CAPÍTULO 27

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Entro no prédio abandonado, depois de estacionar minha Harley estrategicamente escondida.

Sigo pelo corredor e avisto Buck. Aceno para ele, que vem até mim. Com tudo combinado, vou para a salinha no corredor me trocar e me aquecer. 

Imagino Jo dormindo, nua, em nossa cama. Deixei-a praticamente desmaiada após quatro orgasmos. Apesar de adorar dar prazer a minha garota, fiz tudo estrategicamente para que ela dormisse em seguida por conta da exaustão.

Minha vontade agora é de estar com ela.

Mas necessito desse dinheiro.

Cinco malditas horas depois. Estou entrando em casa. Fiz o possível para não acabar com meu rosto, mas depois de lutar com três caras, foi meio impossível. Com um corte no supercílio, um olho roxo e o lábio partido, eu entro na ducha. A água massageando minhas costas. Encosto minha testa na parede fria de azulejos. Santo inferno, terei que mentir para Jo outra vez. E porra, como eu odeio enganá-la.

O dia seguinte se mostrou um domingo ensolarado, apesar do clima ameno. Espreguiço-me na cama, gemo em protesto quando meus músculos reclamam por conta da noite anterior.
Esticando os braços, viro-me para abraçar o corpo quente de Jo. Mas encontro-me pegando o ar. Abrindo os olhos, vejo seu lado da cama vazio.

— Jo. — Chamo-a.

— Oi. — Ela responde ao meu lado e eu pulo com o susto.

— Que diabos...? — Viro-me e encontro-a sentada ao meu lado, na beirada da cama. Dou-lhe um sorriso. — Você me assustou.– Não devolvendo o sorriso, ela pergunta séria.

— Onde você esteve na noite passada?

— Eu? Linda, eu fui ensaiar. — Respondo, tentando soar o mais sincero possível.

— E por que seu rosto está dessa forma? — Indica meus machucados. — Não é a primeira vez que você aparece assim. — Diz, lembrando-se do nosso primeiro beijo, onde também estava com o rosto detonado.

— Eu... bom... você sabe, eu fui ensaiar com a banda, e... e acabamos brigando porque eu queria cantar certa música e eles não. — Gaguejo.

— Aí, eles te atacaram. Te deram uma surra.

— Sim. Quer dizer, sabe como é. Homens são assim mesmo, resolvem tudo na pancada. — Enlaço sua cintura e puxo seu pequeno corpo para mim.

— Ok. — Responde simplesmente.

Foi fácil convencê-la.

— Jo, eu estou indo. — Digo, despontando do corredor.

— Tudo bem. — Responde sem olhar-me.

— Querida, você está com raiva de mim?

— Claro que não. — Olha-me por um instante, mas logo volta seu olhar para a televisão.

— Você sabe, não estou levando você hoje, pois estou com medo que Monck apareça.

— Sei.

— Então... tchau.

— Hmm. — Sigo até ela e beijo-a. Mas não sou correspondido.

Frustrado, sigo para o Mynts e faço o show. Mal a última música acaba e eu já estou montado na minha Harley. Arranco em direção ao prédio da luta. Fiz um acordo com Buck de lutar por três noites. O que me daria dinheiro suficiente para comprar um carro para Jo e ainda sobrar alguns trocados. Eu sempre dou muito dinheiro para Buck quando luto. A galera adora-me. Isso faz com que ele tente convencer-me a lutar várias vezes. Eu até fazia isso antes, mas agora, só o faço quando preciso de dinheiro rápido e fácil.

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora