CAPÍTULO 14: O fator Yoko

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Primeiro, desculpa.
Eu sei estou atrasada na postagem, BEM atrasada. Minha única justificativa é que a vida aconteceu e eu simplesmente não tive tempo de escrever essa semana que passou, estava numa corrida danada.
Mas, sem mais delongas, segue o capítulo.


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- 6 ANOS ATRÁS -



Quando eles vêm não é em silêncio. A noite está serena e literalmente um instante depois não está mais. A calma é substituída por rosnados, gritos, o barulho de ossos sendo quebrados, crânios esmagados. O som da morte.

Eles têm metade da força do batalhão Grounder, mas essa metade poderia ser o dobro, talvez o triplo, tamanho os estragos que eles causam.

Os Reapers são máquinas de matar.

Homens e mulheres completamente ensandecidos pela sede de sangue. Enquanto eles não morrem, eles não param seus ataques, insistindo em avançar mesmo com pernas e braços arrancados ou ferimentos tão grandes que é possível ver o outro lado.

Não há como conversar com eles e pelo que se sabe, eles não têm um líder ou um plano. Eles existem apenas para causar dor. E gostam disso. Traidores do seu sangue, eles matam qualquer um que tiver o azar de entrar em seu caminho, destruindo vilarejas, destroçando famílias inteiras, mesmo as suas. Mas não é só isso. Eles fazem pior. Muito pior.

É como se os Reapers não fossem mais humanos. Como se tivessem se tornado meio-homem e meio-monstro, sem vinculo com nada ou com ninguém. Muitas vezes eles se voltam até mesmo um contra gerando conflitos que só podem ser descritos como verdadeiros espetáculos de violência.

Quando Lincoln finalmente percebe o que está acontecendo e quem está atacando, ele se arma rapidamente. Como ela não usa nenhum tipo de armadura, preferindo a agilidade que seu peito nu lhe garante, tudo que ele pega são sua espada e faca. E com elas em mãos, ele parte para o ataque.

Ele mata todos os Reapers que se aproximam se certificando em desferir golpes mortais no coração e pescoço, afastando qualquer possibilidade de que seus inimigos continuar a luta. Cada vez que ele corta uma garganta, o corte das artérias jorra com um forte jato de sangue contra ele e minutos depois ele está banhado de vermelho.

Enquanto Lincoln caminha, atacando e protegendo seus companheiros como pode, ele vê alguns Reapers torturando soldados caídos. Outros matam tudo que se aproximada deles, sem qualquer distinção. E os corpos rapidamente se acumulam pelo chão manchado pelo sangue rubro que se esvaem dos horrendos ferimentos.

O Grounder precisa prosseguir com calma e atenção enquanto flechas voas pelo campo de batalha acertando tudo na sua frente. O barulho alto do metal das espadas atingindo umas as outras, os gritos de dor, comandos, rugidos de batalha, são avassaladores.

Ainda sim ele persiste.

Sua espada cortando o torço dos seus inimigos até a lâmina ficar cega. Quando a arma se torna inútil e cortar os corpos dos Reapers mais difícil ele a troca por um machado enorme, causando ainda mais dano em seus oponentes, muitos dos quais precisam segurar os órgãos que ameaçam sair dos enormes ferimentos que Lincoln causa.

O tempo todo ele pensa, nem se pergunta o que está fazendo. É como se um piloto automático tivesse se apoderado dele, tornando-o uma máquina mortífera. Um, dois, três, quatro. Ele já perdeu as contas de quantos derrubou.

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