Passei algumas semanas na casa de Mari enquanto eu me recuperava da crise que eu tinha dado, todos os dias ela fazia questão de me lembrar dos remédios que eu tinha que tomar e nem deixava passar um minuto sequer. Gizelly foi todos os dias pra casa de minha amiga assim que saia do trabalho, foram semanas de paz, mas eu precisava voltar pro meu canto pra continuar a escrever o último capítulo do meu livro.
Mariana não queria deixar eu sair do apartamento dela alegando que eu iria esquecer de me cuidar e com medo da minha ex aparecer novamente, mas só deixou eu voltar porque a Gi disse que iria ficar comigo durantes os próximos dias. Eu estava amando aquela atenção toda, mas uma hora eu teria que voltar pra minha realidade. Algumas medidas foram tomadas, como a troca da fechadura do meu apartamento por uma digital e o impedimento de Rafaela chegar perto do meu prédio, os porteiros de ambos os turnos estavam avisados que aquela mulher estava proibida de entrar ali.
Fui na delegacia dá uma queixa e fiquei sabendo que já tinha uma outra registrada no nome dela, de uma mulher que provavelmente ela deve ter se relacionado e perseguiu depois do término. Estava começando a ficar com medo, pois aquela não era a pessoa que eu conheci um dia, ver Rafaela naquele dia na minha frente na minha sala foi um susto, porque eu não esperava tão cedo vê-la novamente depois do episódio do restaurante, ela a todo custo estava querendo voltar comigo e eu simplesmente joguei mais coisas na cara dela, até que ela me disse algo que está estalando até agora na minha mente.
Eu vou tirar todas as pessoas da sua vida que ousar tirar você de mim.
Aquilo me impactou e me fez refletir várias coisas, aqui sentada na varanda tomando meu chá e olhando pra cama o corpo de quem eu dormir durante esses dias todas, me traz uma sensação angustiante e eu não quero que nada aconteça com a minha namorada. Sim gente, eu pedi a Gi em namoro assim que voltei pro meu apartamento e fizemos amor a noite toda depois do pedido, eu sinto que ela que vai me fazer feliz pelo tempo que Deus permitir.
Levantei da cadeira e deixei a xícara em cima da mesinha que tinha ali na varanda, entrei no quarto e subir na cama descobrindo o corpo de Gizelly que estava nua depois da maratona de sexo que fizemos ontem.
- Ei amor. - falei passando o nariz no pescoço dela.
- Hum... Que horas são? - ela perguntou.
- Oito e meia agora. - falei tirando alguns fios de cabelo que caia no seu rosto.
- A Mariana vai me matar, estou atrasada. - ela disse arregalando os olhos e dando um pulo da cama.
- Calma apressadinha, hoje é sua folga. - falei puxando ela de volta.
- Minha folga? - ela perguntou confusa.
- Sim, esqueceu que a Mari te deu folga hoje pra a gente poder viajar. - falei acariciando seu rosto.
- Meu Deus, eu tinha esquecido disso. - falou se aconchegando em cima de mim.
- Gi. - chamei chamando sua atenção.
- Sim. - ela respondeu.
- Me promete que se ela chegar perto você vai me avisar? - perguntei acariciando suas costas.
- Só se você me prometer o mesmo. - ela disse levantando a cabeça e me olhando.
- Prometo. - falei dando um selinho na mesma.
- Eu não escovei os dentes ainda. - ela disse fazendo careta.
- Não me importo. - falei virando nossos corpos e deixando ela em baixo mim.
- Mas eu me importo Marcela, sai de cima de mim. - ela disse tentando se desvencilhar.
- Me dá um beijinho. - falei fazendo bico.
- Você é uma chantagista. - ela disse me dando um tapa no meu ombro me beijando logo em seguida.
Deixei minha namorada levantar pra fazer a higiene e eu fui pra cozinha arrumar o café da manhã, pois se tem uma pessoa que come de manhã é ela, ainda me pergunto pra onde vai tanta comida. Meu celular tocou e eu fui pra sala pois tinha deixado o mesmo na bancada de lá, na tela vi logo que era uma chamada de vídeo de Mari.
- Oi bebê. - falei sorrindo e vendo ela sorrir também.
- Como você está minha loira? - Mari perguntou se ajeitando aonde estava sentada.
- Estou bem e a senhorita? - perguntei me sentando no sofá.
- Com frio. - ela disse fazendo uma careta.
- Vocês estão aonde mesmo? - perguntei.
- Paris. - Mari respondeu.
- Quando vocês voltam, hein? - perguntei mordendo o lábio inferior.
- Na quarta, a Bia ainda tem um festival aqui domingo pra tocar. - ela disse e Bianca logo apareceu atrás acenando.
- Minha cunhada agora é internacional. - falei sorrindo.
- Agora eu preciso xingar em outras línguas pras mulheres saírem de cima dela. - Mari disse me arrancando risadas.
- Mariana ver se não vai ser presa aí viu. - falei arrancando risadas dela.
- E vocês já chegaram em Boipeba? - ela perguntou.
- Vamos daqui a pouco, a Gi foi tomar um banho. - falei suspirando.
- E esse suspiro aí? Aconteceu algo? - ela perguntou preocupada.
- Não, muito pelo contrário. Está tudo muito bem, eu estou feliz amiga. - falei sorrindo.
- Eu amo te ver feliz, manda um beijo pra Gi. Vou precisar desligar agora, boa viagem e eu te amo. - Mari disse soltando um beijo do outro lado da tela.
- Também te amo amiga, aproveite aí. - falei e desligamos a ligação logo em seguida.
Levantei e fui em direção ao quarto encontrando Gizelly terminando de se arrumar.
- A Mari mandou um beijo. - falei abraçando ela por trás.
- Como ela está? - Gi perguntou sorrindo e olhando nosso reflexo no espelho.
- Disse que está xingando em outras línguas com as mulheres que dão em cima da Bia. - falei rindo.
- Essas duas não sei não, mas onde é que vamos ficar lá em Boipeba? - Gizelly perguntou se virando pra ficar de frente pra mim.
- Numa casa da família da Mari lá que só anda vazia. - falei dando um selinho nela.
- Então teremos a casa só pra gente? - Gi perguntou circulando meu pescoço com seus braços.
- Todinha nossa. - falei cheirando seu pescoço.
Só digo uma coisa: Boipeba vai ser tudo!
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Até o próximo capítulo!
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FanfictionÉ na cidade de Salvador que uma história de amor irá começar. O destino irá se encarregar de juntar duas pessoas totalmente diferentes que se tornarão uma só. Uma teve seu coração partido, a outra construiu uma muralha no seu depois de uma grande de...