Colina Hyuuga

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O sol entrou pelas janelas e iluminou todo o quarto, Hinata se levantou do futon e sorriu ao observar a irmã mais nova ainda dormindo. Arrumou sua parte do quarto e se trocou, descendo as escadas logo em seguida.

Entrou na cozinha e começou os preparativos de sempre. Colocou o arroz para cozinhar, fritou ovos, cortou pedaços de queijo e separou as fatias de pão. Arrumou a mesa para seis pessoas e abriu as portas que davam acesso ao quintal.

A casa onde vivia, na realidade era uma hospedaria que pertencia a sua avó. E ela como a neta mais velha ficou responsável por cuidar de tudo, coisa que ela fazia com muito carinho. Sentia falta de sua mãe, que havia partido para estudar no exterior, mas esperava pacientemente o retorno dela.

O que mais lhe fazia falta era seu pai. Havia se mudado para a hospedaria quando seu pai faleceu, e mesmo após anos, ainda mantinha o luto e praticava o mesmo ritual de quando ele estava vivo. Amarrava duas bandeiras ao mastro que havia no quintal e as levantava.

Eram bandeiras de navegação. Seu pai trabalhou na marinha e a ensinará os códigos de bandeira. Então desde que ele partiu, ela passou a levantar todos os dias as bandeiras. Talvez como uma lembrança, talvez com esperança de que ele ainda voltasse para ela.

Olhou para o horizonte e viu vários barcos passando no mar. Vivia em uma cidade portuária, e amava o cheiro da brisa marinha que o vento sempre trazia. A hospedaria ficava no alto de uma colina, a mais alta da cidade, dessa forma, ela tinha uma visão privilegiada e todos da cidade conseguiam ver suas bandeiras.

Sorrindo ela se encaminhou para dentro, para terminar os últimos detalhes do café da manhã. Sua irmã Hanabi foi a primeira a descer, seguida de seu primo Neji, que lhe deu um beijo na testa ao passar por ela. Tsunade, uma das hóspedes, desceu logo em seguida sorridente.

Tsunade estava se formando em medicina, logo ela deixaria a hospedagem para começar o trabalho na capital. Ela, assim como todos os hóspedes, já faziam parte da família para Hinata, e sempre que alguém partia ela ficava triste, mas sabia que era necessário crescer.

Kurenai apareceu na porta e abraçou Hinata. Era uma das hóspedes mais velhas ali, estava lá desde que Hinata se mudou e nutria grande carinho pela jovem. Sua avó apareceu na porta e dirigiu um sorriso gentil a todos, antes de se sentar na ponta da mesa.

— Só tem seis pratos, Hinata. Não vai se juntar a nós hoje? — Perguntou sua avó calmamente, notando que não havia um prato para a neta.

— Ela não deve ter colocado para Shizune, isso sim! Ela sempre se atrasa. — Disse Kurenai rindo.

— O que tem eu? — Shizune, que havia acabado de aparecer de forma desengonçada, perguntou.

— Não é nada, Shizune. Sente-se e vá comer com todos. — Hinata explicou gentilmente, depois se virou para todos. — Eu comi antes de chegarem. Com licença, preciso me arrumar para a escola.

Dizendo isso, Hinata saiu para o quarto, onde vestiu rapidamente o uniforme e fez uma trança em seus longos cabelos. Quando estava pronta desceu e encontrou a mesa vazia. Retirou a mesa e lavou toda a louça. Esperou Izumi, a empregada que cuidava da casa quando Hinata estava no colégio, chegar e depois partiu para a escola.

Caminhou calmamente, sempre cumprimentando todos e sorrindo. A maioria das pessoas à conhecia. Ela era a garota da Colina Hyuuga. Aquela que sempre hasteava as bandeiras e cuidava de tudo, que sempre carregava um sorriso no rosto, a filha do falecido capitão, Hiashi Hyuuga.

Chegou a escola e encontrou suas amigas eufóricas em frente a sua mesa. Estranhou aquilo e foi ao encontro delas. Ao chegar em seu lugar, Sakura lhe estendeu o jornal da escola, ela tinha uma expressão sorridente.

Da Colina HyuugaOnde histórias criam vida. Descubra agora