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Harry não conseguia acreditar.
Sim, ele havia feito aquilo, dito aquilo, mas era como se, naquele momento, estivesse fora de si. Beijar seu padrasto assim, por pura e espontânea vontade era algo estranho para si. Não é como se, em seu primeiro beijo com ele, tenha sido forçado. Não, longe disso.
Mas era como se ele não comandasse mais seu corpo quando estava sedento das loucuras que seu padrasto fazia com si, como se seu controle estivesse sobre o de cabelo castanhos. Mesmo que já tenho passado tanto tempo em que estão nessa intimidade imensa, Harry se sentia estranho por saber que fazia isso com o namorado de sua mãe. Mesmo querendo esquecer isso, sabia que não podia. Céus, Harry tinha vontade de explodir com esses acontecimentos.
Ao chegar finalmente na sala de estar, onde seu pai estava, sentado no sofá, segurando o celular em sua orelha, movendo os lábios lá de vez em quando para falar algo como se confirmasse, pois sabia que não podia assentir, já que a pessoa do outro lado da linha não estaria o vendo assentir e confirmar.
── Eu estou no meu filho, gostaria que não me incomodasse agora. ── Este disse, impaciente. Parecia até mesmo irritado. ── É tão importante assim para me tirar de uma visita que eu não faço há anos? ── Harry sentou lentamente ao seu lado, para não atrapalhar. Não queria que seu pai ficasse mais irritado, estava com receio disto. ── O que caralhos aconteceu para ser tão importante? ── Ele ficou em silêncio por alguns minutos, parecia prestar a atenção em uma história extremamente longa.
Harry estava curioso, precisava saber o que havia acontecido. Seu pai parecia apavorado, surpreso e ao mesmo tempo, confuso, ao abrir seus lábios.
── Tudo bem. Chego aí em meia hora. ── Harry não tinha ideia se ficava feliz ou triste. Logicamente, deveria ficar triste, pois seu pai não o visitava fazia anos, e este só queria passar um tempo ao lado do homem, mas nem mesmo para visitar seu filho ele abandona o trabalho. O homem olhou para Harry, meio cabisbaixo. ── Filho, eu preciso ir. Aconteceu uma emergência no trabalho. Alguém aparentemente vendeu uma de minhas lojas e eu preciso ir na empresa para resolver isso. ── Selou a testa do garoto que se mantia calado, ao pôr a mão atrás de sua cabeça, para aproximar a testa do outro de seus lábios.
Harry estava com um olhar aparentemente triste. As sobrancelhas caídas, olhava para seus pés que se mexiam vagarosamente, enquanto pensava se realmente seu pai merecia este sentimento de tristeza que Harry sentia, ao saber que ele ia embora, sem ter passado nem uma hora ali direito. Harry deu um pulo, ao ouvir a porta ser rapidamente aberta, enquanto seus amigos ── que haviam saído ── entravam pela porta, cantando Paradise o mais alto que conseguiam, e Yoko latia tão alto que era capaz de o deixar surdo.
Riu, ao ver a expressão assustada e confusa de seu pai. Ele não tinha ideia de quem eram aquelas pessoas.
Taylor, que havia aberto a porta e estava na frente de todos, enxergou o pai de Harry ali, os fitando fixamente. Taylor paralisou. Niall estava sem paciência. Atrás de Taylor, gritava Niall, mandando-a adentrar a casa, pois este precisava ir ao banheiro. Estava apertado, pois havia comido muito. Niall provavelmente queria entupir o vaso sanitário da casa de Harry.
