Capítulo VII (Kiss)

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APRIL ORSENIGO

Confesso que estava gostando de tudo isso.
Hayley me pareceu uma mulher super legal, Rebekah é um pouco icônica demais, o que de alguma forma eu amei. Freya é tímida mas é muito simpática e gosta de falar sobre a vida e sobre sua esposa Keelin, que não pode estar. Davina também é muito legal e parece que nos conhecemos há anos, temos muita coisa em comum, e por um momento eu achei que não iríamos nos dar bem, mas foi ao contrário, tudo fluiu.

Quanto aos caras, Klaus com toda certeza não tem cara de pai, é bem novo, diria que ele tem minha idade, mas com certeza ele é primo perdido da Avril Lavigne e dorme no formol junto com ela. Essa foi a explicação que eu decidi acreditar. A outra era que ele usava renew e surtia efeito. Ele também é bem irônico e passou algum tempo fazendo comentários duvidosos.
Kol, o irmão mais novo também é apaixonado pela esposa e é um pouco irônico também, mas demonstra carinho pela família, ainda que bem imperceptível. Jackson é mais na dele, mas também se diverte.

Percebi que Elijah estava me olhando muito e eu estava começando a ficar nervosa, não é comum eu receber um olhar fixo assim. Mas tento disfarçar com a conversa com as meninas.

Lara que estava no quarto com Hope desce bem mais observadora do que quando subiu, um pouco mais receosa também. Mas acredito que não deva ser nada.

— Hayley, onde fica o banheiro? — pergunto a mulher que está do meu lado sem interromper a conversa com os outros.

— É só subir a escada, na quarta porta à esquerda. — ela é simpática.

Agradeço e sigo meu caminho para o banheiro. Casa grande, quarta porta... a probabilidade de eu descer novamente e desistir de achar é grande.

Enquanto subo penso que eles poderiam ter um banheiro no térreo da casa. É incomodo você subir no meio de um tanto de gente, parece que todos reparam em você mesmo quando você sabe que não é o caso.

Fico perdida no corredor porque sim, tem muitas portas. Entro sem querer em uma que tem algumas pinturas. Acho que ouvi em algum lugar que Klaus pinta. Pelo menos ele coloca a ironia dele e um pouco de seu jeito belicoso, ultrajoso e hostil em algo.

Quando estou de saída meu coração dispara com o susto que Elijah me dá.

— Nossa, você me assustou. Nem te vi chegar. — comento com a mão no peito.

— Eu não tinha a intenção de que você me escutasse. — ele ri.

—  Eu tô procurando o banheiro, só errei a porta porque fiquei perdida, vocês têm muitos cômodos. —  digo saindo do quarto.

— É essa aqui. — ele aponta para a porta à nossa frente.

Apenas agradeço balbuciando a palavra obrigada e sigo para o recinto.

Fico um tempo atrás da porta do banheiro porque sinto que fui pega no pulo, mas logo a vontade de utilizá-lo me atinge.
Faço o que tinha que fazer lá, lavo minhas mãos e me olho no espelho pra ver como está a minha maquiagem.

Retoco meu batom e arrumo meus cabelos novamente passo as mãos pelo emu vestido a fim de que algumas linhas amarrotadas saiam dele.

Quando percebo que não vai mudar eu saio do banheiro e Elijah está no quarto em uma porta que fica quase ao lado do ateliê que estava.

— Tá tudo bem? — pergunto sem querer ser evasiva.

— Sim, só queria ficar um pouco só. — ele está na sacada do cômodo.

Eu tento sair mas meus pés involuntariamente andam pra frente entrando no quarto.

— Sua sacada é linda. A minha mal cabe um mini banco e eu do lado. — comento enquanto solto uma risada e ando um pouco mais pra perto. — Sua vista é linda.

A Esperança | The Originals | Elijah Mikaelson | HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora