CAPÍTULO 23

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Acordo e olho para o relógio do meu celular, ainda tenho pouco mais de duas horas antes do show. Olho para Jo e ela dorme profundamente. Beijando seus lábios rosados, levanto da cama e visto uma cueca boxer preta. Sigo para a cozinha e preparo um jantar para ela.
Geralmente não cozinharia se fosse só para mim, mas Jo tem que alimentar-se, então preparo tacos de peixe com suco de laranja. Não há cadeiras, mesa ou bancos na ilha da cozinha. Então, teremos que comer na sala.

— O cheiro está ótimo.

Olho para trás e vejo Jo com um sorriso no rosto, vestida em minha blusa. Perfeita.

— Tudo para você. — Eu sorrio ao aproximar-me dela e beijo seus lábios — Minha vida. — Sussurro em sua boca.

— Ainda bem, pois estou com fome. — Sorri sem graça.

— Isso é sempre. — Provoco-a. Ela franze o cenho e me olha feio como se me ameaçando, o que somente me provoca gargalhadas. — Espere-me na sala, que eu já vou.

Ela concorda e sai. Pegando a bandeja, pratos e copos, comprados hoje por Jo, organizando tudo, eu sigo para a sala, encontrando-a encolhida no sofá. Sento-me no chão e coloco a bandeja ao meu lado.

— Senta aqui. — Indico meu colo. Ela sorri, caminhando até mim, mas seu sorriso logo é substituído por uma careta de dor.

— O que foi? — Pergunto preocupado, analisando seu rosto.

— E só que, estou um pouco dolorida. — Cora.

— Me desculpe eu... eu realmente sinto muito. — Digo pesaroso.

Talvez, sexo anal tenha sido um passo em falso na nossa relação. Talvez tenha passado do limite. Uma onda de tristeza me arrasta, deveria ter feito isso com ela em outro momento, talvez nunca!

Isso. Nunca deveria ter feito isso com ela.

Será que ela fingiu gostar? Será que ela irá me deixar por conta disso?

Por Deus, não!

Será que me acha um pervertido sexual? Um louco, que não consegue ficar sem enfiar seu pau em qualquer buraco?
Eu não a deixarei ir! Não suportaria, meu coração dói com o pensamento.

— Hey. — Ela chama minha atenção. — No que estava pensando?
Puxo-a para meu colo e abrigo meu rosto em seu pescoço.

— Não vá embora, Jo, por favor. — Suplico apertando-a em meus braços.

— Hero, olha para mim. — Pede, colocando as mãos em meu rosto. — Por que eu iria embora?

— Porque eu sou um pervertido sexual!

— O quê? Não...

— Sim! Eu te machuquei, você não gostou do que fizemos, tem nojo de mim. — Por que eu sou tão idiota? Estraguei tudo com ela.

— Para com isso. — Diz firme, me olhando nos olhos. — Tudo o que fazemos, eu adoro cada descoberta, cada prazer que sinto com seu toque, eu amo cada momento, cada segundo.

— Mas Jo, você está machucada e...

— Doeu muito, confesso, mas o prazer foi maior que a dor. Nunca imaginei sentir prazer com algo que doeu tanto. — Ela sorri e me beija — Não irei embora Hero. Você terá que expulsar-me a pontapés se quiser que eu saia da sua vida.

Suas palavras trazem-me alívio, dou-lhe um beijo carinhoso, murmuro em seus lábios.

— Desculpe-me. — Ela olha-me em alerta, eu sorrio torto.

Pego o taco de peixe e corto um pedaço, levando-o até a sua boca. Alimento-a e ela me imita, colocando pedaços do taco em minha boca. Quando terminamos de comer, coloco-a delicadamente no sofá e vou até a cozinha. Ponho as louças sujas na lavadora e retorno para Jo, encontrando-a do mesmo modo que deixei. Deito-me com ela e passamos um tempo assim, somente curtindo um ao outro.

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora