●•Gracinha•●

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— Karol...

— Hm?

— Você sabe que eu amo você, não é?

A frase fez ela desviar a atenção da revista que folheava para fitá-lo. Adotou uma repentina careta, e cruzou as pernas sobre a cama.

— O que você quer? 

Ruggero fez uma careta.

— Nada... demais.

— Desembucha.

— Será que você poderia fazer cafuné em mim? — Ele suspirou. — Eu estou tão carente hoje e...

— Não.

— Ouch. — Ele cruzou os braços. — Por que não?

Karol o encarou.

— Porque depois do cafuné, você pede massagem e você geme muito alto quando sente prazer em algo. Os vizinhos vão pensar que estamos transando.

Ruggero acabou se sentando ao lado dela.

— E qual o problema? Somos namorados, fazemos isso e até mais!

A mexicana estalou a língua antes de ofertar-lhe um peteleco no braço.

— O problema, Ruggero, é que são seis da tarde, não quero o porteiro ligando e dizendo que estamos atrapalhando a aula de crochê da senhorinha de cima. — Karol deu a língua. — Você não sabe o quanto eu fico vermelha depois quando vou pegar minhas correspondências! Acho que ele pensa que sou uma pervertida, mas a culpa real é sua.

Ruggero fez beicinho.

— Certo, mais depois eu quero uma massagem dupla.

— Você não tem que querer nada.

O italiano fingiu-se de ofendido ao olha-la.

— Karol! Você está sendo cruel com esse pobre homem apaixonado!

— E abusado!

— Isso é detalhe. — Ele deitou-se sobre as pernas estiradas da menor. Sorriu, doce. — Vai rolar cafuné, mais tarde? Você sabe que eu sempre retribuo.

— Hm 'tá bom. E como vai ser a retribuição?

— Bem... eu posso massagear você aqui... — Tocou-a com delicadeza a virilha sobre o short molinho que ela usava. — ... contigo sentadinha na minha cara enquanto faz cafuné no meu cabelo, amor.

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Todos os créditos a: _xScar_

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