi o que pensei. - Oscar diz apagando o cigarro e em seguida entra em casa.

Eu sei que eu deveria ter dito para o Oscar que eu estava namorando o Erick, isso teria evitado essa situação, talvez eu tivesse sido egoísta nessa parte, mas por mais que não justifique, foi muita coisa para processar, eu nem pensei nisso.


Tão perigosa quanto você (Oscar Diaz)Onde histórias criam vida. Descubra agora