Meu nome é Peter

Dream

Levantei da cama, corri para o espelho abri o zíper que tinha atrás da minha cabeça bem devagar, lágrimas nos olhos, não havia motivo de pressa, finalmente ia ser o que eu queria quem eu realmente era, quando aquela roupa ou pele chegou no chão eu vi meu corpo, era perfeito, era do jeito que eu queria, peito reto e definido, corpo sarado, rosto com formas masculinas fortes, me contemplei por um instante, mas depois peguei aquela "roupa" feita de pele e levei para fora onde botei fogo e me senti livre, atér um ouvir apito alto.....

O sonho havia acabado me derrubado da cama, quando tentei me levantar tomei mais um tombo pois meus pés haviam se embaraçado nas cobertas e nos lençóis, quando consigui me livrar deles, corri para o espelho e uma dor veio em meu peito, passei até mesmo a mão atrás da minha cabeça, como sou imbecíl, eu ainda era Penélope Parker, eu jamais seria um menino, por mais que sonhase por mais que eu quisesse, jamais seria, meu corpo, minha voz eram extremamente femininos, isso não mudaria, então eu quis desaparecer, eu puxei meu cabelo channel em ódio, pois eu me sentia errado, após eu surtar me vesti para ir a escola, eu tinha que fingir ser alguém que eu não era, isso me machucava, mas eu tinha medo de falar qualquer coisa, medo das consequências, e se for só uma lésbica bofinho, se eu estiver enganado, desci as escadas pronto e vi meus pais, Anthony e Steve

Anthony: bom dia querida

Steve: bom dia garotinha do Papai

Penélope: bom dia...

Me sentei na mesa, mas não começei a comer brinquei com a comida e fiquei pensado no sonho e tudo que estava acontecendo, aquele sentimento de que meu corpo estava errado só aumentava a cada dia, escuto a voz do meu pai

Steve: Penny querida a algo na sua cabeça?

Penélope: n-nãaao, não é nada

Steve: tem certeza? seu cereal daqui a pouco vai virar mingau de tanto que você mistura

Penélope: eu só estou pouco sem fome

Anthony: filha, você tá muito magrinha precisa comer

Penélope: eu como uma maça, vou tomar meus remédios e vou indo

Steve: ok, mas não gosto quando você está "flutuando", da última vez que você ficou desse jeito quanse perdemos você

Penélope: eu estou bem pai

Tomei os compridos, peguei a maça, me despedi dos dois e fui para aquele lugar que era um purgatório, nem céu, nem inferno, apenas purgatório, almas boas e ruins sofrendo das 7 horas da manhã até as 11horas e 30 min da manhã, tem coisas boas e tem coisas ruins, não sejamos clichês quanto a isso ou sejamos

Eu fui direto para minha sala que fica no andar de cima eu era praticamente um dos primeiros a chegar normalmente, havia alguns alunos, um dos meus amigos estava lá Ned, um gordinho simpático

Ned: hey Penny de boa?

Penélope: de boa e você?

Ned: de boa

Nós cumprimentamos, conversamos porém ainda tinham alguns pensamentos na minha cabeça, logo o sinal bate e vejo Wade um aluno repetente e MJ uma garota com o gênio forte e inteligente se aproximarem, eles fazem parte do nosso grupo

MJ: ei perdedores, não ouviram o sinal?

Wade: não MJ, só você escutou todos aqui são meio surdos, obrigado por repetir se não fosse por você teríamos ficado aqui fora

Começamos a rir e entramos na sala do primeiro ano, fomos para o fundo, mas por incrível que pareça eu fiquei quieto, eu estava pensativo, Wade me cutuca

Wade: Penny o que tem na sua cabeça?

Desperto e olho Wade e sorrio para ele

Penélope: sabia que você e o segundo a me perguntar isso?

Wade: droga, queria ter sido o primeiro, ai você ia me contar sem ser repetitivo

Penélope: eu não estou pensando nada

Wade: tem certeza?

Professor: vamos parar com a conversa ai atrás

Wade: droga, no recreio a gente se fala

Penélope: falar o que

Professor: oooohhhh ai atrás

Ficamos rindo em silêncio e eu sabia que Wade não aquetaria até descobrir o que estava acontecendo comigo, e eu tinha medo que se ele descobrisse ele não fosse mais meu amigo

O sinal do recreio bate, nós déssemos as escadas rápidos, Wade estava quanse colado em mim, ele queria respostas

Fomos para um banco branco perto da saída da escola onde seremos

MJ: eu e Ned vamos pegar merenda vocês vem?

Penélope: eu estou bem

MJ: Wade?

Wade: vou ficar

MJ: você vai perder a boia, deve ter um bom motivo, mas estamos indo, até mais perdedores

Wade me olhou e eu o olhei

Wade: e ai...

Penélope: e ai o que?

Wade: porque você tá agindo estranho

Penélope: eu estou bem

Wade: não, não está

Penélope: eu acho que posso saber se estou bem não estou

Wade: me conta, eu sou ou não sou seu melhor amigo?

Penélope: promete continuar sendo meu amigo e não contar para ninguém?

Wade: prometo

Penélope: eu sou... Eu sou trans

Wade: ha...

No mesmo instante MJ e Ned chegam e eu não pude falar mais nada, conversamos, eu fui o que conversou menos, Wade estava tentado agir normalmente, como se tentasse entender o que eu acabei de falar, ele parece não compreender aquilo

O sinal bate e voltamos para sala, as aulas continuam silenciosas, as pessoas estranham, pois Wade fala muito e não para de falar e ele estava calado, concentrado, concerteza não na matéria, mas em outra coisa

Pela última vez o sinal bate e arrumamos nossas coisas

Wade ainda não disse nada

Eu fui embora, voltei para casa

FIM DO PRIM CAPITULO