21- Deixa eu te ajudar

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Dan

Alguns dias já haviam se passado, Oscar estava me evitando ao máximo, eu e o Erick estávamos nos afastando cada vez mais, e a Ana ficava mais impaciente a cada dia que se passava. A Ana não suportava a ideia de ficar trancada em uma casa, e por mais que os amigos dela vinhessem aqui todo santo dia, não parecia ser o suficiente para ela. Ah, e também tem o Martin que não aparece com frequência aqui, mas eu não acho que seja por minha causa, e sim por causa do Oscar e da briga que os dois tiveram.

Eu estava na mesa da cozinha tomando meu café, enquanto via a Ana tentando fazer uns tacos que viu na internet. Ela parecia se atrapalhar toda, mas em nenhum momento me pediu ajuda, então fiquei lá vendo ela tentar cozinhar, ocuparia a mente dela.

Ana já havia terminado de fazer os tacos, chamou todos a mesa para experimentarmos, até mesmo o Oscar.

— Experimentem e me digam o que acharam. - ela diz animada.

Peguei um dos tacos, assim como o Cesar e o Oscar. Dei uma mordida, e... o taco estava com gosto de tudo, MENOS DE TACO, mas fiz uma cara de quem gostou

— Bom... E aí? - Ana pergunta.

— Tá bom. - Cesar diz forçando um sorrindo, o que me fez segurar meu riso.

— Tá horrível. - Oscar diz colando o taco de volta ao prato.

— Vocês dois fingiram gostar, quanta cara de pau, hein! - Ana diz com os olhos semicerrados olhando para mim e para o Cesar.

— Eu vou mostrar como se faz tacos de verdade, e é bom prestarem atenção porque não vou explicar nada. - Oscar diz pegando alguns ingredientes no armário. — Vê se você aprende também. - Oscar diz dando um tapinha na cabeça do Cesar.

Estava lá sentada vendo o Oscar tentando ensinar a Ana e o Cesar à fazer uns tacos, quando chega uma mensagem no meu celular.

Mensagem.

Número desconhecido: Vá até a sua casa, caso contrário, o seu abuelito morre.

Mensagem off.

Congelei na hora, tenho certeza que a palidez no meu rosto era bastante visível.

— Você está bem? - Cesar me pergunta, assim que me viu séria e pálida, o que fez o Oscar olhar para mim de imediato.

— Estou sim. - forço um sorriso.

Sai da cozinha e fui direto para fora, não queria que ninguém se preocupasse. Aquela mensagem foi a única coisa que soube do meu avô em uma semana. Já estava decidida em ir até a minha casa, não poderia perder a oportunidade de encontrar o meu abuelo.

— O que aconteceu? - Oscar pergunta, o que me fez ficar um pouco surpresa já que ele estava me evitando.

— Não foi nada. - digo bloqueando a tela do celular.

— Eu sei que aconteceu alguma coisa, deixa eu te ajudar.

— É que eu recebi uma mensagem. Alguém quer que eu vá até à minha casa, disse que é isso ou o abuelo morre. - digo mostrando a tela do meu celular para o Oscar com as minhas mãos visivelmente trêmulas.

— Eu vou com você. - Oscar diz decidido.

Meu celular vibra mais uma vez, eu olho e vejo mais uma mensagem do mesmo número desconhecido, a hora que eu deveria estar lá na minha casa, 17h era o que dizia na mensagem.

— Tudo bem, mas não conta nada para a Ana! eu não quero dar falsas esperanças para ela até ter certeza. - Falo olhando para Oscar o fazendo concordar.

Entramos novamente como se nada tivesse acontecido, mas notei que o Cesar nos olhava desconfiado, ao contrário da Ana que não percebeu nada.

(...)

Eu estava ao lado de fora fumando um pouco enquanto esperava o Oscar chegar, ele havia dito que iria resolver algo e que eu o esperasse, enquanto isso eu fumava um cigarro. A Ana estava na cozinha com os seus amigos.

— O que aconteceu hoje mais cedo? - Cesar pergunta descendo os degraus.

— Nada. Por que acha que aconteceu alguma coisa? - pergunto jogando o cigarro no chão e o apagando com a sola da minha bota.

— Por isso. - ele diz apontando com a cabeça para a minha perna que se mexia repetidamente, eu sempre fazia isso quando estava ansiosa. — E você fica olhando seu celular direto, como se estivesse esperando algo, então... alguma coisa tem.

— Verdade, mas isso não é assunto que você deva se preocupar. - digo o olhando.

— Minha nossa! Você parece muito com o meu irmão. - Cesar diz revirando os olhos.

— Porque acha isso? - pergunto curiosa enquanto o olhava.

— Ele tá sempre escondendo algo de mim e me tratando como uma criança, coisa que eu não sou mais. - Cesar diz frustrado.

— Talvez o Oscar tenha os seus motivos, e sim, você ainda é uma criança. Talvez uma que tenha passado por mais coisas e por isso sabe mais, mas você ainda é criança, Cesar. - digo enquanto via ele bufar.

Entendia a sua frustação, então decidi contar o que havia acontecido mais cedo, contei sobre a mensagem que recebi. Pedi para o Cesar não contar nada para a Ana e ele concordou. Apesar do Cesar ser uma criança, ele compreendia as coisas perfeitamente.

(...)

Já eram quase 17h, e o Oscar não tinha chegado ainda. Não poderia deixar de ir até o local que marcaram, eu estava sem moto e o carro do Oscar não estava lá, então pensei logo no Martin, peguei meu celular e liguei para ele, pedi que me levasse até a minha casa, ele me fez várias perguntas, mas prometi contar tudo quando ele chegasse aqui.

O Martin já tinha chegado, e antes de dar partida no carro, expliquei tudo que havia acontecido para ele. Saímos de lá o mais rápido possível para chegarmos na hora certa, não queria perder a chance de saber algo do abuelo.

 Saímos de lá o mais rápido possível para chegarmos na hora certa, não queria perder a chance de saber algo do abuelo

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Antes de sair, pedi para o Cesar avisar ao Oscar que eu já havia ido, caso ele aparecesse e perguntasse algo. Oscar tinha dito que iria comigo, mas não apareceu.

Chegamos na minha casa, o que não demorou tanto, descemos do carro e fomos até a porta, a mesma estava destrancada, apenas encostada. Sabíamos do perigo que era aquela situação, por isso estávamos com as nossas armas. A casa estava vazia, subimos e fomos até o escritório do meu abuelo, alguém estava sentado na poltrona que era dele, e essa mesma pessoa nos olha assim que nós entramos.

— O que você está fazendo aqui? - pergunto sem entender muita coisa, eu estava apavorada por dentro, sem querer acreditar.




Tão perigosa quanto você (Oscar Diaz)Onde histórias criam vida. Descubra agora