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Não foi necessário fingir ou atuar: no sábado de manhã, Marinette estava com febre e Alya não estava no apartamento para cuidar dela, já que havia ido passar o final de semana com sua família.

No dia anterior, havia pegado uma fraca neve quando voltou para casa e isso fez seu estado de saúde ficar deplorável. A Dupain-Cheng se surpreeu, daquela vez, ao notar que sua imunidade havia a deixado na mão naquele inverno. Fazia dois anos que ela não pegava uma gripe boba daquelas e não havia caído uma neve forte para que a doença passageira viesse. Por sorte, era seu sábado de folga.

Levantou da cama, ainda quente de febre, e foi até a cozinha, pegando a caixa de medicamentos e procurando o de gripe. Só havia uma pastilha e ela a engoliu com ajuda da água. Não se importou com mais nada, apenas voltou a se deitar e dormiu o resto da manhã.

Quando voltou à acordar, com seu celular tocando, seu corpo parecia mais mole do que antes e sua garganta ardia de dor. O remédio não havia ajudado em nada, já que a febre continuava atormentando-a. Atendeu o telefonema sem ver quem era e com a voz rouca:

— A...lô?

Marinette? Está tudo bem? — a pessoa perguntou do outro lado. — É o Adrien.

Desculpe. Eu estou... gripada. o respondeu, segurando a tosse. — Só para deixar claro, eu não estou fingindo isso, mas acredito que não vai dar para sair... com você.

Você tomou remédio? Está com febre? Têm alguém cuidando de você? — ele disparou as perguntas, fazendo a de olhos azuis se perguntar porquê ele havia perguntado tantas coisas.

— Tomei, mas não parece ter ajudado. Me sinto quente, mas não sei se abaixou. E não, mas eu consigo cuidar de mim sozinha. — o respondeu, olhando para o teto.

Você têm alergia à algum remédio? 

— Não que eu saiba, doutor. — ela brincou, o fazendo rir. — Por que está me perguntando essas coisas?

O Agreste mais novo ficou em silêncio por um tempo. Marinette não sabia disso, mas do outro lado da linha, Adrien se arrumava apressado para sair e se perguntava o motivo pelo qual estava fazendo isso. Nem mesmo o loiro poderia compreender, mas algo o atraia e ela sempre havia sido fria com ele, mas naquela semana estava sendo alguém que valia a pena conhecer; e ele não iria perder aquela chance. 

— Sr. Agreste? — ela o chamou, se perguntando se o loiro ainda estava na linha e o chamando do modo como o chamava antes. — Ainda está aqui?

Sim, sim. Estou. — ele respondeu e sua voz se aproximou do aparelho logo depois. — Estou perguntando pois alguém precisa cuidar de você, Marinette. E eu havia te pedido para me chamar de "Adrien", por que está me chamando de forma tão formal?

— Você está mudando de assunto. — ela chamou a atenção dele, com os olhos um tanto arregalados, o fazendo rir. — Por quê? Eu disse que sei me cuidar sozinha, não precisa vir até mim.

Considere isso um encontro. Vou apenas cuidar de você até que fique melhor e se isso não acontecer, te levarei ao hospital. É simples. — respondeu a fazendo se sentar na cama pelo susto. Adrien estava mesmo querendo cuidar dela? — Já tomou um banho? Pode ser bom para baixar a febre. Enquanto isso, eu vou indo para seu apartamento.

— Mesmo se eu dizer incontáveis "nãos", você virá, não é? — ela perguntou, levando sua mão até a testa e a sentindo quente. Do outro lado, o de olhos verdes riu enquanto concordava. — Tudo bem, eu te permito vir. Já que você quer tanto vir até aqui.

secret friend | adrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora