POV S/N
19:00 da noite
Já era sábado a noite, eu já estava arrumada e esperando Robert vim me buscar com sua moto.
Sei que era um passeio entre amigos, mas Robert estaria lá, e eu acabei vestindo minha melhor roupa e caprichando na maquiagem só para poder ficar mais bonita. Ele disse que estava querendo falar comigo sobre algo importante, e eu estava super ansiosa sobre isso, Robert disse que estaria aqui daqui uns 5 minutos e já se passaram mais de 7.
Eu comecei a ficar desanimada. Será que ele havia esquecido de mim? Ou só mudou de idéia sobre ter me chamado para sair junto com seus amigos. Talvez ele tenha razão... Talvez eu só faça ele passar vergonha ou coisa parecida.
Levanto do sofá na sala, e começo a caminhar até a varanda em frente a minha casa.
Fecho os olhos e respiro fundo, tento segurar minhas lágrimas de tristeza e quando abro os olhos novamente, vejo Robert estacionando a moto em frente a minha casa.
Sinto meu peito encher de felicidade e dou um sorriso bobo ao vê-lo caminhando até mim como o príncipe encantado que qualquer garota desejava ter.Ele caminha até mim e levanta os braços para me receber em um abraço apertado, eu obviamente não nego o ato e faço o mesmo só que depositando um beijo em sua bochecha.
Vejo Robert corar de leve, e então sinto minhas bochechas arderem também.
Robert Sheehan estava com vergonha.Deus? Que macumba foi essa?
Vejo Robert se afastando um pouco de mim e me analisando de cima para baixo, e arqueando uma sombrancelha.
- Você está linda, S/N! - Ele pega em uma das minhas mãos e faz eu dar uma voltinha para que ele analisasse melhor.
- Sério? Eu quase nem consegui me arrumar direito. - Dou um sorriso bobo e solto a sua mão logo em seguida.
- Vem, vamos logo antes que eles nos matem por conta da demora.- Ele entrega em minha mão um capacete preto com o mesmo modelo com o qual Robert também usava, e logo em seguida subiu em cima da moto e logo ligando a mesma sem demora. Sento no banco de trás e hesito um pouco antes de colocar meus braços envolvendo as costas de Sheehan em um abraço.
- Está tudo bem. Eu não mordo.- Ouço ele dar uma risadinha debochada e já ligando o acelerador da moto. Junto com o ato, fico com medo de cair da moto e envolvo meus braços nas costas do mais alto.
Depois de longos 15 minutos de trânsito, e longos 15 minutos de conversas aleatórias só para quebrar o silêncio sufocante que pairava entre nós dois.
Robert estacionou a moto perto de uma pizzaria que seria o ponto de encontro para ele e seus amigos.Eu soltei as costas de Robert, sai de cima da moto e tirei o meu capacete logo o entregando para o mais velho.
Robert era tão cavalheiro e educado, um dos motivos para eu viver babando de boca aberta por qualquer coisinha que ele faça.Robert envolveu seu braço em meu ombro e me puxou para mais perto do seu corpo, logo entrando na pizzaria junto comigo. Sem muita demora, e nem um pouquinho de dificuldade, Robert havia avistado os seus amigos e acenou de volta para os mesmo que começaram a gritar o seu nome e acenar para ele.
Ele tinha uma turminha realmente barulhenta.
Nos aproximamos deles e sentamos nos dois lugares que estavam vazios em nossa espera. Uma garçonete chegou até nossa mesa perguntado o que iriamos querer, Robert disse que iria querer um refrigerante light e eu pedi o mesmo, depois que nossos pedidos chegaram, Robert ficou conversando e dando risadas altas e divertidas com seus amigos, enquanto eu fiquei apenas observando a rua através de um uma parede de vidro que havia na pizzaria.
Até que Robert quebrou o meu silêncio sem dó nem piedade.- S/N? - Olho para ele rapidamente, como se a cada vez que ele dizia meu nome, era algo importante.
- Hm...? -Respondo tentando não transparecer que estava em um caos interno.
- Quero te apresentar meus amigos. Sinto que demorei um pouquinho para fazer isso. - Ele solta uma risada descontraída e leva uma mão até meu ombro. Puta merda, a cada toque dele, sinto borboletas em meu estômago. Era algo maravilhoso só que ao mesmo tempo desconfortável.- Esse é o Nick, e a garota radiante ao seu lado é a irmã dele, Sarah.- Ele apontou um de seus dedos para um homem de porte forte que usava uma camisa preta e tinha o tom de pele escuro, mas seus olhos eram claros, eram da cor mel, iguais aos de Robert. Logo em seguida meu olhar vai para uma garota em seu lado. Ela tinha cabelos curtos até os ombros com uma mecha vermelha vibrante, seus olhos eram marrons claros e tinha os lábios da mesma cor que sua mecha vibrante. Ela usava roupas que valorizam seu corpo perfeitamente desenhado e suas lindas curvas.
-Por outro lado. Essa emburrada aí, é a Catarine.- Ele dá uma risada debochada para uma moça baixinha com cabelos cacheados de coloração caramelo, mas as raízes ainda eram escuras como a cor natural. Ela usava roupas de marca, suas roupas eram da marca Gucci-Gucci, Junto de sua bolsa branca da mesma marca que as roupas. Diferente de Sarah, Catarine tinha um corpo não muito definido.- Prazer em conhecê-los. Eu me chamo...- antes de eu consegui completar minha apresentação, Nick me interrompe.
- Sabemos quem você é. Alguém não para de falar sobre uma certa S/N e o quanto ela é incrível. - Nick dá um sorriso convencido ao perceber que o sorriso sacana de Robert sumiu de seu rosto e uma expressão envergonhada surgindo em sua face.
ROBERT SHEEHAN ME ACHA INCRÍVEL!
Espera... Robert Sheehan fala sobre mim com seus amigos...?Sinto minhas bochechas arderem e levo minhas mãos até minhas bochechas, desviando rapidamente o meu olhar do grupo até focar em qualquer ponto no chão de piso.
- N-não dê ouvidos a eles. Eles não sabem do que falam.- escuto Robert tentando aliviar a situação, só que fez exatamente o contrário. Me deixou mais insegura. Então, Robert nunca me veria dessa forma? Isso foi realmente dolorido.
- Está tudo bem, gente. - Olho para eles novamente e me ajeito no meu lugar.
- Então... quem quer explorar essa parte da cidade depois? Ouvi histórias assustadoras de um prédio abandonado que fica algumas quadras daqui.- Nick rapidamente decide cortar o clima tenso e oferecer a seus amigos uma idéia que talvez seja interessante.
Todos concordaram de ir, a menos que Nick contasse mais sobre o tal prédio. E assim ele fez, se ajeitou em seu lugar na mesa e fez uma imitação forçada de serial killer.
- Em 1930, um prédio foi construído no intuito de abrigar desabrigados e pessoas necessitadas, pessoas humildes e tals. Até que em 1937 o prédio foi o palco de um assassinato brutal. Envolvendo um jovem da nossa idade, que matou o irmão e a mãe enquanto dormiam. E logo depois levou uma arma até sua cabeça e se matou. Só que na cabeça do jovem, foi encontrado duas balas, um caso pouco comum quando se trata de suicídios. Então, a polícia acredita que havia uma quarta pessoa envolvida, mas nada foi comprovado. Até hoje o prédio é visto como mal assombrado, já que depois do primeiro assassinato ter acontecido, vários suicídios misteriosos começaram a tomar conta do prédio, até que finalmente as pessoas foram abandonando o prédio e até hoje as pessoas dizem que o prédio prende a alma das pessoas mortas lá dentro. Como se o prédio quisesse algo dessas pobres almas que tiveram um fim tão trágico.- Enquanto eu prestava atenção em cada palavra que saia da boca de Nick, eu pude sentir um imenso embrulho em meu estômago, como se algo me dissesse para não chegar perto do tal prédio, como se algo muito ruim aconteceria caso explorassemos essa parte indesejada mal vista da cidade.
- O prédio tem algum nome?.- Escuto a voz de Sarah demonstrar estar muito interessada nas palavras do irmão mais velho.
- Ah sim, tem sim. As pessoa apelidaram esse prédio de Edifício Anhangabaú.
- Anhan... Anhangá oq? - Tento dizer as palavras, mas elas se prendem em minha boca como um trava-língua.
- Anhangabaú, que em uma tradução, é algo mais próximo de "Rio do Diabo".
- Credo Nick. - Vejo a irmã do mesmo demonstrar uma cara de nojo e espanto ao descobrir que o irmão se interessava por essas coisas.
To be continued...
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The blackout in the dollhouse (Robert Sheehan+You)
TerrorO que vem em sua mente, quando se trata da palavra fobia? Muitos consideram a fobia como um medo exagerado de algo específico ou até mesmo frescura, ou medo de criança. Mas, para S/N, a fobia perseguia ela desde muito pequena. A fobia de bonecas...