Quem acha que é?

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P. V. Jay Park

Acho que Deus não abençoa sorte no jogo e amor para uma só pessoa. Deve ser algum tipo de equilíbrio universal e graças a ele nasci com sorte no jogo. O que é bom, pois amo meu estilo de vida... Isso deve explicar o motivo de nunca me interessar por alguém há muito tempo. E quando finalmente isso acontece, mesmo com muita dificuldade, consigo chegar perto de me declarar. Até que um filho da puta surge do nada destruindo meu psicológico.

Sei que tenho muitos defeitos, mas meu ciúmes por aqueles que amo, com certeza é o maior deles, porém lidar com isso entre meus amigos e familiares era “tranquilo”, entretanto se tratando de S/n percebo que fico possessivo. Não tenho dúvidas que isso coloca tudo a perder.

- Você realmente está aqui meu amor! – Diz o desgraçado ao fitar minha Estraga Prazeres.

- Você o conhece? – Pergunto pedindo a Deus que ela negasse.

- É claro que ela me conhece! – Responde por S/n. Inicialmente o choque de ver um outro homem chamar a mulher que tanto desejo de “meu amor” não me deixou focar em suas características, me fazendo pensar que se tratava de seu ex Caio. Mas ao observá-lo noto que não era o traidor e sim um outro rapaz. A beleza dele me incomodava (apesar de me achar muito melhor), possuía cabelos brilhantes e bonito, apesar de ser ligeiramente magro, o que restava em seu corpo era puro músculo. Sua aparência de “príncipe encantado” me irava de maneira incontrolável, com aqueles olhos claros, mas nada era pior que as tatuagens espalhadas por seu corpo, pois me trazia um tipo de djavú.

- Ele é... – S/n tenta explicar, mas o cretino a interrompe.

- Sou o namorado dela! – Me petrifico com sua fala. Sentia meu peito rasgar de tristeza, será que S/n era capaz de ter mentido dessa maneira para mim?

- Mas você disse que não tinha namorado S/n! – Minha coreógrafa lê meus pensamentos.

- E não tenho! – Responde me acalentando.

- Quem é ele S/n? – Pergunto tentando entender o que o infeliz fazia alí.

- Por que está agindo assim? – Pergunta o bastardo a minha “algo sério”. – Fale a verdade para eles! – Fito S/n perguntando-a com olhar o que isso significava, mas sua expressão de culpa me destrói por dentro. – Não estou bravo pelo que fez, entendo que ficou chateada pelo seu pai...

A Estraga prazeres, grita algo em seu idioma. O que ela poderia ter feito e por que me escondeu?

- Já disse que não pode ficar aqui! – Dita Gray ao fitar minha apatia.

- Eu já disse que tenho permissão! – Retruca e me pergunto quem o desgraçado pensa que é. – Diga que sou seu namorado S/n!

- Ele está mentindo! – Me diz, mas me sentia frustrado pelas palavras do inconveniente que não era capaz de fitar seus enormes olhos.

- Fala isso agora, mas e quando estava gemendo em minha cama não negava! – Como um tiro em meu peito, aquelas palavras me ferem. Pensar em S/N dessa maneira, com um outro homem, com aquele homem em nossa frente, era doloroso demais, apesar de ser uma grande hipocrisia de minha parte, a dor que sentia era insuportável. Por um momento a odeio...

Odeio por ter se entregue a outro, por não ter sido o primeiro e único, por não me contar cada detalhe de cada dia vivido, por ter desejado outros, deixar passar todos esses anos sem me conhecer e principalmente por amá-la. E nesse momento ao perceber que era apenas uma vítima desse sentimento que me dominava, desfaleço a soltando.

Mas resolvo olhar para meu melhor amigo, que me fitava com um fio de esperança. Enfim me recordo... Do conselho que me deu de ser bom para S/n e o quanto a mesma era fiel a mim. Então respiro fundo e tomo minha decisão, com apenas um olhar Gray me compreende e dispensa nossas dançarinas, junto com mais xingamentos de S/n em seu idioma para o idiota, meu irmão impede seu ataque a levando para o vestiário.

Olhando a Vida nos OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora