- Capítulo Trinta e Sete -

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Acordo com a inquietação de Vin na cama, abro os olhos e percebo a luz ainda fraca da manhã entrando pela janela junto a brisa fria. Me sento e olho para Vin que ainda estava dormindo, sua expressão não era de calmaria, parecia até que estava sentido dor ou bravo, coitadinho está tento um pesadelo.

— Vin acorde. — O chamo colocando a mão em seu peito nu.

Logo ele acorda em um salto, sua respiração fazia seu peito subir e descer rapidamente, ele passa a mão na testa e me olha ainda um pouco assustado. Seu olhar estava cansado e desolado.

— Você...

— Estou bem, foi um sonho ruim apenas. — Ele me corta se levantando.

Observo preocupada o mesmo entrar em seu closet e minutos depois ele sair de lá carregando um violão marrom um pouco velho, no braço do violão tinha desenhado o que parecia ser uma mariposa branca, o vilão do avô dele é claro, não digo uma palavra se quer, o silêncio parece o confortar agora. Vin abre ainda mais a janela, em seguida se senta na cadeira apoiando o violão no joelho, ele solta um suspiro e começa a tocar uma melodia linda e lenta.

Oh Vin... sinto muito.

Sei que ele sente muita falta do avô, e que essa saudade faz sua alma sangrar. Eu queria muito arrancar essa tristeza profunda dele, queria protege-lo disso, mas não posso, uma das sensações ruins da vida, ter consciência da dor do outro e não poder fazer nada. O observo tocar, ele olhava fixamente para o desenho da mariposa, percebo seus olhos lacrimejarem. Assim que ele para de tocar continua imóvel olhando para o desenho, seus olhos finalmente se encontram com os meus ele abre um sorriso de lado bem pequeno, quase que inexistente.

— Foi só um sonho ruim. — Ele sussurra ainda me olhando.

Me levanto e vou até o mesmo, ele coloca o violão apoiado na parede abrindo espaço para que eu me sente em seu colo, abraço seu pescoço e beijo sua testa sentindo seus braços envolverem minha cintura.

Eu te amo Vin.

Vin narrando

Essa noite sonhei com meu avô, ele estava de pé me encarando segurando a mão da Verônica. Ele estava vestindo o que sempre vestia, botas marrons, calça jeans e uma blusa de botão, Verônica estava usando um macacão azul com uma blusa amarela por baixo e um casaco suas botas tinham flores saindo de dentro. No sonho meu avô a levava para um lugar na floresta que eu não conseguia alcançar não importava o quanto eu corria atras, meus gritos eram escutados apenas por mim, eu corria atras dos dois que caminhavam até que os dois sumissem na luz do sol.

Ainda bem que Verônica me acordou. Meu avô tocava para mim quando eu tinha um pesadelo, eu tocava para ele quando adoeceu e agora eu toco para mim, sempre me tranquiliza. Ter Verônica ali nesse momento é muito importante, ela é a cura para essa dor antiga, sei que isso pode parecer um pouco ruim, mas é a verdade.

Só ela.

Sinto as lagrimas escorrerem por minhas bochechas e o abraço de Verônica apertar, então ela se afasta e me encara. Olho seus olhos escuros lacrimejarem, mas então ela me abraça mais forte beijando minha cabeça.

— Não se preocupe eu estou aqui. — A abraço ainda mais ao escutar suas palavras.  

Esse foi o capítulo de hoje, o que acharam?

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Esse foi o capítulo de hoje, o que acharam?

Eu chorei escrevendo esse capítulo, chorei de verdade, porque sei é como se a dor do personagem fosse minha sabe.

Hoje foi bem curtinho, na verdade esse foi o capitulo mais curto que eu já escrevi. E não, não é essa música que o avô do Vin tocava para ele. 

Eu amo essa música e amo esse jogo, espero que vocês tenham lido escutando ela.

Bom é isso kakak, votem e compartilhem, beijos. ❤


Me Ame! (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora