Capítulo 2 - A primeira reencarnação

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[ POV da narradora ON ]

Já se passaram 17 anos e o nosso planeta continua vivo, o que é incrível depois de tudo o que aconteceu, mas este mundo não parece que vá durar muito mais. Muitas pessoas já morreram por falta de alimento, água, oxigénio e calor. Esperemos que os Deuses recuperem as suas memórias e os fragmentos a tempo de voltar a estabelecer equilíbrio e armonia.

[ POV da narradora OFF ]

[ POV de Kasai ON ]

Acordei e me levantei.  Olhei para a janela e vi um sol fraco, um céu azul morto e reparei que estava frio, todas as pessoas estavam com um exagero de roupa em cima.

"Um dia frio... como sempre... mas para falar a verdade sempre sinto o meu corpo quente como se tivesse uma barreira de fogo em meu redor. Mas não acho estranho... Afinal já nasci assim."

Olhei para o relógio querendo ver as horas.

- Sete da manhã, ainda é cedo tenho tempo sufeciente. - Desci para a cozinha, dei um bom dia aos meus pais, me sentei e tomei o café da manhã. Servi o café para mim e também para eles. Peguei na chávena e a bebi calmamente, mas logo depois ouço um grito da minha mãe e do meu pai.

- Mãe? Pai? - Olhei para eles preocupado.

- Francamente Kasai! Você esquentou de mais o café, tem mais cuidado! - Quando a minha mãe acabou de falar isso o meu pai olhou para mim fazendo um gesto de concordância com a cabeça para sinalizar que a minha mãe estava certa em relação ao que falou, enquanto limpava o café quente da sua boca com um pequeno pano.

- Mas eu peguei o café do balcão tal como estava sem passar ele pelo o microondas ou até mesmo pelo o fogão! - Olhei para eles os dois surpreso e ao mesmo tempo sério.

Ambos riram e depois o meu pai olhou para mim.

- Nós sabemos que você adora brincar de feiticeiro mas por favor Kasai seja mais adulto e não finja que o café esquentou pelas suas próprias mãos. Agora termine de comer antes que chegue tarde ao colégio.

"Eles sempre acham que eu brinco... Mas realmente o café aqueceu nas minhas mãos! Melhor esquecer mesmo, eles nunca irão me ouvir de qualquer jeito."

Acabei de comer e logo depois subi para o meu quarto. Preparei a minha mochila de acordo com as aulas de hoje e vesti o meu uniforme. Coloquei a mochila nas costas, desci do meu quarto, me despedi dos meus pais e saí de casa correndo pois queria chegar na escola com cinco minutos de antecedência.

"Finalmente cheguei na escola. É o meu primeiro dia de aulas! Realmente estou animado para conhecer as novas pessoas com quem eu me vou dar todos dias."

Faltava apenas um minuto para o toque de entrada, então decidi sentar em um banco e esperar.

- Sem vento.... Como sempre. - Quando deu o toque reparei numa pequena rosa de cor vermelha bem viva logo a entrada da escola.

"É raro encontrar flores... Elas são lindas e delicadas, seria um sonho viver entre elas."

Me levantei e andei para dentro do edifício escolar.

- Pelo o que sei devo ir para a sala 3-B, então... Está a umas 4 salas de mim. - Andei um pouco até passar as 4 salas e então cheguei ao meu destino. Abri a porta da sala e sentei em uma mesa livre ignorando os olhares de todos pois estava bem nervoso.

Minutos depois o professor chegou na sala tropeçando nos seus próprios pés, esbarrando na porta de entrada e depois na secretária. Tentei segurar o meu riso mas sem querer comecei a rir levemente, mas por sorte toda a sala acabou por rir ao mesmo tempo que eu fazendo a minha voz ficar disfarçada entre os risos. O professor carregava livros e montes de folhas soltas de cadernos. Pela a sua atitude e expressão no rosto, que dava a entender que era bem desejeitada, percebi que as aulas com ele iriam ser divertidas. Após de ter tudo arrumado escreveu o seu nome no quadro, Kori Tsukaima, e se apresentou a todos nós com um sorriso simpático e meigo mas ao mesmo tempo um sorriso que empunhava respeito e sabedoria (nada que um professor normal não apresentasse). Quando ele foi abrir a boca para falar vi os seus olhos se fixando em mim. Fiquei desconfortável com a situação, mas não podia ignorar. Ele pegou em um livro antigo e o abriu em uma página qualquer e voltou a fixar o seu olhar em mim surpreendido.

- Deus do Fogo... - Eu fiquei confuso com o que ele falou... Deus do Fogo?

Os 4 ElementosOnde histórias criam vida. Descubra agora