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Ao por os pés no bar, olhei ao redor e não havia nada fora do lugar ou diferente. Estava tudo tão igual. Mas espero que minha fonte esteja certo.
_ Aqui amigo por conta da casa._ um homem careca que estava servindo no balcão me deu um copo de whisky. Bebi de um gole porque não posso dar bandeira e acabar me entregando. Bati o copo no balcão e alguém se aproximou de mim.
_ Boa noite detetive Nara._ essa voz! Eu a reconheço em qualquer lugar. Olhei para a pessoa e logo fiquei tonto e fui perdendo os sentidos olhando para aquele sorriso debochado.
Acordei devagar e olhei para o lugar. Era um quarto grande, com o doce cheiro de mel, pêssego, e um maldito perfume que sou viciado, e a luz era vermelha. Quis rir disso, mas não fiz. Na verdade tentei levantar e não consegui. Estava algemando na cama e só de cueca. Que droga, fui pego. Fechei os olhos e logo clics de saltos batendo no assoalho invadiram minha audição. Abri novamente e a vi. Ela estava só de lingerie preta, saltos e um robe aberto. Não quero olhar e muito menos me excitar com essa visão. Engoli em seco e ela sorriu de lado.
_ Oi detetive Nara. Sentiu minha falta?_ a bela mulher estava com a unha muito bem pintada no canto da boca enquanto me devorava com os olhos. Essa maldita gostosa me fez lhe caçar por anos quando estava bem debaixo do meu nariz.
_ Me solta para que eu possa te prender._ ela deu uma risada tão debochada que me fez tremer nas bases.
_ Você sabe que não farei isso. E também não irá me prender, se quisesse mesmo fazer isso já teria feito a dois meses trás, te dei várias chances de fazer isso e você não fez. Eu estava nas suas mãos._ suspirei com a lembrança disso. Estávamos em uma perseguição dentro de um trem e ela fugiu, e eu não lhe procurei.
_ Você sabe que é procurada pelo mundo inteiro é a ladra mais procurada pela Interpol. Por que voltou? Você já deveria estar no outro lado do mundo, com o dinheiro que você tem poderia se esconder pelo resto da vida._ ela caminhou até mim deitou ao meu lado na cama.
_ Não ligo para o dinheiro detetive, nunca fiz pela grana. Era sempre pela adrenalina, e quando você começou a me caçar ficou ainda mais interessante. E pode até não parecer mas eu quis te ver detetive. Senti saudades sua._ puxei a algema tentando me soltar em vão.
_ Me desculpe senhorita, mas não temos nada haver um com o outro. Agora me salta logo._ ela aproximou os lábios vermelhos do meu ouvido e sussurrou me deixando arrepiado.
_ Diga meu nome!_ ela quer me deixar louco mas não irei ceder.
_ Não, você não merece._ ela deu um beijinho no meu pescoço me deixando maluco.
_ Diga meu nome detetive._ ela fala baixo e sexy, mas ainda sim, não quero cair na dela.
_ Não!_ sua boca estava perto da minha e ao menos movimento se unirão. Mas ela se afastou e me deixou quase ofegante.
