POV TRISTAN
Devo ter errado umas duas ou cem vezes, minha mão estava soando, na verdade meu corpo todo soava como se eu fosse um porco e isso não é vantagem nenhuma para uma futura Sex Appeal do rock in roll.
Claro que isso não passava nem por um segundo na minha cabeça, ela estava completamente ocupada por ela, pelos olhos azuis dela, e parte de mim iria vomitar se eu não conseguisse tirar os olhos dela por cinco segundos, por que toda essa baboseira que eu carrego a semanas já tava me enchendo o saco.
Mas não conseguia parar de encará-la como um maníaco, e toda vez que ela fazia contato visual, eu desviava o olhar o mais rápido que pude. Ótimo, agora o Bradley é quem transa e eu sou a criança com medo de meninas...
- Tristan presta atenção, - Papai James me chamou atenção. - você tá se perdendo o tempo todo!
E aquela nem foi a ultima vez que eu me perdi na noite.
Tudo acabou muito rápido, Tony não tinha dado pouco tempo para gente, no final vieram os tapinhas nas costas e elogios, uma garota até chegou a pedir uma foto de nos juntos, o que eu achei estranho mas preciso me acostumar. Eu sou destinado ao sucesso baby.
- Nunca tinha visto você nervoso antes... - Liz veio conversar comigo
- E porque eu perdi toda a minha confiança no momento que você entrou naquela porta! - Apontei para a entrada.
- Então quer dizer que eu te deixo nervosa?
- E teria outro motivo? - Devolvi com outra pergunta e deus sabe, que ultimamente não existe outro motivo.
- Não faz isso...
- O que?
- Isso ser sobre a gente ok? - ela apontou para os meninos. - Vim hoje aqui pelo meu pai e a tentativa dele de fazer eu me aproximar do Connor!
- Para de mentir, você tá super afim de mim...
- Amigos Tristan, amigos! - Ela falou olhando pros pés, acredito que nem ela mesma acredita no que esta dizendo.
- Ei, - Brad interrompeu a conversa - Tony liberou o cachê agora que o lugar tá mais vazio...
- A pizza e a companhia é realmente tentador, - falei olhando para ela, e pude sentir que ela viu o meu coração pesar e meu animo dar uma sumida. - Mas tenho um lugar onde estar!
- Que lugar? Tá indo onde? - Ouvi Bradley perguntar mas não queria me virar para responder.
Peguei as chaves do carro e dirigia em direção a South London, onde morava o cara que me daria alegria e pó em troca de dinheiro. Mas a casa da Rose ficava tão perto de onde eu estava e eu estava com tanta saudade, decidi fazer o certo e ir contar para ela o inicio da minha carreira de musico hoje a noite.
As luzes estavam ligadas e achei que não incomodaria, mas não reconheci quem atendeu a porta, pois a mulher estava aos prantos.
- Quem é você? - ela falava soluçando e engasgando com o choro. - Eu não posso lidar com isso agora...
- Eu sou o Tristan, a Rose mora aqui certo?
- Aí meu deus, você é o filho dos Evans! Minha mãe... Ela... amava você tanto. - Ria entre as lagrimas e parecia que elas ficaram mais fortes.
- Como assim amava? Claro que ela ainda me ama, não é porque eu cresci e virei um bosta que...
- Você não soube? - O choro dela cessou.
- Não sei do que a senhora está falando.
- Sinto muito Tristan, mas ela já estava doente por um tempo e - ela fez uma longa pausa tentando segurar para que as lagrimas não descessem, mas foi totalmente em vão. - mamãe morreu pela tarde.
- Não, você tá errad...
Mas ai eu lembrei.
De todas as vezes que ela foi embora mais cedo para cuidar do marido doente, das folgas longas, dos diferentes hospitais que ela ia para buscar os exames dele, e os remédios na bolsa dela que ela insistia que tinha acabado de ir na farmácia e que todos eram dele.
eu não consegui sentir o chão.
Minhas pernas tremiam enquanto a filha dela me falava algo sobre "amanhã de manhã, mas eu não conseguia escutar.
Abracei ela que devia estar nos meados dos quarenta e pude sentir a dor dela, porque já estive no lugar dela. E não queria estar de novo como sei que estou agora...
Virei as costas para casa que agora era de Rose, e me dirigi ao carro com a sensação de que não conseguia ficar em pé e que cairia a qualquer momento.
Só bati a porta e fechei os vidros é que a ficha caiu. Comecei a esmurrar o volante e as lagrimas jorravam incontrolavelmente. Não me vi dirigindo até em casa, não me vi abrindo a porta, só deparei comigo mesmo e meu desespero quando estava deitado na fria escada de mármore branco no meio da sala tendo um ataque de ansiedade sem conseguir respirar e com a certeza de que meu coração explodiria a qualquer momento!
- TRISTAN! - a porta bateu forte na parede quando foi aberta com muita força. - ME DIZ O QUE EU POSSO FAZER, FALA RAPIDO.
- Eu preciso... eu preciso... - Não conseguia terminar a frase.
Ela me deu um beijo.
E por um segundo eu esqueci de tudo o que estava acontecendo, e me lembrei como de respirar. enquanto segurava seu cabelo loiro.
- O que você tá fazendo aqui? - perguntei.
- O Connor acabou de me trazer para case, eu vi sua porta aberta e...
- Por que você fez isso? - apontei para minha boca ainda atônito da ansiedade.
- Você estava tendo um ataque, eu precisava que você prendesse a respiração por uns segundos para que recuperasse seu folego. - Ela falou olhando pro chão como sempre faz pois é tímida de mais para falar sobre isso olhando nos meus olhos.
- E eu ia dizer que precisava de agua, - passei a mão na cabeça - isso foi muito melhor que agua.
- Tristan, - ela fez uma pausa, segurando as minhas mãos que estavam tremendo. - você pode me dizer o que aconteceu?
E eu me lembrei de tudo.
Voltei a chorar com toda as minhas fracas forças como se estivesse arranhando meu peito a dor de ter perdido mais alguém que amo. E Liz se sentou atrás de mim, em um degrau a cima, nas minhas costas, passando as mãos no meu cabelo que ficava molhado com o suor frio que estava por todo meu corpo.
- Tá tudo bem, vai ficar tudo bem!
- Não tá Liz, ela morreu... ela morreu... - Eu falava entre choros e não conseguia respirar, acho que nunca mais vou.
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|| {Can we dance?} ||
FanfictionEu falo um monte de merda quando eu estou bebendo E sou conhecido por ir rápido demais Não ligue para meus amigos, eu sei que eles são loucos Mas eles são os únicos amigos que eu tenho Eu não te conheço Mas eu gostaria de pular a conversa fiada E i...