Bora beber até cair!

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- Mas que droga, Serkan. Eu disse que não queria trabalhar com aquela mulher. Por que você não entende?

- Eda, você só está com ciúmes. Não vou deixar de fechar um negócio só porque você não gosta da mulher.

- Isso não tem nada a ver com ciúmes, Serkan. Eu estou falando que ela não é confiável.

- E eu digo que é. E acabou essa conversa.

O senhor e a senhora Bolat se encaram profundamente e com toda furia que estão sentindo. Serkan teve um dia de cão hoje na empresa. Tantos problemas apareceram. Obras sendo paradas pelo atraso de materiais. Um cliente insuportável que estava tentando ganhar dinheiro a suas custas com um problema nada relacionado a reforma da casa dele. Além de todos os outros problemas que sempre o seguem. Sua cabeça estava cheia de tanta reclamação para todo lado e quando chegou em casa e a esposa trouxe mais uma, foi a gota d'agua.

Ele encara a mulher que tanto ama, mas que também tanto o testa e percebe que pode ter deixado os problemas do dia recaírem sobre ela. Que Eda é ciumenta, ninguém tem dúvida. O fogo que ela cospe pelos olhos quando alguém tenta alguma gracinha é o suficiente para incendiar o mundo inteiro. E quando ela está assim acaba não pensando com clareza. Mas ele também é tão cabeça dura quanto ela, e pode está sendo injusto.

- Tá bom. Você quer fazer do seu jeito. Ótimo. Então aproveite a sua companhia nos próximos dias. Vou para casa da minha tia. Babaca

Eda sai batendo o pé e com muita raiva. Ela ama o marido. Ama muito. Mas nem todo o amor do mundo faz você suportar a estupidez masculina. Homens! Por que são tão imbecis?

Ela entendia o porquê dele pensar que era ciúmes. Ela podia ser um tantinho ciumenta. Quase nada. Mas nessa questão, o ciúmes não tem nada a ver. Seus instintos lhe dizem para não confirmar naquela cobra e ela não confia mesmo. Mas o burro, idiota, estúpido, imbecil não escuta. Bom. Que se dane ele e a maldita empresa. Que ambos se explodam.

Enquanto Eda faz a pequena mala, Serkan fica na sala pensando na burrada que fez. Ele sabe muito bem que a esposa ir para casa da tia significa que a burrada foi grande. Eda nunca foge de nada, a não ser quando fica muito ofendida. O silêncio dela dói mais que uma porrada.

Serkan suspira, já triste, por saber que não vai ter a bela esposa com ele hoje. Talvez... talvez se ele se desculpar.

- Estou saindo. Adeus.

Eda se pronuncia e marcha porta afora com a cabeça erguida. Serkan corre até a mulher para tentar faze-la mudar de ideia.

- Amor! Me desculpa. Não deveria ter dito aquilo. Eu sou um burro, você sabe. Me perdoa.

Eda o olha com os olhos em expectativa e por um segundo, um milésimo de segundo, Serkan teve esperança. Mas ele já deveria conhecer a esposa a essa altura e saber que não seria tão fácil.

- Own. Deveria ter pensando nisso antes, querido. Agora tá de castigo. Divirta-se sozinho.

E ela vai embora o deixando com o maior arrependimento do mundo.

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Serkan olha em volta do bar e se depara com a tristeza do lugar. O ar frio e deprimente combinava com como ele estava se sentindo. Assim que a esposa saiu, ele ainda está bem. Mas quando entrou no quarto encontrou uma camisa sua na cama com o cheiro dela. A camisa que ela usou na noite passada. Ele inspirou profundamente e se embebedou com o seu aroma doce. Mas, foi passageiro. Logo só o cheiro não era sufiente e ele queria abraçar a esposa e beija-la até perder os sentidos. Mas ele estava sozinho. A tristeza foi tão grande, que ele precisou sair de casa urgentemente ou acabaria indo até ela e a implorando de joelhos para voltar. Ele não estava nesse ponto ainda.

Dei PT legal (Oneshot)Onde histórias criam vida. Descubra agora