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Arisa amaldiçoou Orochimaru e suas missões quando limpou um filete de sangue que escorreu de sua têmpora enquanto encarava o grande mestre das marionetes de longe. Os dedos dele ja brilhavam em chakra azulado e com apenas um movimento de mão e pergaminhos, havia entre os dois uma marionete medonha.
Sasuke e Deidara estavam do lado de fora e a princesa esperava que seu parceiro tivesse tido o bom senso de levar aquele maluco para bem longe da cidade e dos civis que não tinham absolutamente nada a ver com isso.
Gritos diversos já podiam ser escutados do lado de fora e não havia um rastro sequer daqueles dois vendedores misteriosos dentro ou fora da loja.
— Você será um belo espécime para a minha coleção — O ninja de cabelos vermelhos abriu um belo sorriso para a garota, daqueles que poderia ser considerado de maneira diferente caso ambos não estivessem planejando a derrota um do outro — Drenarei seu sangue, removerei seus órgãos e então vou te preencher com armas ocultas... Uma arte eterna que poderia até ficar em exposição.
Certamente uma seria uma bela marionete, mas virar boneca não estava nos planos da princesa para hoje.
Era audacioso da parte dele considerar arte desse tipo de conduta mas de alguma forma a garota respeitava essa visão. Se não fossem para ser usadas como armas, o fato de que essas pessoas seriam eternas é de alguma forma reconfortante.
— Duvido que conseguiria extrair o fogo das minhas veias — Os olhos dela flamejaram e brilharam mesmo contra a sombra dos destroços daquele local — Meu corpo é um desperdício para você.
Sasori assentiu num movimento respeitoso, talvez até cavalheiro. Ele acompanhava os movimentos dos olhares dela, sabia que Arisa estava meticulosamente procurando por alguma abertura ou condição de vitória.
Mas enquanto isso, o ninja renegado fazia o mesmo. A observando como um quadro em branco que pode ser usado de várias formas diferentes.
— Devemos parar de perder tempo e eu te mostrarei no final como faço minha arte.
Um arrepio percorreu sua coluna.
Ela apenas ergueu o queixo com seus olhos semicerrados faiscando.
— Esta é uma honra que recusarei.
Sasori não disse mais nada antes movimentar os dedos com as cordas de chakra para que aquela marionete semelhante a um escorpião venenoso atacasse.
Arisa correu no exato momento em que aquela boca de madeira se abriu.
Eram agulhas, longas agulhas, como aquelas que Haku usava em seu jutsu dos espelhos de gelo. A única diferença é que estas com certeza estavam envenenadas e ela não podia se dar o luxo de levar um golpe sequer.
Estava sozinha contra Sasori.
Um contato era suficiente para tudo acabar.
Ela se apoiou atrás de um grande pilar de pedra cortado ao meio que tinha caído junto a alguns pedaços da construção naquela primeira explosão que fez seu mundo virar do avesso. As agulhas batiam contra pedras, tilintavam e caiam no chão derramando algum tipo de líquido violeta, as mãos dela tremeram só de imaginar que tipo de propriedades aquele líquido tinha.
