Capítulo 13: Fim de Festa

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     Sábado, 08:30 da manhã

     _ Aqui, já está tudo certo. Bebidas, comidas, e.. A decoração! - Paulo andava pelo salão, analisando toda a situação.
       Ele vem pelo corredor, e seus olhos se deparam com de seu noivo, que naquele horário,estava no início de um dia cheio de drogas, bebida, e muita putaria.
        _ Bom dia Paulo! Como vão as coisas por aqui?
         Ele não respondeu. Continuava prestando atenção a cada taça contada, cada talher, cada prato. Sua atenção naquele dia não seria voltada a Hector e muito menos a ninguém.
         _ Você não me respondeu.
         _ A, perdão. Hum,hum, está tudo certo. Talheres, mesas, copos, taças, tudo. Nada em falta.
         _Ótimo. Assim tudo fica organizado.- Ele virava seu cantil de bolso com whisky, numa caneca de café.- Bem, depois eu volto. Obrigado por estar ajudando.
         _Beleza Hector. Até mais tarde.
  Assim saindo do salão, Hector para no meio do caminho, e Paulo estranha aquele ato repentino. O silêncio permaneceu por um instante.
        _ Quer me dizer alguma?
        _Ér... não. Na verdade quero sim, mas...- Mais uma pausa.- Eu não sei como dizer isso.
      Paulo parou. Naquele momento, tudo, exatamente tudo parou. Era como se ele estivesse vivendo um antigo momento, onde foi posto pra fora.
         _ Diga. Diga agora, por favor.
     Ele deu um longo gole de seu café batizado, e começou:
         _ Eu quero terminar com você.
    Mais uma ferida pra Paulo.
          _Tá, mas porque exatamente?
          _ Cara eu...
          _ NÃO me enrole Hector. Diga logo de uma vez. Antes que eu largue toda essa merda pra trás!
          _Ok calma... É- Ele tomou um postura nunca vista antes por Paulo, e nem mesmo por Hector.- Eu amo outra pessoa. E creio que seria bom eu investir nele, e enfim tentar construir uma vida, sem ser isso aqui. Um fudido, drogado que está bebendo um café amargo com whisky às oito da manhã. Eu quero ser algo maior, quero ser melhor. Sabe? É isso que eu quero.
          Paulo apenas fechará os olhos, e os guiava ao chão. Seu ódio no momento era tão crescente, tão forte, que ele poderia cometer qualquer besteira, capaz de estragar sua vida inteira. Mas pensou bem e respondeu de forma clara e educada.
        _ Tudo bem. Vou deixar suas coisas separadas numa sacola, e você pode passar mais tarde pra pegar. E com licença, tenho que sair.
         _Mas aonde você vai?
         _ Resolver os problemas dos outros. No caso, os seus. Vou fazer com que essa festa seja inesquecível!
          _Me desculpa!!- Hector Grita no salão vazio, preenchido pela presença dos dois. Paulo lhe responde, mostrando o dedo do meio e saindo do lugar, atrás de tudo para a festa. Pois faltavam apenas, algumas horas, para tudo acontecer.
                      °°°°°°°°°°°°°°°°
        _Mas então você escutou os dois discutindo?
          _Sim caralho. Sofia, eles TERMINARAM MULHER. Quer que eu soletre?
         _ Não, isso só chocante...
         _Chocante é vocês estarem discutindo sobre a vida alheia, enquanto a de vocês, não é exemplo algum.
        _ Aí meu Deus, começou a santa do pau oco, a regradinha! Vai a merda garota.
         _ Não, Obrigada.
         _Vocês duas ein!? Porra, a gente está num refeitório!! Daqui a pouco vão olhar pra gente fixamente ou virem participar do papo também.
        Lúcia e Maria bufaram, e voltaram sua atenção para seus pratos. Logo, uma pessoa se sentou na frente das três e desembestou a falar.
         _ Tá, alguém sabe por que o nosso queridinho gerente, está com aquela cara?- Diego dizia, enquanto carregava sua bandeija com um prato cheio de massas e salada.
         _ Você não soube meu lindo? Hector deu com os dois pés na bunda do coitado.
         Diego engasgou com a própria saliva, tendo que tossir tão alto que todo o refeitório voltou sua atenção a ele.
       _ Como é que é? Que porra é essa cara?
      _ Bem, pelo que eu entendi
      _Pelo que você ouviu, no caso
      _ Calada!
      _Não está mais aqui, quem falou.
      _ENFIM, meu lindo, pelo que entendi, Hector está apaixonado por outra pessoa, e decidiu terminar de vez com Paulo.
        _ Vish... É tenso... Mas mesmo assim é triste, né?
        _ Triste nada, sobra mais pra mim. Beijar a boca de Hector aí... Delicia.
        _ Sofia!!! Se controla mulher.
        _Ai você sabe que eu não resisto.
        _ Sim, mas controle suas emoções. No caso o seu fogo.Você não quer que o Paulo saiba dos seus desejos com o recente ex namorado dele.
       Naquele exato momento, a porta do refeitório se abre, e de lá, caminha Paulo, onde todos os olhos voltavam sua atenção a ele ou se escondiam do mesmo.
        _ Puta merda...- Maria sussurrou pro pessoal e eles apenas a mandaram calar a boca.
        _ Pessoal, gostaria da atenção de todos vocês!- ele olhava pra uns papéis que tinha em sua mão, pra de fato, iniciar seu comunicado.- Bem, como todos sabem hoje às 19:00 daremos início a tradicional festa da luz vermelha, e peço a ajuda de todos! Eu Digo exatamente TODOS! Bem como todos sabem, vocês trabalharam e vão ajudar na decoração, limpeza, cardápio, música e tudo mais, referente a festa. Mas Lembrando que, logo em seguida vocês todos serão liberados para a festa. Então, quero que se dividam em grupos para as tarefas serem distribuídas de forma correta.- ele foi distribuindo os afazeres e liberando todo o pessoal para que fossem fazer o que foi pedido.
         _ Vocês quatro... Hmm bem... Tenho algo mais específico pra vocês.
        _ E o que seria meu chefinho?
        _ Diego, você vai ser meu motorista hoje. Maria e Sofia, vocês vão resolver a questão do buffet e das bebidas e Lúcia... Você fica na recepção. Você que manda hoje. Aqui, tome a lista de convidados que virão de fora e o nome dos hóspedes confirmados para a festa.
        _ Ah sim... É... Obrigada.
        _ Não agradeça, só cumpra o combinado e tá tudo certo. Agora, vão! Há muita coisa a ser feita. Até mais tarde.
                      °°°°°°°°°°°°°°°
         _ Você quer ir aonde? Eu já estou na estrada faz vinte minutos e você ainda não disse nada.
            _ Se concentra no volante, grandão. Você vai saber onde parar, quando eu mandar parar, tá certo? Não se preocupa não que nada dará errado.
        _ Ok...- Diego voltou sua atenção pra estrada, enquanto Paulo mexia em alguns papéis que levou com ele.
           _ Merda.
           _O que houve?
           _ Nada nada... É só que...
           _ Continua. Eu estou te ouvindo.- A voz de Diego permanecia firme, tanto quanto sua atenção na estrada.
           _ Eu tenho uma frase que sempre uso na minha vida.
           _ Qual é?
           _ "Nunca faça nada que você não queira. E se for obrigado a fazer, que seja com ódio e elegância."
           _ Nossa... É algo bem pesado, não?
           _ Sabia que não? Eu só acho que isso, dá um gás a mais, pra que a situação não saia do controle.
          _ Mas e se sair do controle?
          _ Se sair - Ele diz pra ele parar o carro. Eles já haviam chegado no local desejado. Paulo abre a porta, e Diego faz o mesmo. E eles caminham até uma porta vermelha, com vidros vazados, onde podiam ver o que havia dentro. E o que tinha lá dentro eram apenas drogas. Eles entraram.- vai ser melhor ainda. 

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