Zoro tinha acabado de sair do trabalho, o rapaz trabalhava como repositor de um grande mercado, quando começou a chover torrencialmente, agradeceu aos deuses, se é que eles existiam, e a sua irmã Kuina por tê-lo lembrado por mensagem de pegar o guarda-chuva mais cedo.
O esverdeado pegou o guarda-chuva que havia deixado no armário da sala dos funcionários e saiu do mercado abrindo o guarda-chuva azul. O vento gélido batia contra sua pele bronzeada o fazendo arrepiar pelo frio, queria logo chegar em casa e tomar um banho quente para depois se enfiar debaixo das cobertas quentinhas.
Quando virou a rua de casa ouviu um miado desesperado vindo de uma caixa de papelão totalmente encharcada. O esverdeado andou até lá e notou uma bola de pelos escuros encolhido na caixa que começava a se desfazer pela chuva. Os olhos amarelados do animal se abriram e focaram diretamente nos olhos de Zoro que ao ver o felino ali não conseguiu dar as costas. Pegou o gato em seus braços e o enfiou dentro de seu sobretudo para protegê-lo do frio.
O gato miou e se aninhou ali na roupa do esverdeado, Zoro rapidamente correu para seu apartamento para evitar manter o gato por mais tempo naquela tempestade. Ao chegar em casa deixou o guarda-chuva secar na varanda e foi com o gato para o banheiro. Tomou um banho e deu um banho no gato que estava imundo pela água da chuva e da sujeira das ruas.
O bichano ficou em silêncio como se entendesse que o esverdeado estava tentando ajudá-lo e cuidar de si. Depois de terminar o banho Zoro secou o gato com a toalha e depois com o vento menos quente do secador. Quando viu que o gato estava seco começou a se secar também. o gato se balançou animado e passava por entre as pernas do esverdeado enquanto esse terminava de se secar.
Zoro seguiu para a cozinha com o gato em seu encalço e começou a vasculhar seus armários e geladeira em busca de algo que pudesse dar para o gato comer. Acabou achando um pedaço de frango e resolveu cozinhá-lo para oferecer para o bichano.
Zoro não era nada bom na cozinha, apenas fazia o essencial para não morrer de fome o que ao seu ver já era ótimo e bom o suficiente para viver sozinho ali. O esverdeado colocou o pedaço de frango na panela de pressão e encheu de água, colocando no fogo logo em seguida.
-Agora vamos procurar uns potes para você - comentou o esverdeado e o gato miou como se estivesse concordando.
O esverdeado abriu os armários e encontrou um conjunto de potes de porcelana que Kuina o havia dado quando ele se mudou. Zoro encheu um dos potes com água e colocou no chão, o outro pote deixou em cima da pia para colocar o frango para o gato comer.
Enquanto o frango cozinhava Zoro voltou a vasculhar a geladeira, acabou encontrando uma lasanha congelada e colocou-a no micro-ondas para esquentar. A panela começou a apitar indicando que pegara pressão o suficiente e Zoro foi para a sala assistir algo enquanto esperava as coisas ficarem prontas.
O gato o seguiu para a sala e se deitou no sofá ao lado do esverdeado. Zoro acariciava o felino enquanto passeava pelos canais até encontrar algo que o chamasse a atenção. Os dois no sofá pareciam atentos ao jornal que dava as últimas notícias do dia. Zoro estava quase dormindo quando o apito do micro-ondas o fez acordar e ir pegar sua refeição. O esverdeado desligou o fogo para que a pressão saísse e voltou para a sala para comer sua lasanha. O gato olhava esperançoso para o esverdeado enquanto este comia sua lasanha tranquilamente.
-Isso aqui não é bom para você, daqui a pouco vou te dar algo para comer - comentou o esverdeado acariciando o gato e voltando a comer.
Quando terminou foi para a cozinha, jogou o pote de papelão da lasanha no lixo e tirou a água de dentro da panela, voltou a tampar a panela e sacudiu com força para desfiar o frango. Depois de algumas sacudidas o esverdeado abriu a panela e viu que o frango estava totalmente desfiado.
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gato preto
FanfictionEm uma tarde de chuva Zoro encontra um gato preto encharcado, com fome e frio e decide cuidar do felino. O que Zoro não esperava é que ao contrário do que as pessoas diziam o gato preto não lhe trouxe azar e sim amor.