Alguém Tem Que Ceder (Mirandy - Intersexual)

CAPÍTULO 20 🔥

TRÊS MESES DEPOIS

Abril de 2013

MIRANDA

Andrea e eu estamos namorando há três meses, ela tem sido doce, divertida, carinhosa, se empenha em fazer-me sentir especial. E eu me sinto. Estar com ela é como um presente da vida. O Universo me deu uma segunda chance para amar e eu dei a Andrea uma segunda chance para que ela me ame.

Sim, nós fomos para Paris em seu aniversário. Passamos as noites acordadas passeando, lhe apresentei meus lugares preferidos, fizemos o percurso que Jesse e Celine fizeram em Antes do Pôr do Sol, um de nossos filmes favoritos, e tomamos vinho trocando carícias e juras de amor.

Uma das coisas que eu mais disse durante os últimos meses: sinto-me uma adolescente apaixonada, cada vez mais apaixonada e tonta de amor por Andrea.

Mas há um detalhe, em todo esse tempo nós ainda não fizemos sexo, o que significa que EU ESTOU EM CHAMAS. Meu corpo se arrepia, meu sexo pulsa e minha calcinha escorre por praticamente qualquer bobagem que Andrea faça, mesmo não tendo nenhuma conotação sexual.

Hoje é um grande marco para nosso relacionamento. Irei conhecer Amelie, sua afilhada, e os pais de Andrea. Confesso estar um pouco nervosa com essa situação, mas a forma como Andrea vem lidando com nossa relação, faz-me recuperar cada vez mais a confiança nela.

Ela ficou encarregada de preparar o almoço, então eu fui ao mercado comprar as coisas que ela me pediu. Acabo de chegar em casa, coloco as sacolas na mesa da cozinha e vou a sua procura. No primeiro andar está Cassidy, mexendo em seu notebook.

MIRANDA - Andrea está no quarto?

CASSIDY - Não, na academia.

Subo até o terceiro andar e ouço o som alto da sala de exercícios, assim que vejo Andrea correndo na esteira, umedeço meus lábios com a língua e encosto no batente a observando.

Andrea faz-me querer arrancar minhas roupas e gritar "me fode". Ela está com um short absurdamente curto, colado em seu traseiro lindo e um top cobrindo apenas seus seios. Ela está recuperando seu corpo de antes, tem comido bem e se exercitado com frequência.

Assim que me vê, ela para a esteira e desce ofegante vindo em minha direção. Sinto meu sexo escorrer. Andrea está com aquele enorme sorriso que me desarma, completamente suada, seu abdômen brilhando, seu sexo totalmente marcado pela laicra fazendo-me salivar. São tantos lugares para olhar. Cada passo que ela dá, sinto minha respiração falhar um pouco mais. Aperto minhas pernas para tentar aliviar a excitação, então ela se aproxima com seu cheiro me enlouquecendo mais ainda e beija-me carinhosamente nos lábios. Eu nem sei em que momento encostei-me na parede para não cair, só sei que as minhas pernas estão completamente trêmulas.

ANDREA - Aproveitei que você saiu para correr um pouco. Conseguiu tudo?

MIRANDA - Uhn-hum.

Não consigo articular nem uma palavra sequer. Ela me beija novamente e quando começo a aprofundar, ela se afasta.

ANDREA - Vou tomar um banho, você deve achar nojento que eu te toque toda suada assim.

Não, não acho, Andrea. Eu acho uma delícia. Ela some rapidamente, deixando-me fervendo de desejo. Aah Andrea! O que você faz comigo, hum?

◍

ANDREA

Eu me lembro todos os dias do brilho no olhar de Miranda quando propus que marcássemos um almoço para ela conhecer meus pais. Quando estamos juntas, ela não se parece nem um pouco com aquela leoa implacável com quem eu trabalhei, ela é mais como uma gatinha dócil, cheia de manha. Às vezes, enquanto estamos dormindo, ela se aninha em meu corpo e cantarola, tão delicada e vulnerável, que tudo o que posso fazer é protegê-la em meus braços.