1) Não é recomendável jogar sozinho. Jogue em dupla ou com mais pessoas.
2) Eleja o médium, o guia que dará início ao jogo.
3) Todos os participantes devem colocar o dedo indicador e médio na prancheta.
4) Comece pedindo licença e depois, faça perguntas simples, aumentando o grau de complexidade.
5) Não provoque os espíritos e evite falar em divindades durante o processo.
6) Ao terminar, não joguem fora ou queimem o jogo. Ele deverá ser devidamente guardado.
7) A forma correta de encerrar o jogo é dizendo adeus. Caso o jogo não termine de forma amigável, o espírito volta para a casa com um dos participantes.
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Síndrome de Urbach-Wiethe. Park Chanyeol estava mais do que ciente de que não era qualquer pessoa que saberia pronunciar de primeira aquela nomenclatura, mas tudo bem, afinal, ele estava tentando fazer amigos e fazer amigos no ensino superior não é algo tão fácil quando estamos falando de ser um novato em uma universidade de costumes diferentes.
O inglês era seu segundo idioma, mas sua ótima fluência era admirável. No auge de seus vinte e cinco anos, poliglota e com muitos carimbos e selos internacionais no passaporte, concluía-se que talvez isso contasse para que gostasse de assuntos cotidianos como qualquer outro adulto, o que contrariava completamente o ambiente em que havia se inserido apenas dois meses antes. Tinha muito mais histórias para contar do que dinheiro no bolso e isso era seu maior incentivo para estar respirando o trabalho, disposto a ser como uma espécie de empregado do mês.
Amélia e James estavam ao seu lado, descendo o pavimento antigo e esburacado de uma rua abandonada, rodeados por árvores e ruídos de animais perdidos pela noite. Acima dos estudantes curiosos, a lua estava tão grandiosa quanto a boca de uma astuta serpente, a espera de suas próximas presas. O veneno os esperava na forma de uma casa velha, abandonada ou simplesmente esquecida, esta que ficava na esquina, a cinco quarteirões depois da universidade.
Quando eles avistaram a estrutura de paredes em ruínas devido ao tempo, sabiam o que tinham que fazer. Ligaram as luzes amarelas das lanternas e seguiram com o plano. Chanyeol entrou na frente, praticamente sem piscar os olhos, desejando mais do que tudo, captar qualquer e todo movimento.
Amélia respirou fundo. Em qualquer situação de sua vida, ela sempre havia sido destemida e dessa vez não seria diferente. James por sua vez, foi o último a entrar, rezando para todos os santos que conhecia, a cada passo que dava para dentro da casa térrea e degradada. Três personalidades completamente opostas e nenhum sairia com a sanidade limpa, Baekhyun pensou. Afinal, o espírito estava faminto por energia.
Sentando-se de frente um para o outro, os estudantes fizeram uma roda no chão assim que encontraram o que julgaram ser o quarto. Amélia sinalizou para que James ativasse o gravador de som do celular, assim como ela e Chanyeol fizeram. Precisavam de evidências quando tudo terminasse.
― Vocês trouxeram tudo? ― Chanyeol questionou os colegas com uma sobrancelha erguida.
Amélia concordou, abriu a única bolsa que carregava e tirou de dentro desta todos os itens que havia comprado em um loja especializada no assunto. Quando Chanyeol notou a eficiência da garota, puxou para si todos os objetos, contabilizando mentalmente como se não tivesse o feito na estação de trem, quando havia a encontrado horas antes. Em contrapartida e menos corajoso do que os outros dois, James se tremia inteiro enquanto jogava os olhos para todos os lados da casa, de modo aleatório, desejando não enxergar nada muito fora do normal.
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IMPULSE | ChanBaek
FanfictionO medo é o maior instinto protetor do ser humano. No entanto, para Park Chanyeol, esse sentimento não existia, o forçando a conviver com algumas regras de sobrevivência para não acabar morto no final do dia. Por outro lado, Byun Baekhyun era um espí...