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          VICENTE BRAGANÇA

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          VICENTE BRAGANÇA.

Desde pequeno eu era um menino levado, arteiro, que gostava de aprontar principalmente com os meus irmãos, eu adorava pregar peças neles e ve-los com raiva tentando descobrir quem fez aquilo. Talvez por ter sido muito levado eu tenha dado uma certa dor de cabeça para os meus pais já que a coisa que a minha mãe mais adorava fazer durante o dia era gritar o meu nome e socorrer os meus irmãos.

Eu sou o mais velho de três irmãos, não pense que só por que eu sou o mais velho que eu sou maduro, o mais esperto, sossegado e o que faz as coisa certa para servir de exemplo aos irmãos. Não, não, eu não sou assim, ser chato desse jeito eu deixo para o meu irmão William.

Eu sempre tive uma alma travessa, sempre gostei de aprontar, viver intensamente e ser feliz, talvez por ser assim eu tenha corrompido o meu irmão mais novo Henrique, mas eu não me arrependo, eu amo a minha vida e vivo ela do jeito que eu bem entender.

Minha mãe costumava dizer que quando eu fosse adulto eu viveria metido em encrencas, bom ela não errou ao dizer isso pois boa parte da minha adolescência eu vivia em encrencas, era brigas, festas, bagunça e para piorar tudo eu levava os meus irmãos comigo.

Eles não reclamavam e muito menos eu, se eu estava na pior, eles também estariam comigo afinal irmãos são para isso né? Pois bem, vivíamos nas melhores festas, brigavamos com todos, perdi a conta de quantas vezes meu pai nos ajudou a sair das encrencas que nos metiamos...e dos sermões que ele também dava.

E não eram poucos, meus ouvidos doem até hoje.

Mas o tempo foi passando, os anos também e a fase adulta chegou. Com ela veio as responsabilidades e um belo puxão de orelha dos meus pais que me obrigaram a se tornar um homem de verdade, ai ai infelizmente as melhores fases da minha vida já tinha acabado.

Me tornei o homem que eles queriam, estudei, me formei, me tornei o melhor juiz da cidade e do estado todo, mas a vida adulta era tão chata e monótona que eu sentia vontade de ser livre, viver loucamente novamente.

Eis que eu volto para a vida de farra, ah que saudade.

Todas as festas eu estava, bebidas, mulheres, eu amo isso, perdi a conta de quantas mulheres já foram parar na minha cama e de quantas querem um replay da noite que eu dei para elas. Mas eu tenho um compromisso muito sério comigo mesmo, eu não durmo mais de uma vez com a mesma mulher e não me apaixono.

Pois o amor e a paixão são a pior burrice do ser humano.

E eu vivo assim há anos, de dia um juiz respeitado, de renome, impiedoso. De noite um cafageste que curte a vida sem pensar no amanhã.

Mas o amanhã vem, e com ele vem cada problema.

Ouço um barulho chato me despertar, abro os meus olhos com dificuldades e percebo que estou no meu quarto, mas eu não faço a mínima ideia de como cheguei aqui. O barulho insuportavelmente chato faz a minha cabeça doer, olho ao meu redor vendo um caos de roupas, sapatos e objetos caidos.

UMA APOSTA...UM AMOR (CONCLUÍDO).Onde histórias criam vida. Descubra agora