Blood Sealed Souls

Âmes scellées par le sang

Olha eu aqui '-'

Bem, o título é em francês, já que no livro há muitas partes no idioma, por que aqui não?
Vocês não devem estar entendo nada! Ksksks
Essa história é inspirada nas Crônicas Vampirescas de Anne Rice.
Boa parte da história é passada em Paris, e a outra parte em Nova Orleães.
A história será inspirada principalmente no primeiro livro, Entrevista com o Vampiro, e também o segundo, O Vampiro Lestat. (Sim, o primeiro livro ganhou um filme, que é excelente aliás.)

Estou nervosa! Espero que gostem :D

Tradução do título e do nome da história: Almas Seladas pelo Sangue.

É isso.

             

                          ☆

Ser o irmão mais velho entre três garotas não é fácil, ainda mais quando seu pai faleceu há anos. É trabalhoso, exaustivo, mas continuo. É minha obrigação cuidar da família.

É deveras difícil admitir, mas já senti uma enorme vontade de desistir de tudo, de ir embora e nunca mais olhar para trás.

Mas nunca farei isso, amo demais minha família e não suportaria dar esse desgosto à minha mãe.

Mamãe é forte, boa, está sempre me incentivando com as coisas por mais que sejam pequenas. Acho que mamãe sente o quão fraco sou, e a grande insegurança que me sufoca todos os dias, sobre tudo.

A mais velha de minhas irmãs, Park Sunny, está para se casar. Ontem seu pretendente esteve aqui com a família, conversaram com mamãe e comigo, Choi Yohan parece ser um bom homem. Mas fico vigiando muito ele, minha irmã é muito importante e eu sou muito ciumento. Só irei autorizar esse casamento quando tiver certeza de que ele é um bom homem e que fará minha pequena Sunny feliz.

E por mais que apareçam muitos pretendentes para as menores, nunca deixarei que elas se casem por dinheiro ou coisa do tipo. Isso ocorre muito pela região, mas passaremos fome e elas continuarão livres para escolher com quem irão se casar. Não quero que suas vidas sejam infelizes, tampouco que um velho se aproveite delas.
Mamãe diz que tenho um pensamento avançado no tempo, muito diferente daqueles que nos rodeiam.
Se isso significa que eu tenho boas escolhas, fico feliz.

- Já está perdido em pensamentos novamente, querido? - Escuto mamãe dizer. Ela está parada ao lado da madeira de sustentação da varanda, no topo da escada.

Eu realmente estava perdido em pensamentos, visto que estava parado com uma enxada na mão.

- Eu... Só estou pensando em Sunny, mãe. Estou um pouco preocupado, eu preciso ter certeza que Yohan fará minha irmã feliz. - Caminho com a ferramenta até perto de onde minha mãe está. - Não é nada com que a senhora deva se preocupar, está bem?

- Eu só quero ver você bem, hm? - Ela me olha tão serena, eu amo minha mãe. - Agora vem almoçar, querido, deixe que os escravos cuidem do trabalho.

- Mas eu posso continuar aqui, mãe. O trabalho deve ser feito, é minha obrigação.

- Park Jimin, eu quero você lá dentro almoçando. Agora. - Ela estava bem séria. - Você já trabalhou demais hoje, merece um descanso.

- Está bem, mãe.

Coloquei a ferramenta encostada na parede da casa e subi as escadas entrando na mesma. Estou sem comer já faz algumas horas, na verdade, eu ultimamente usei todas as minhas horas vagas para trabalhar. Diminui as vezes em que como, descanso, durmo...

Acho que até já perdi um pouco de peso.

- Após o almoço, descanse, querido. Andei reparando que você anda muito abatido, cansado. Não quero te ver doente, então por favor, cuide da sua saúde e descanse.

- Está certo, mãe, mais tarde descansarei. Agora eu preciso almoçar e retornar ao trabalho, porque essa horta não ficará pronta sozinha. Ela tem grande importância para nós.

                        ☆

Minha mãe insistiu muito para que eu descansasse após almoçar, eu sei que ela realmente está preocupada comigo, mas só temos à mim para resolver tudo. Muitos de nossos empregados estão desaparecendo ultimamente, e por mais que tenhamos uma grande fazenda, uma hora o dinheiro acaba.
Neste momento já não temos muito dinheiro, e não posso deixar nada faltar para as minhas amadas.

Obedecendo a minha mãe, estou descansando na sombra de uma grande árvore. Já está quase anoitecendo e finalmente o calor está dando uma trégua, deixando com que uma bela lua enfeite o céu.

Estes são momentos em que amo apreciar as coisas ao redor, apreciar como a mistura de cores, azul, laranja, roxo e rosa, fazem com que o céu fique extremamente apaixonante. Nesses momentos, sinto uma paz inexplicável e realmente consigo relaxar.

Durante o trabalho, escutei alguns de meus empregados falando sobre a chegada de um parisiense à cidade, até tentei escutar mais sobre, mas quando perceberam que eu estava prestando atenção na conversa, começaram a falar no idioma de seu país de origem.
A chegada de qualquer um nesse lugar, vira notícia, sempre. Mas estão dizendo que esse senhor é alguém importante, de muito dinheiro e classe. O que não estamos acostumados a ver por aqui.

Eu adoraria continuar meus devaneios sobre o meu suposto no vizinho, mas vejo mamãe me chamar ao longe. Olho mais uma vez para a pintura que Deus fez no céu, e sigo em direção à minha amada mãe que me grita em alarde.

- Querido, um de seus homens apareceu morto! Seu corpo está perto do riacho, parece que ele foi atacado por algo!

- Vou ver agora, mãe, se tranque com as meninas no casarão. Não saiam até que eu retorne.

Não posso arriscar a vida de mais ninguém essa noite, o que quer que seja essa coisa que atacou um de meus empregados, pode retornar a atacar outros.
Pode ser um ladrão ou um animal, todo cuidado é pouco.

No caminho até o riacho, ordenei que muitos de meus empregados fossem para suas casas e que só saíssem no dia seguinte. Quando teremos certeza de que estará tudo bem.

Não estou acostumado a perder homens assim, mas isso vem acontecendo ultimamente. Começaram com os desaparecimentos, e agora algumas mortes estão nos assombrando.

Não, até que mortes no campo são comuns, mas não da maneira que andam ocorrendo.

Sempre são corpos jogados em qualquer lugar, sem uma única ferida, sem uma única mancha de sangue, sem vida em seus rostos. Completamente brancos e gelados, como se a morte já houvesse triunfado ali, há muito tempo.

Eu me preocupo com todos que estão à minha volta, desde a família até os empregados.

Estas mortes são tão estranhas, já até cogitei a ideia de ir embora. Mas, não posso abandonar as terras de papai. Não posso dar à ele esse desgosto, ele amava esse lugar e prometi fazer suas terras prosperarem.

Quando estava quase chegando no riacho, comecei a sentir meu corpo pesado, muitas dores por ele e um dor de cabeça insuportável.

Acho que mamãe está certa.

Tenho que cuidar melhor de minha saúde, a exaustão já me atingira.

Ainda sentindo um grande peso nas costas, caminhei até onde estavam meus empregados. Há uma roda deles envolta do corpo.

E lá estava.

Mais um corpo pálido, sem marcas, gélido.

Já vi que não dormirei essa noite.

                            ☆

Estou tentando!
Espero de coração que tenham gostado, esse foi apenas um cap para falar um pouco sobre nosso querido Park Jimin.

É isso, até ♡