why am i not running? ~ changkyun + jooheon

:: changkyun ::

Fuja.
É o que o meu cérebro me diz.
Corra.
É o que ele manda minhas pernas fazerem.
Mas meu coração não quero obedecer.
Arfo.
Está difícil pensar com teu corpo em cima de mim.
É impossível estar sóbrio quando eu só quero me afundar mais em ti.
Tu és apenas a droga, a culpa é minha que fiquei viciado.
Por que eu não fujo?
Aperto tua cintura, vendo-o revirar os olhos de leve. Teu prazer é meu prazer.
Mas deveria ser assim?
Sussura algo em meu ouvido.
Não, não é o que eu gostaria de ouvir.
Fuja Changkyun, vá embora.
Era isso que eu queria que tu me dissesses.
Não tenho forças para acabar com isso sozinho.
Eu já tentei, mas não consigo.
Então ficarei aqui, esperando-te cansar de mim.
Logo após observar-te por mais alguns segundos, fecho os olhos e mordo o teu pescoço. És belo.
Troca de posição, agora eu estou por cima.
Com os hormônios à flor da pele, agarro-me em teus suspiros. Em teus gemidos.
Só mais uns minutinhos, meu corpo implora.
Mais uns minutos de prazer contigo, é o que tenho.
Nossos corpos movendo-se em uma harmonia bagunçada, revirando os lençóis e molhando os travesseiros de suor.
Por que não fujo? Essa é a questão.
Me apeguei demais. Me entreguei demais. Sabemos que eu fui o culpado disso tudo. Eu quem deixei.
Tu não tens culpa da minha dependência. Tu não tens culpa de eu ter depositado as minhas expectativas em ti.
Deve ser cansativo também. Ser perfeito pra alguém.
Fecho os olhos, em estado quase total de êxtase. Estou vindo para ti, amor.
Puxas meu cabelo enquanto derreto-me dentro te tuas curvas.
Beija-me sedento, como se fosse a última vez. Quem dera fosse, quem dera fosse.
Não sei se percebes que estou completamente entregue a ti, pois sempre fui bom em desfarçar e nunca fostes um bom observador.
Acho que se tivesse notado, já teria acabado com isso. Para o meu e o seu bem. É só o que acho, não tenho certeza. Não sei se doeria em você também.
Então vejo-te tremer um tanto. Chegastes ao limite.
Mas eu ainda não.
Saindo de baixo de mim, maneja-me com as mãos para que eu atinja meu ápice.
Com um sorriso no rosto, me provoca, passeando a língua por mim. Mantenho-me parado, incapaz de fazer qualquer coisa a não ser deixá-lo assumir o controle. Um toque é capaz de me desmontar inteiro. E eu deveria odiar, mas amo como me comandas, sem perceber.
Sussura meu nome, e diz que me ama. Eu também amo você. Amo tanto que dói. E isso não deve ser bom.
E, lentamente, reviro os olhos, e o sinto chegar. Explodo de prazer enquando gemo o seu nome, quase como uma súplica para que não me deixe.
Eu deveria estar fugindo.
Deveria estar em casa, dormindo.
Mas por que estou aqui, Jooheon? Por que faço isso comigo, conosco?
Não quero ir embora. Sei que preciso ir. Mas não resisto a ti.
Tenho que fugir.
Eu tentei, mas não consigo.
Então ficarei aqui, esperando-te cansar de mim.

Vá embora, Changkyun.
Fuja.
Acabe conosco antes que ele o faça.
Corra dele, de nós.
Não é bom, isso não é saudável.
Não hesite, não olhe para trás.
Apenas vá.
Vá embora, Changkyun.
Fuja.