Intese - Taeyoonseok

Capítulo 19

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Eu não acreditava em uma única palavra que dizia aquele homem, eu tinha a pior impressão possível dele. Taehyung sempre deixou claro que falar daquele homem era um assunto que muito o irritava, então eu não podia odia-lo mais.

Mais isso não impediu que uma leve sensação de incerteza fizesse meu peito se apertar. – Você não conhecia minha mãe.

- Pelo que vejo, é você quem não a conhecia. — Ele sentou-se confortavelmente ignorando as cinco armas apontadas pra ele. - Não foi o Sr. Min que tomou a iniciativa. Hana veio até mim a mais de vinte anos, me pegou de surpresa, mulheres não tinham mais voz no nosso ciclo antes do que tem agora. Ela mostrou que além de muito corajosa era muito inteligente, enquanto isso me destrair com sua beleza. Não achei que houvesse mulher mais bela que minha esposa Rosie, mas Hana com seus cabelos negros e pele pálida chegava muito perto. A diferença entre ambas é enorme, Rosie era a mulher mais doce que conheci, e tão delicada quanto uma flor. Seokjin puxou tudo dela. Hana era delicada enquanto não abrisse a boca pra falar palavras feias, era uma amazona. Não fazia meu tipo mais aconteceu. Sempre me orgulhei de seguir as regras devidamente, mais falhei em algo. — Ele passou a mão nos cabelos perdendo o rosto tranquilo. – Mais de um ano depois ela foi até a Sicília apresentar seu filho a minha esposa que ficou muito encantada, chorou quando foi convidada a ser madrinha do Yoongi que naquela época eu podia segurar em uma só mão. Ela falou pra mim o que eu temia, que Yoongi era meu filho, mais que não queria nada, apenas que eu nunca contasse a verdade a ninguém. Ela tava arrependida, não falou essas palavras porque queria parecer forte mais eu sabia porque também estava.

Eu duvidava que aquele homem soubesse o que era arrependimento. Me sentei no penúltimo degrau da escada sentindo o estômago embrulhar. - É mesmo muito engraçado vê-lo falar de arrependimento ligado a mulher da qual a morte está totalmente em suas mãos. — Havia tanto veneno nas palavras de Taehyung que eu me encolhi.

- Você não entende que no amor há sacrifícios filho. Vale tudo no amor e na guerra.

- Sei coisas sobre o amor que seu coração podre jamais será capaz de entender. Agora saia, vamos ter uma conversa lá fora.

- Não! — Fiquei de pé em um salto e caminhei pra mais perto de António evitando o olhar de Taehyung. - Disse que meus pais trabalharam pra você...?

- O poder que tenho sobre a Coreia do Sul é em grande parte pela ajuda deles.

– E eles sabiam o quê estavam fazendo?

– Sabiam filho, é claro que sabiam, me procuraram só por isso.

Eu neguei com a cabeça. - Não me chame assim, mesmo que seja mesmo meu pai eu prefiro e vou ignorar sua existência totalmente.

- Você se parece muito com ela, não só na beleza. — Ele ficou de pé ajeitando o terno e parecendo muito satisfeito. – Eu acredito que já não tenha nada a dizer aqui, até mais garotos. — Com um último olhar divertido ele atravessou a sala e sumiu fechando a porta, só voltei a respirar novamente ao ouvir seu carro se distanciar e quando Hoseok tocou meus cabelos.

- Você está bem Yoon? — Perguntou muito baixinho.

Eu me joguei em seus braços e fui acolhido com tanto amor que me senti preenchido, ou quase, tinha uma parte vital faltando ali. - Tá doendo Hobi, me segura forte.

- Eu tô aqui com você, sempre. — Ele me envolveu pela cintura, daquele jeito acolhedor, como se tivesse me tocando em todos os lugares ao mesmo tempo. Eu respirei seu cheiro como uma droga e relaxei, eu não tinha dúvidas que fui feito na medida certa pra Hoseok, mais seja lá quem for o desgraçado que desenha o destino, ele achou engraçado que minhas peças se encaixassem em mais de uma pessoa, e isso tava ferrando minha cabeça.