A besta

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 Uma garota de pele clara, cabelos brancos e olhos azuis. Morava na capital dos magos. Seu nome não importa, idade também não, uma coisa única que pode te interessar é o que ela fez e quem é ela.

Acompanhada pela solidão e por sua espada negra, que tinha uma capacidade de se transformar em outras armas mortais, desde uma adaga até uma dama de ferro, cada uma com um potencial destrutivo diferente. Sua espada para forjada com a magia e o metal mais raro encontrado no mundo mágico.

Em uma de suas ligações caminhava despreocupadamente, dentro de uma caverna. Uma ocorrência de Murloc's havia chegado aos seus ouvidos. A restante de sua equipe estava seguindo os pistas de um Blackhand.

- Ah! Eu não aguento mais trabalhar, da próxima vez eu trago o Manu comigo - disse a garota em voz alta.

- Está tão insana ao ponto de falar sozinha - uma voz ecoou pelas paredes.

- Como? Quem é? - indagou a garota em tom assustado.

- Sou seu pior pesadelo - respondeu a voz, agora, com um tom tendenciosamente malicioso.

~ Não pense no seu medo ~ disse uma voz em sua cabeça em tom calmo, seguida de uma outra voz afrontando.

{escuta aqui, você tem um único objetivo, passar pela caverna e resolver o problema com os Murloc's }.

- Vocês dois querem calar a boca, eu sei o que faço - gritou a garota, em resposta, as duas vozes reproduzidas por seu subconsciente. Sendo surpreendida pela resposta de uma delas.

{realmente, você sabe tanto o que faz que está perdendo seu tempo falando com vozes que vem da sua cabeça.}

- Tô perdendo o meu tempo te xingando, da outra voz eu gosto - respondeu para a voz afrontosa, referindo-se a voz mais calma.

- Ah! eu tenho que dar nomes para vocês - continuou dizendo.

- Você vai me ignorar? - perguntou a voz ecoada pelas paredes.

- Não, só estou esperando você descer para a porrada - respondeu a garota. Nesse instante sua espada começa a mudar de forma, tornando-se uma besta, arma que possuí flechas adaptadas para serem disparadas por um gatilho. A sua frente uma criatura grotesca com um formato semi-humanoide surge de repente.

- Vou mandar você e sua arrogância para o inferno, garota amaldiçoada - vociferou a criatura, que antes só se podia ouvir a voz ecoada.

- Poxa vida! Estava pensando em visitar o meu pai na semana que vem, mas se você quer me mandar ver ele hoje, está tudo bem - respondeu a garota, já preparada para o que estava por vir.

- Então eu vou ter a cabeça da cria do rei demônio em minhas mãos - disse a criatura preparando-se para o ataque. Nesse instante a criatura avança para dar o primeiro ataque, a garota rola para o lado e se levanta, mirando diretamente na cabeça da criatura.

- Você sabe o que essa flecha faz? Ela vai destruindo aos poucos sua alma. De início você vai ver coisas que não existem e depois você vai perdendo todos os seus sentidos. Por fim chega a sua morte. Eu acho que você sabe, mas o corpo não vive sem uma alma e a alma não pode viver duas vezes, não pode ser ressuscitada - explica a garota, que sem piedade atira uma a flecha, penetrando a cabeça da criatura. Porém, segundos depois, a flecha já transposta na cabeça da criatura desaparece.

- Você pensa que uma ilusão vai me enganar, criança imunda - replica a criatura em tom desafiador.

- Não, mas lembre-se que o corpo não vive sem a alma - responde a garota. Ela coloca a besta em suas costas e passa pela criatura sem se importar, seguindo seu caminho com uma voz estridente ao fundo - seu demônio, garota nojenta, nascida no sangue de pessoas mortas - exclama a criatura, não satisfeita. Parando sua caminhada de forma brusca, a garota se vira para trás, respondendo - se eu matar pessoas inocentes vou viver com suas vozes em minha cabeça, mas se eu não matar vou viver com vozes que tentarão me fazer sucumbir a um instinto natural dos demônios, assassinar, roubar almas - fez uma pausa e retornou dizendo - independente das escolhas sempre sofreremos.

{Deu uma bela lição nele garota} - disse uma das vozes em sua cabeça – { logo ele morre pela flecha, é só questão de tempo} - referindo-se a besta, municiada com flechas que não causam ferimentos a carne, mas que pode destroçar uma alma em questão de minutos.

Uma arma que não agride a carneOnde histórias criam vida. Descubra agora