one and only

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—VOCÊ É UM BABACA, FILHO DA PUTA, IDIOTA. — a mulher, Jenny, acho que é esse o nome, grita a plenos pulmões enquanto junta suas roupas espalhadas pelo chão do apartamento. Reparo que ela deixou o sutiã e o pego na mão sem deixar de sorrir safado.

—Você vai esquecer isso? — pergunto e recebo um tapa na cara antes de ela arrancar a peça da minha mão e sair do meu apartamento.

Me encosto na porta olhando a mulher descer as escadas, enquanto uma morena baixinha e de cabelos cacheados sobe arrastando uma mala que parece pesada.

—Grossa...—escuto ela falar para minha amiguinha e seguro uma risada.

—Precisa de ajuda? —pergunto me aproximando da escada e ela me olha com curiosidade. —Sou Andrew.

—Camila... É você o filho da puta? —ergue uma sobrancelha e solto uma risada.

—O próprio... Quer ajuda? —repito apontando a mala.

—Claro. —ela dá de ombros sem parecer se importar com o que acabou de presenciar e pego a mala mais facilmente que ela. Camila pega um papel no bolso e caminha até a porta ao lado da minha, o apartamento vago a alguns meses já.

—Vizinha? —rio a seguindo com a mala e logo estamos dentro do apartamento. —Bom... Se precisar de algo é só chamar.

—claro, Andrew, o filho da puta —ela da uma piscadela com um sorriso de lado e saio do apartamento voltando para o meu.

Okay, isso vai ser divertido.

[...]

Escuto a porta do apartamento bater e barulhos conhecidos por mim chegar até meus ouvidos. Pego meu sanduíche e saio da cozinha fazendo barulho com meus pés de propósito vendo as duas pessoas se afastarem apressadas uma da outra.

—Andy? — Camila pergunta parecendo confusa e sorrio observando o cara que esta com ela.

Esse babaca de novo?

—Quem é esse? — ele parece irritado e se aproxima dela de forma possessiva.

Onde ela encontra esses otários?

—Sou o amante dela! — seguro uma risada da careta que Camila faz me encarando e fecho a cara em seguida ao ver ele agarrar o braço dela.

Merda

—Carlos solta meu braço. — ela pede baixinho, mas reconheço o medo em sua voz e largo meu sanduiche me aproximando.

—Você acha que sou burro sua... — ele para de falar quando agarro o braço dele torcendo para trás fazendo que  soltasse minha melhor amiga.

—Toque nela novamente e nunca mais tocara em nada. — falo baixo abrindo a porta do apartamento dela. — Se eu te ver aqui novamente você será um homem morto. —empurro ele para fora batendo a porta e escuto um resmungo atrás de mim.

—Quem você pensa que é? —desvio ao sentir algo se aproximar da minha cabeça e escuto o barulho do porta retrato atingir a parede. — Ele nunca mais vai me ligar.

Ora...

—De nada por isso. —resmungo indo até onde esta meu sanduiche, mas paro quando ela começa a me dar tapas.

—Seu cretino, filho da puta... Babaca...—seguro os pulsos dela com carinho e logo a puxo contra meu peito a ouvindo soluçar.

—Ele não era bom pra você pimentinha, nenhum deles era bom. — sussurro beijando os cachos presos em seu penteado desarrumado. — Vem... Tem brigadeiro na cozinha. — seco o rosto dela com carinho a levando para a cozinha.

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⏰ Última atualização: Nov 14, 2020 ⏰

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