CHEGUEI, CHEGUEI CHEGANDO...Olá, meus queridos! Saudades? Acho que não, né? Hahahaha.
Mas vamos logo ao capítulo!
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Jack:
Saímos daquela montanha, caminhando lado a lado em silêncio. O frio cortava o ar, mas eu me mantinha firme, como se já não sentisse nada além da distância que levava entre nós. Depois de alguns minutos, chegamos a um lago tranquilo, cercado por árvores altas e neve que parecia brilhar sob a luz da lua.
Paro subitamente, ficando parado diante da água imóvel, onde a lua se refletia suavemente. Era um lugar silencioso, um espaço que sempre me trouxera paz... até agora.
Breu me acompanhou, ficando alguns passos atrás, observando com calma. Ele cruzou os braços e, por um momento, seu olhar parecia distante, quase curioso.
- Por que parou de andar? - pergunta ele, a voz neutra, mas com um leve tom de provocação. Ele sabia que havia algo ali.
Eu me viro para ele, ainda encarando o lago. Uma parte de mim não queria compartilhar, não queria que ele soubesse, mas outra parte... bem, outra parte precisava dividir.
- Aqui é um lugar especial - respondo finalmente, com a voz mais sombria, como se as palavras fossem pesadas. - É o lugar onde eu morri.
Breu não diz nada imediatamente, seus olhos continuam fixos em mim, tentando ler cada reação, cada detalhe. Ele parece interessado, mas mantém uma postura calma e distante.
Ele aproxima-se, lentamente, como se estivesse estudando cada reação minha, como se quisesse entender o que passava pela minha mente... seria tristeza?
- Por que você morreu? Quer dizer, como?
A pergunta me faz respirar fundo, o peso das lembranças me alcança mais uma vez. Eu fecho os olhos por um momento, tentando bloquear a memória que vem à tona.
- Salvando minha irmã - murmuro, a voz baixa, carregada de emoção contida. - Quando você me deu os meus dentes, eu consegui ver um pouco do meu passado.
Ele sorriu sarcástico, aquele típico sorriso desdenhoso que Breu usava quando queria desestabilizar.
- É isso que dá, sempre querer ajudar todo mundo, no final quem te ajuda?
- Eu não me arrependo... Minha irmã estava com medo, e eu acho que não devemos deixar o medo nos paralisar - respondo com uma leve indireta.
Ele revira os olhos, irritado por eu não ceder ao seu jogo.
- Que poético... me poupe, Frost, vamos logo! - resmunga ele, e eu abro um sorriso vitorioso, tentando manter a provocação.
- Breu, não seja assim - falei, passando ao lado dele, sobrevoando o próximo passo para irritá-lo ainda mais. - Por que você é tão cruel?
Ele continua andando, fingindo que não me ouve, mas a tensão entre nós está cada vez mais evidente.
Caminhamos em silêncio por um tempo, até que ouvimos o som de gravetos sendo esmagados à distância.
- Que estranho, está tarde demais para alguém passear por aqui...
No mesmo instante, Breu cobriu minha boca com firmeza e me puxou para perto dele. Era como se ele invocasse a escuridão ao seu redor; em um instante, tudo se tornou tão escuro que seria impossível outra pessoa nos enxergar.
- Aonde ele foi? Juro que ouvi a voz dele - A voz do Coelhão ressoava com impaciência, firmei os meus olhos e observei duas sombras se moverem pelo local.
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Origem dos Guardiões: Frio e Trevas
FanfictionEle podia mudar. Era isso que o guardião acreditava, com uma fé que se mantinha firme no fundo de seu coração. Mas será que o espírito do medo compartilhava o mesmo desejo? Jack, no entanto, possuía paciência infinita, porque a esperança é a última...