Capítulo único

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As chamas da lareira eram a única fonte de luz naquela sala comunal. A sala era um completo silêncio tento a única fonte de som sendo as folhas de um livro sendo viradas.

Em uma poltrona no canto da sala perto da lareira estava uma figura pequena e delicada. A figura possuía um corpo pequeno e delicado com curvas que eram bem escondidas por debaixo de suas roupas largas. Seus cabelos selvagens lhe davam um ar inocente e seus olhos, duas belas esmeraldas que brilhavam com cansaço.

Estava cansado de tudo, de todas as injustiças e traições que sofreu na mão de seus tios e do mudo bruxo. Em um dia ele era amado e no outro odiado.

Mas o que mais lhe feriu foi a traição por parte de seus amigos, Rony e Hermione. Os dois viraram-lhe as costas quando mais precisava deles, ambos acreditando que era sua culpa por seu nome sair daquele cálice esqueci por Merlin.

Esse era Harry Potter, o salvador do mundo bruxo, menino que sobreviveu e menino que busca atenção e outros títulos cada um mais idiota que o outro em sua humilde opinião.

Harry suspirou e virou a página de seu livro de poções, era sua aula favorita, mas Snape complicava tudo para seu lado colocando o ódio que sentia por seu pai acima de seu lado profissional.

Eram três da manhã ou mais, não sabia direito e nem se importava, só queria ficar sozinho com seus pensamentos.

Mas seu momento de paz foi interrompido por som de paços descendo as escadas do dormitório masculino.

Os brilhantes olhos verdes de Harry olharam para a escada a fim de saber quem descia a essa hora da manhã. Para sua total surpresa era os gêmeos Weasley.

Harry não pode evitar que seu coração falhasse uma batida, desde seu primeiro ano sentia algo diferente pelos demônios da grifinoria. Foi de parte-lhe o coração quando os gêmeos não estavam ali para lhe defender quando toda a casa se virou contra si.

— Harry? O que faz acordado? — Fred pergunta para a beleza de olhos verdes.

— Somente lendo um pouco — Responde fechando o livro. — E vocês? —

— Estavamos sem sono — Jorge responde se sentando no sofá perto da poltrona do menor.

Fred e Jorge pararam para analisar o menor, Harry estava adorável naquele moletom vermelho e calças de dormir. Era uma tentação, mas se segurariam, não fariam o menor se afastar por conta de seus desejos e paixões.

- Nós acreditamos em você.

Os olhos de Harry se arregalaram com choque, não esperava isso dos dois,pensava que eles acreditariam nas idiotices que Ronald espalhava sobre ele.

— Realmente? — Harry pergunta e sua voz transbordava em esperança.

— Sim Harry — Fred fala e olha para o irmão.

- Nós acreditamos me você — Jorge acena com a cabeça.

— Por que nos sabemos que você não gosta da atenção que recebe, sendo por seus títulos, façanhas ou aparência

— Aparência? O que tem minha aparência — Harry pergunta confuso, as pessoas o achavam feio?

—Harry não ha nada de errado com sua aparência, você é lindo —  Jorge fala fazendo o menor corar.

— Perfeito, a porra de um sonho erótico — Fred sorri ao ver o rubor do menor ficar mais escuro. — Todos os garotos esquecem sua heterossexualidade quando se trata de você -

— A-ate... vocês...? — Harry pergunta querendo entrar no estofado da poltrona por tamanha vergonha.

— Com a gente não é diferente — Fred responde e num ato ousado puxa Harry pelo pulso o colocando em seu colo.

Memórias da MadrugadaOnde histórias criam vida. Descubra agora