Capítulo 01

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Peter tropeçou em seus próprios pés,mas não parou para reclamar consigo mesmo. O seu dia estava muito esquisito e perder tempo resmungando não o ajudaria.

Para começar Peter acordou no chão do quarto. Só um lembrete de que o garoto estava cansado demais para diferenciar o carpete do colchão.

Depois,ele perdeu praticamente dez minutos tentando se soltar da sua escova de dentes. Ele conseguiu se prender nela de alguma forma,só uma nota mental,ele realmente não havia descansado o necessário.

Depois disso,ele fez uma,não,duas coisas super bizarras no metrô. E também,ele jurava que estava ouvindo os pássaros do Central Park,mesmo estando a várias quadras de distância. Ou seja,ele estava ouvindo coisas.

Tudo estava muito estranho,mais estranho que o habitual.

Sim,Peter era um adolescente estranho,mas estranho do tipo que pensa demais e fala de menos. Do tipo que sempre tem umas desculpas horríveis e inacreditáveis na ponta da língua. Do tipo que não dormia o suficiente para piorar a sua situação. Mas aquele dia estava mais que estranho,e ele precisava de respostas,breve! O quanto antes!

Antes dele pirar nas teorias da conspiração sobre si mesmo sem nem ter um prognóstico.

Ele caminhou em direção ao QG e subiu as escadas apressado,só parando quando um brutamontes barrou a sua entrada. - Crachá. - Ele pediu mal humorado.

Peter ofegou,apalpando os bolsos. Nada. Ele constatou e apertou os olhos. - Achei que isso só rolasse nas indústrias. - Peter sorriu constrangido,ele já tinha tantos cartões de entrada que se confundia.

- Somente entrada autorizada. - O cara negou.

- Qual é meu irmão. - Peter pediu. - Eles me conhecem. - Apontou.

- E o Trump não é um racista. - O segurança murmurou.

- Ah cara,eu tô surtando,me deixa entrar. - Ele pediu. Ah,mas que ótimo argumento! Você quer ver uma pessoa que está sendo protegida por um segurança e seu cartão de entrada é um surto. Mas que confiável!

O homem o fitou. - Se não se retirar eu terei que tirá-lo. - Ele avisou.

- Não faria... - Peter deixou a frase no ar quando o homem se aproximou ele se virou rápido quando o armário tentou mesmo tirá-lo dali. - Sexta. - Ele chamou exasperado.

- Sim Peter? - A voz robótica soou. Peter ergueu o indicador.

- Viu? - O segurança o olhou desconfiado. - A qual é? - Ele enfiou as mãos nos bolsos,em busca da indentidade. Quando encontrou,ergueu para o armário de dois metros.

O homem cerrou os olhos e se afastou,deixando Peter passar.

- Valeu. - Ele disse antes de entrar. Antes de andar apressado pelos corredores do QG que não conhecia tão bem.

Seu dia tinha tudo para ser bom,se não estivesse sendo ruim!

- Sexta,sabe onde está o Tony? - Ele torceu os lábios.

- O senhor Stark está no escritório do subsolo. - A voz robótica respondeu,Peter acenou,procurando o lugar.

Ele desceu as escadas deslizando a mão no corrimão e saltando alguns degraus. Talvez,se ele corresse,conseguisse pegar a segunda chamada e,com uma boa desculpa,conseguiria fazer a prova de história. Caso contrário,sua mãe com certeza o mataria.

Peter bateu na parede de vidro afobado. Tony olhou sobre o ombro desinteressado,até ver de quem se tratava e focar a atenção no garoto,virando a cadeira giratória. Peter gesticulou,Tony o olhou estranho. O garoto suspirou e digitou a senha no painel ao lado,para logo depois posicionar o dedo no leitor de digital fitando o Stark.

Cumplicidade [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora