Capítulo 36

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Pv.Ludmilla

Brunna havia chamado sua amiga Larissa para jantar conosco, ela está de fato muito bonita, mais que antes quando estávamos no colegial.

A primeira coisa que Patrícia fez, foi ajeitar os cabelos e checar o hálito, aquilo me fez olhar para ela com as sobrancelhas arqueadas.

-- O que foi?-- Perguntou ajeitando o boné em sua cabeça.

-- Nada Patrícia, nada.-- Continuei andando até a garota que sorriu abertamente.

-- Ludmilla.-- Disse sorrindo e se levantando -- É um prazer te reencontrar.

-- O prazer é meu Larissa.-- Falei sorrindo -- Lembra de Patrícia?-- Ela virou para olhar para Patrícia que sorria abertamente.

-- Ah, claro, como esquecer Patrícia Cristal.-- Apertou a mão de Paty tirar os olhos dos seus.

-- Tudo bem Lari?-- Patrícia perguntou se inclinando e deixando dois beijos nas bochechas de Larissa.

-- Com o tempo a gente fica bem.-- Piscou e soltou a mão de Paty indo atrás de Brunna.

-- Certo, ou você me ajuda ou eu conto pra Brunna que você se masturbou pensando nela à cinco anos atrás.-- Dei risada com sua ameaça.

-- Ok, eu vou ajuda porque eu quero.-- Puxei-à pela blusa e caminhamos em direção à sacada onde as meninas haviam sentado.

Sentei ao lado de Brunna que abraçou meu pescoço e jogou as pernas em cima da minha, e Patrícia sentou ao lado de Larissa, à nossa frente.

-- Então Lari, conta para as meninas do que você está trabalhando.-- Brunna disse fazendo um carinhos inocentes na minha nuca.

-- Eu sou diretora geral da galeria de artes que fica no finalzinho de Londres.-- Patrícia olhou para ela.

-- A Famous?-- Ela assentiu -- Uau, quem diria, você é dona daquilo tudo.-- Disse sorrindo.

-- É, pois é...-- Olhou para Patrícia e eu revirei os olhos.

-- Tá afim de ir no banheiro comigo?-- Perguntei sussurrando no ouvido de Brunna.

-- Amor, não, nossas amigas. -Olhei para Patrícia que estava com o braço direito no encosto da cadeira de Larissa e inclinada para sussurrar.

-- Não quero estragar o clima.-- Apontei com a cabeça e Brunna olhou soltando um riso e voltando a me olhar.

-- Certo, vamos.-- Levantamos e as meninas ao menos nos olharam, estavam entretidas demais trocando olhares profundos.

Brunna e eu fomos em direção ao banheiro e assim que ela trancou a porta atrás de si, me aproximei.

-- Certo você é melhor amiga dela e precisa ajudar a minha melhor amiga.-- Falei sussurrando.

-- Ludmilla elas são adultas, sabem como flertar e...

-- Patrícia é burra Brunna, ela não vai conseguir chegar na Larissa sem um empurrão.-- Brunna me encarou depois cruzou os braços se encostando na porta.

-- Eu não sei não Ludmilla, Patrícia mora em NY agora, Larissa é uma pessoa carente e...-- Enfiei a mão na sua nuca e à puxei para um beijo fazendo-à se calar.

As mãos de Brunna foram diretamente para meus cabelos e minhas mãos em sua cintura, puxando-à para meu corpo.

-- Como você disse, elas são adultas, e podem suportar duas semanas de distância.-- Ela suspirou.

-- Você aguentaria ficar duas semanas longe de mim?-- Dei risada.

-- Nem cinco minutos.-- Tomei à em um beijo, empurrando agora seu corpo contra a porta, apertando sua cintura com vontade.

-- Amor, não é querendo ser babaca nem te ofender, longe disso, mas eu acho que você está ficando gordinha.-- Brunna franziu a testa.

-- Como é que é?-- Perguntou e eu pude ver a raiva passar nos seus olhos.

-- Eu disse que você está...Au Brunna.-- Gritei quando ela me deu um tapa forte no braço.

-- Quem está gorda aqui Ludmilla?-- Quase gritou.

-- Amor eu não quis te ofender.-- Falei fazendo um bico.

-- Mas ofendeu, mulher nenhuma gosta de ser chamada de gorda, sua puta.-- Me deu um soco forte e eu dei risada -- Do que você tá rindo Ludmilla?-- Começou a me estapear sem parar e seus cabelos voavam enquanto ela o fazia.

-- Bru, para. -Tentei segurar seus punhos mas ela continuava me estapear -- Brunna.-- Gritei e ela continuou -- Brunna por favor.-- Gritei apertando seus ombros e sacudindo-à. -- Minha boca está sangrando.-- Me afastei indo em direção à pia e cuspindo ali.

-- Foi minha culpa?-- Perguntou apertando as mãos contra o peito.

-- Você acertou um soco na minha boca, eu não acredito nisso.-- Falei olhando para meu lábio que estava cortado.

-- Desculpa Lu.-- Ela disse baixinho se aproximando -- Desculpa?-- Abraçou meu corpo por trás e eu suspirei me virando.

-- Desculpo, está tudo bem, você me desculpa?-- Ela assentiu com um biquinho fofo e eu segurei seu rosto selando nossos lábios.

Saímos do banheiro de mãos dadas e quando chegamos na sacada do restaurante, Patrícia e Larissai estavam aos beijos, Brunna me impediu de atrapalhar mas eu sou mais forte que ela.

-- Joga gasolina.-- Gritei me jogando no meio das duas que estavam sentadas no sofá -- Que química em?Me passa um pouco.-- Falei olhando para elas.

Patrícia ergueu a mão e socou meu pau me fazendo levar as mãos imediatamente e cair no chão de joelhos.

-- Patrícia, por que você fez isso?-- Ouvi o grito de Brunna e logo meus ouvidos estavam zumbindo.

-- Ela nunca vai ter filhos agora.-- Ouvi a voz de Normani.

-- Você quer água?-- Ouvi uma voz desconhecida e mordi minhas bochechas sentindo uma dor insuportável como de um parto normal.

Eu conseguia sentir as mãos de Brunna no meu rosto, tentando me "acordar".

Me apoiei no sofá atrás de mim e me levantei ficando um tanto inclinada para frente por conta da dor.

Serrei o punho e soquei o rosto de Patrícia fazendo Brunna gritar e Larissa me puxar de cima dela.

-- Sua filha da puta.-- Gruni e ela me olhou sorrindo.

-- Você me bateu.-- Disse me encarando.

-- Você socou a porra do meu pau, isso é um órgão sensível se você não sabe, irei sentir dor para o resto da semana, caralho, eu só fiz uma brincadeira.-- Ela se levantou.

-Vai se foder Lauren, você e suas brincadeiras. -Dito isso, ela saiu do restaurante me fazendo respirar fundo.

-- Eu vou atrás dela, depois falo com vocês.-- Larissa disse e saiu também.

Sentei no sofá abrindo e fechando minha mão que havia dado o soco e Brunna sentou ao meu lado.

-- Está doendo muito?-- Perguntou fazendo um biquinho.

-- Está, ela é muito forte.-- Suspirei jogando minha cabeça para trás e senti a mão de Brunna massagear meu membro por cima da calça. -Você está maluca?-- Perguntei segurando sua mão com força.

-- Eu estou fazendo isso para aliviar a dor amor.-- Disse baixinho com um biquinho de chateação.

-- Meu amor não precisa, vai passar nestante ok? Não se preocupe, obrigada.-- Beijei seus lábios e ela suspirou assentindo, joguei minha cabeça para trás novamente e suspirei sentindo meu membro latejar de dor.

Portrait (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora