Sensei, me ensine a te amar - Kagehina

Capítulo 22 - Medo de te perder

Aviso: a fic está em sua reta final. E muito obrigada por todos os comentários e votos, fico muito feliz que gostem da minha fic <3

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Sensei, em ensine a te amar

Capítulo 22

- Miya… - rosno o nome dele. Queria muito saber o que esse idiota está fazendo parar o na entrada da faculdade

- E aí, KageCorvo? Como anda a vida? - meu sangue esquenta de raiva ao ouvi-lo dizer isso. Como ele pode usar meu codinome num lugar público?!

- Não fale isso em voz alta, maldito. E se alguém ouvir? - me aproximo. Ficamos frente a frente, tirando os dois centímetros de altura que ele tem a mais do que eu. São só dois centímetros, mas tenho raiva disso.

- Não Quer que saibam dos seus shows na madrugada? - aperto o punho. Eu vou quebrar a cara desse maldito, se alguém não me segurar. - Namorando alguém?

Nem eu sei se namoro ou não.

- Oi. - reprimo um grito de susto ao ouvir a voz do Hinata. Esse garoto aparece do nada.

- O que você tá fazendo aqui? - pergunto irritado. - Não ia embora com a Hitoka hoje porque iam passar na livraria?

Esse foi a desculpa que ele me deu assim que chegamos na faculdade. Eu, burro como sempre, acreditei nesse idiota.

- Você conhece o Kageyama, Shouyou? - ele chama o Hinata pelo primeiro nome?! Por quê?!

Espera… o Hinata não me disse que teve um namorado chamado Miya naquela vez que ficamos conversando com o Tooru e o Iwaizumi?

Eu não acredito! Isso só pode ser sacanagem. Primeiro ele manda flores para o meu ruivo e depois, vem aqui procurá-lo? Eu vou matar ele. Eu tô com raiva, muita raiva.

- Vocês vão sair? - pergunto como quem não quer nada, mas por dentro, estou imaginando mil formas de matar esse ruivo idiota.

- Sim! Vamos bater um papo de homem pra homem, tomar sorvete e quem sabe, um motel no final da tarde.

- O que?! - dessa vez não consigo segurar o tom da minha voz. Pego o braço do Hinata. - Você vem comigo.

- Ei, devolve meu ruivo! - grita Miya.

- Eu não sou seu! - reclama Hinata.

- Eu vou esperar vocês aqui! - bufo. O Miya devia aprender a se tocar quando não é bem vindo.

- Espera sentado e com uma revista da Avon pra não cansar! - Eu diria que essa foi uma boa resposta do Hinata, mas ainda tô bravo com ele. Entramos na minha sala. - Então…

- Você tem um minuto para me explicar o que o Miya está fazendo aqui.

- É que… bem… assim… Eu…

- Ande, seu tempo está correndo. - arregala os olhos.

- Ele me convenceu a ir conversar um pouco, mas depois que conversei com o Kenma, percebi que era uma péssima ideia. Aí eu iria cancelar o passeio, mas quando eu vi você estava quase matando ele no portão. - fala tão rápido que eu fico um pouco confuso, mas logo entendo.

- Hum… mas por que você decidiu não ir? - seu rosto fica vermelho. Hinata é tão fofo, quero aperta-lo. Mas não é hora disso, Tobio. Pense no que está acontecendo.

- Então… acho que você vai achar graça…

- Fala logo, Hinata Shouyou!

- Mas você vai me matar se eu te disser! - empurro ele no sofá e fico encarando seu corpo pequeno espatifado no sofá macio.

- Diga.

- Só se você prometer não me matar depois de eu dizer! - suspiro e faço a cara mais falsa de calma que consigo.

- Eu prometo.

- Certeza?

- Fala de uma vez!

- Tá! - fecha os olhos. - É porque nossos encontros sempre terminam em sexo, então eu não queria que nosso passeio de hoje acabasse assim.

- Ah…

- Só "ah"? - Abre os olhos.

- Claro que não! Eu vou te matar, projeto de mexerica! - avanço na direção dele, que levanta e desvia. - Não vai sobrar um fio de cabelo seu!

- Por favor, não! Kageyama, não me mata! Socorro! - sigo ele pela sala, mas não consigo pegá-lo, Hinata é bem ágil. - Para, Kageyama! - num movimento rápido, pego Hinata pela cintura e o jogo no sofá, subindo em cima dele em seguida. - Você vai me punir?

- Peguei! - seguro seus pulsos a cima da cabeça. - Eu não sei se você merece uma punição por dar corda a um cara que obviamente só quer te comer.

- Mas eu fiz nada! Estava prestes a sair com ele, mas eu o Kenma me disse que era uma péssima ideia, então desisti.

- Mas você queria!

- Eu queria falar com ele, não transar! Só amizade, Kageyama. A-M-I-Z-A-D-E!

- Como posso confiar em você? Você é assanhado de mais para um garoto tão pequeno. - infla as bochechas. - Mas ao mesmo tempo, é perfeito. - sem querer, deixo um sorrisinho estampar na minha face.

- Kageyama… - puxa meu rosto contra o seu e me beija. Quando nos separamos, ele sorri e me encara nos olhos. - Acha mesmo que eu faria qualquer outra coisa com um homem que não seja você? - desvio o olhar. - Eu te amo, Kageyama. - antes que eu responda, ele toca meus lábios com o indicador. - Eu não quero saber se você me ama ou não, pelo menos ainda não.

- Por quê?

- Porque tenho medo de te perder.

- Isso não faz sentido algum.

- Mas é o que penso. Deixe que apenas eu diga eu te amo por enquanto, até você entender seus sentimentos de verdade e poder me dizer.

- Mas eu já sei. - desvio o olhar, com vergonha. É claro que eu amo esse ruivo.

- Por favor, não diga nada. Deixe isso para outro momento.

- Ok, Hinata. Se é assim que prefere. - lhe dou um beijo na ponta do nariz.

Ficamos nos encarando, até que a porta da sala é aberta.

- Nii-san, você viu o… - quando olho para a pessoa que abriu a porta, a vejo vermelha e derruba seus livros no chão. - O que raios está acontecendo aqui?!